A quarta-feira foi de boa notícia na Gávea. Nesta tarde, o clube conseguiu uma liminar que suspende a sua inclusão no Cadastro Informativo de créditos não quitados no setor federl (Cadin) do Banco Central (Bacen). Com isso, o Flamengo pode voltar a receber verba estatal, como o contrato de R$ 25 milhões de patrocínio da Caixa Econômica Federal. Diante disso, o Bacen tem 72 horas para excluir o Flamengo do Cadin e liberá-lo a receber qualquer valor estatal, efetivamente.
A liminar expedida pelo juiz federal Vladimir Santos Vitovsky, da 9ª Vara Federal de Execução Fiscal, só foi obtida porque o Banco Central aceitou o Ninho do Urubu e o contrato de patrocínio com a Peugeot como penhoras para a execução fiscal de cerca de R$ 79 milhões. O CT, com preço estimado em R$ 77 milhões, ainda terá seu valor reavaliado. Além destes dois intens, os contratos com a Viton 44 (onde restam R$ 2,4 milhões a receber) e Tokio Marine Seguros (ainda R$ 4 milhões a serem recebidos) também foram oferecidos e aceitos como penhora. Na petição do último dia 28 de julho, o Flamengo argumentava que tinha dificuldades até para manter os salários em dia diante da inclusão no Cadin.
Agora, o clube terá um alívio financeiro e, posteriormente, vai voltar discutir o valor a ser pago ao Banco Central. A dívida não estava nas contas da nova gestão e se deve ao câmbio de transferências de atletas na década de 90, principalmente no período de gestão do ex-presidente Kleber Leite, entre 1995 e 1998. O valor chega a R$ 38 milhões inicialmente, mas, acrescidos juros, salta para R$ 79 milhões. O clube também alega que um simples erro de digitação aumentou o valor em R$ 5 milhões.
Em julho, o Flamengo contratou uma auditoria para avaliar o Ninho do Urubu (cerca de R$ 77 milhões) e ofereceu o contrato com a Peugeot, válido até 2015, com média de R$ 10 milhões anuais, como garantia. O Flamengo enfrentou dívida de quase dois meses com atletas e funcionários e teve de recorrer a empréstimos bancários para não deixar a corda financeira arrebentar.
Fonte: ESPN