Quando se trata de Flamengo, sou daqueles que preservam o otimismo até não ser mais possível. Ontem, por exemplo, acordei extremamente pilhado com o jogo e não pensava em outro resultado que não fosse a vitória, vesti o Manto Sagrado e fui pra churrascaria curtir as gordices proporcionadas pelo dia dos pais.
Mais tarde, tentando impulsionar ainda mais minha fonte inexplicável de confiança no duvidoso time rubro-negro que vem se apresentando, troquei a camisa por uma outra mais antiga, que considero ser aquela que dá sorte. Bom, um pouco de superstição não faz mal a ninguém, né?
Aí o jogo começou, e logo minha pilha foi sendo testada por um choque de realidade por conta de um primeiro tempo bastante ruim e chato. Muitos erros de passes novamente, alguns até assustadores pela teórica facilidade com que deveriam ser executados. Por outro lado, justiça seja feita: o Éverton estava realmente batalhando em campo, e eu só queria que aquela energia toda passasse para o restante do time. Mas, ao menos até o término da primeira etapa, nada aconteceu.
Aliás, aconteceu sim. O Paulo Victor, após alguns questionamentos gerais sobre sua performance no jogo anterior, salvou a gente de tomar um gol depois de um lançamento realmente bonito do Rithely. Felizmente o Luxemburgo conseguiu melhorar o time no segundo tempo, tendo acertado em absolutamente todas as substituições. Tudo bem que não foi aquela mudança absurda de comportamento, criatividade e tática, que nos dê real esperança para o futuro, mas confesso que cheguei ao nível de acreditar que o empate seria um placar injusto.
Esse sentimento surgiu não só pelo panorama alterado do jogo, mas também por mais uma vez estarmos presenciando a imbatível e inigualável torcida rubro-negra em peso, apoiando o time durante todos os 90 minutos!
Quem diria… o gol chegou. Quem diria… veio de uma bola levantada. Quem diria… pelo João Paulo, pela segunda vez nos últimos dois gols nossos. Quem diria… mesmo com pouco tempo em campo na soma de suas duas participações até o momento, Eduardo, o ‘croata brasileiro’, marcou seu primeiro gol com a camisa do Flamengo.
Falando nele, será que não é o caso de dar uma oportunidade no time titular na próxima partida? Durante a semana vi algumas matérias dizendo que estava sendo testado entre os titulares, mas acabou que na verdade só foi ter a chance de entrar aos 23 do segundo tempo. E com apenas UMA finalização, marcou o gol do jogo.
Agora é hora de muita atenção, pois apesar da vitória ter sido de absoluta importância, só ganhamos uma posição na tabela devido a vitória do Figueirense. Nosso próximo passo é contra o Coritiba e fora de casa. Sabemos da dificuldade que vamos encontrar e definitivamente não podemos perder outros três pontos contra adversários diretos, como fizemos contra a Chapecoense.
De resto, sem querer alimentar grandes esperanças pós-jogo, recomendo que dê uma olhada na classificação, nas pedradas que a galera lá de baixo enfrentará na próxima rodada, e assim veja o que pode acontecer.
No domingo que vem teremos muitas chances de finalmente respirar fora da zona de rebaixamento. Com diversas possibilidades de resultados que são até bem prováveis, alcançaremos essa meta. E, de verdade, é desse alívio que precisamos no momento para arrumar a casa.
Fonte: Falando de Flamengo