Exatos dois meses e meio depois de ter deixado a vice-presidência de futebol do Flamengo (cargo hoje acumulado pelo presidente Eduardo Bandeira de Mello) Wallim Vasconcelos voltou a se manifestar. O dirigente continuou fazendo parte do conselho gestor na administração de Bandeira. Ele foi o convidado do “Enquanto a Bola Não Rola” deste domingo, e apresentou mais explicações sobre a política de futebol implementada no clube que desagrada a maior parte da torcida, que preferia a utilização da verba na contratação de jogadores de qualidade:
“Se a gente tem uma folha mensal no futebol de R$ 9,5 milhões, mais os encargos, temos a preocupação e o lema de cumprir os compromissos. Por causa das negociações trabalhistas e da lei de responsabilidade fiscal, vamos pagar muito menos impostos. Em 2016, teremos um aumento enorme da verba de TV. Isso vai fazer com que o clube seja saneado. Assim, o Flamengo vai ressurgir muito mais forte que os outros clubes”, disse Wallim em resposta às críticas.
Ele ainda sugeriu que os jornalistas que defendem contratações de ponta passassem um dia, ao menos, acompanhando a rotina de um clube de massa.
Na sequência, Wallim voltou a defender o investimento pesado nas divisões de base, segundo ele a solução para o futebol brasileiro. O dirigente utilizou o exemplo do meia-atacante Caio Rangel, formado pelo clube, cujo contrato termina no final do ano. Wallim Vasconcelos revelou que com a barganha de uma proposta da Itália, o garoto pediu um “caminhão de dinheiro”. Sobre a situação atual da equipe, que está na penúltima colocação na tabela do Brasileirão, ele mostrou otimismo:
“A gente sabe que este grupo atual do Flamengo é dotado de homens e tenho certeza que esta colocação no campeonato não é compatível. Estes jogadores e o Luxemburgo vão tirar o clube desta situação”, acredita o dirigente rubro-negro, que ainda acrescentou que o clube não vai trazer jogador apenas para dar satisfação à torcida. Ele citou o exemplo do Robinho, que viria recebendo um salário muito maior que os demais e isso poderia impedir o pagamento de parte do elenco. Wallim revelou que o clube tentou várias empresas, mas, segundo ele, as grandes marcas não estão querendo investir no futebol.
Fonte: Rádio Globo