Fla – Alemanha.

Compartilhe com os amigos
Antes da Copa se falou muito em Fla-Alemanha por conta da linda camisa da seleção alemã, mas podemos ir além nessa comparação e quem sabe, até mesmo nos exemplos.
Já que os alemães se inspiraram em nosso Manto para a disputa deste mundial, porque não o Flamengo se inspirar no próprio futebol alemão para se reerguer.
Os alemães após perderem a Euro de 2000, onde foram lanternas em um grupo que tinha a Romênia, não tinham nenhum profissional que aceitasse dirigir a seleção alemã, ninguém queria essa “bucha”. Rudi Voller assumiu a seleção em seu primeiro trabalho como técnico e levou a seleção mediana à uma final de mundial.
A partir daquele momento a federação alemã resolveu que tinham que fazer algo e mudar a situação. Investiram em mais de 300 CTs para a formação de jogadores entre 9 e 17 anos, obrigaram aos clubes das primeira e segunda divisões a possuírem categorias de base a partir do sub-12 e com apoio da federação organizando campeonatos pelo país afora.
Foram humildes e contrataram profissionais estrangeiros, dentre eles brasileiros e argentinos, para ensinar futebol em suas escolinhas. A federação alemã possui alem disso, 26 centros de treinamentos para as seleções de base e profissional. Realizaram a Copa de 2006 e o lucro obtido com a realização da Copa foi distribuída entre os 36 times das séries A e B por igual para investirem na base e na formação de novos treinadores.
O Flamengo no inicio do ano passado começou a fazer algo parecido, passou a corrigir os erros do passado, pagando uma dívida astronômica, que vira e mexe o governo faz questão de nos asfixiar ainda mais. Parou de pagar salários exorbitantes para qualquer Zé Ruela que se acha o “pica das galáxias”.
É um preço alto a se pagar? É, mas não se constrói um prédio sem um alicerce firme e seguro. O que adiantou termos o “melhor ataque do mundo”, os galáticos Gamarra, Edílson, Pet, Alex, Denílson dentre outros vencemos um ou outro título com a base e dívidas e mais dívidas por serem cobradas no futuro, ou nosso atual presente.
Sabemos que a CBF nada faz pelos clubes brasileiros, pelo contrário, ela arrecada muito e ainda empresta dinheiro aos clubes com juros exorbitantes ou com chantagem como feita à Portuguesa no final do ano passado. A CBF possui mais de 14 patrocinadores, e o que faz a CBF pelo futebol brasileiro?
O Brasil desde a decisão do mundial de clubes entre Santos e Barcelona vem sendo apresentado ao futebol moderno e ao verdadeiro futebol, o que se joga aqui é qualquer coisa, menos futebol. Mas a arrogância, o ufanismo, a empáfia, e principalmente a falta de caráter está levando o futebol brasileiro à FALÊNCIA.
Precisamos ser humildes e buscar ajuda e nos espelhar no que é feito lá fora, se uma empresa nacional contrata um CEO estrangeiro para alavancar seus lucros, porque não os clubes passarem a contratar dirigentes estrangeiros para administrar o nosso futebol.
O Flamengo poderia sim buscar um diretor de futebol lá de fora, pelo menos um que saiba como organizar a categoria de base, e vejam que não leva tanto tempo assim, em 10 anos a Alemanha se reinventou, o Barcelona é o que é, e se nós, que no passado tínhamos o lema de “Craque o Flamengo faz em Casa”, porque não voltarmos a fabricar nossos craques com uma mãozinha estrangeira.
Legado da Copa 1: Descobrimos o nome da mãe do Rodrigo Paiva, chama-se D. Lúcia.
Legado da Copa 2: Alguém já avisou aos argentinos que nós nem lembramos da Copa de 90.
Legado da Copa 3: Depois da sapecada de 7, todo mundo sabe como um atleticano se sente vendo o Flamengo jogar no Mineirão.
Legado da Copa 4: Antes dos inacreditáveis 7×1 alemão, o Mineirão já tinha visto um gol do Cadú com a camisa do Flamengo.
Por Marcelo Neves
Fonte: Flamengo RJ 
Compartilhe com os amigos

Veja também