O Flamengo anda meio morno neste campeonato. No momento não briga pelo G4 nem pelo Z4. Então resolvi fazer um post diferente.
Vou criar um jogo imaginário, uma final de Libertadores. Em seguida desafio outro colunista aqui do Falando de Flamengo ou um convidado para continuar a história. Vamos ver o que sai.
O escolhido pra continuar a história é o Leo Lagden (@leoargonio).
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O ano de 2014 terminou com uma grata surpresa pro Flamengo, o tetracampeonato da Copa do Brasil. Assim como em 2013, o time antes desacreditado foi ganhando confiança jogo após jogo e derrubou um por um seus adversários. A conquista garantiu ao rubro-negro mais uma participação na tão sonhada Copa Libertadores da América.
Depois de uma fase de grupos complicada – o time esteve à beira de ser eliminado –, mas conseguiu reverter a situação e garantiu o segundo lugar do grupo, ficando atrás do atual campeão, San Lorenzo. Aos trancos e barrancos, com a cara do Flamengo passamos das oitavas.
Eis que o improvável aconteceu e São Judas entrou em ação. O Flamengo mais uma vez rompeu a lógica. Vencemos os dois mata-matas seguintes em disputas de pênaltis e conseguimos uma classificação heroica à final. O adversário, por ironia, seria o mesmo da primeira fase, o time do Papa.
Quarta-feira no Maraca. Como não poderia ser diferente, estádio completamente lotado. Recorde de público. No ar uma atmosfera de tensão e expectativa. Bandeiras em todas as janelas. Manchetes em todos os jornais. O coro da torcida arrepiava a todos ali presentes, adultos, crianças, os mais e os menos calejados de arquibancada… “Isso aqui não é Vasco, isso aqui é Flamengo! Ôôôôôôô!
Finalmente chegou a hora. O juiz apitou e a Nação cantou ainda mais forte. A previsão era de um jogo nervoso, catimbado. Empurrado por Tito Canteros e Everton o Mengão começou melhor, criando logo duas chances claras de gol. Mas, aos 13 minutos um silêncio ensurdecedor dominou o Maraca. Um velho problema. Bola na área, a zaga bateu cabeça e o atacante argentino não desperdiçou. 1×0 San Lorenzo.
O placar eletrônico mostrou nosso eterno ídolo Zico, consternado com as mãos na cabeça. À beira do campo Luxemburgo bicou um copinho de água. Os argentinos comemoraram junto a sua pequena porém barulhenta torcida. O baque durou uns 4, 5 segundos. Tudo ao redor parecia ter parado no tempo. Do meio da torcida surgiu um grito isolado que rapidamente transformou-se numa demonstração de apoio e superação coletivas:
Uma vez Flamengo
Sempre Flamengo
Flamengo sempre eu hei de ser
É o meu maior prazer
Vê-lo brilhar…
Fonte: Falando de Flamengo