Além do efeito técnico, a redução do preço de ingressos estabelecida pela diretoria do Flamengo aumentou o público e a renda nos jogos no Maracanã. A tendência entre os cartolas do clube é a manutenção do preço no Brasileiro até o final do ano. A Copa do Brasil é outra discussão.
Desde o ano passado, a diretoria rubro-negra vinha adotando uma política de altos valores pelos bilhetes, o que gerou um significativo incremento na renda de 2013. Só que, em 2014, o time capengava na tabela e na arquibancada.
Após o Mundial, foi feita uma redução da arquibancada de R$ 60,00 para R$ 40,00 em jogos no Maracanã. No preço médio do ingresso, que inclui gratuidades e meias entradas, o valor caiu de R$ 37,5 para para R$ 27,8. Ou seja, uma queda de mais de um quarto.
O efeito foi imediato. Nos três jogos no Maracanã com o novo preço, o Flamengo teve uma média de público pagante de 38.907 pessoas, que sobe para 45.113 com os não pagantes. Nas duas partidas antes da Copa, eram apenas 18.094 em média que iam ao estádio ver o time rubro-negro.
A renda também teve incremento, embora menor percentualmente. Em cada jogo com ingresso mais barato, o total arrecadado foi R$ 1,254 milhão, cerca de R$ 400 mil a mais do que nas partidas com bilhetes caros. Apesar dos altos custos do Maracanã, houve um ganho na receita líquida que passou a girar em torno R$ 400 mil quando estava em cerca de R$ 250 mil anteriormente.
Diante dos resultados, não há nenhuma discussão dentro da diretoria sobre voltar ao preço anterior no Brasileiro neste ano. Ainda mais porque o time continua a precisar do apoio do torcedor para subir na tabela. Entre dirigentes, há a opinião de que sequer seria politicamente viável fazer a majoração no atual cenário.
Fonte: Blog do Rodrigo Mattos