Começo a perceber uma grande semelhança no roteiro profissional de Vanderlei Luxemburgo, treinador do Flamengo, e Dunga, da seleção brasileira. Embora pelo momento por que passava o Flamengo, nas últimas colocações da tabela, o convite a Vanderlei não chegou a surpreender, o mesmo já não ocorreu com Dunga que, se loteria houvesse para alguém acertar o novo treinador da seleção haveria o risco do prêmio ficar acumulado. Esta a única diferença entre os dois. No mais, tudo muito parecido.
Vanderlei e Dunga foram chamados na “maré baixa” da carreira. Vanderlei quase completando um ano sem que qualquer grande clube o convidasse e Dunga também longe da lembrança dos dirigentes dos grandes clubes. Quando assumiram, foram pragmáticos. Vanderlei, reconhecendo as limitações do elenco do Flamengo e dizendo que o time passaria a jogar fechadinho, feio até, mas preparado para obter bons resultados. Dunga, ao contrário de Felipão que afirmou que era uma obrigação ganhar a Copa, com os pés no chão, reconheceu o momento delicado do nosso futebol e afastou na primeira entrevista qualquer radicalismo, como por exemplo apostar nos jovens, deixando de convocar quase todos que haviam disputado a Copa do Mundo. Prova maior disso: as recentes convocações de Robinho e Marcelo. Na comunicação, empate técnico. Mesmo alguém que possa não gostar de um dos dois, ou até dos dois, há de concordar que nas entrevistas, cada um com seu objetivo e cada um dentro do seu estilo, têm sido extremamente felizes. Vanderlei afirma que o nível técnico dos jogadores precisa melhorar para que o Flamengo possa sonhar grande no próximo ano.
E Dunga, contrariando enorme contingente de treinadores apaixonados por brucutus, assegura que sem talento, sem jogador habilidoso e driblador é impossível se desmontar um esquema defensivo competente. A convocação de Philippe Coutinho é a própria materialização do pensamento. Isto sem falar na não convocação de nenhum centroavante. Até que apareça um bom, melhor improvisar… Perfeito!
Vanderlei já saiu do pensamento para a prática, conseguindo excelentes resultados para o Flamengo. Dunga começa a sua jornada na próxima sexta-feira. Que Vanderlei continue na mesma batida e, até para estas observações sobre os dois continuarem vivas, que Dunga siga o caminho de Vanderlei.
Homenagem aos talentosos e educados
Lendo, como sempre faço, a coluna de Renato Maurício Prado neste último domingo, em que ele se queixa e ensina como lidar com os covardes sem a mínima educação que agridem nas suas mensagens na internet, imaginei algo diferente e justo, colocando em destaque no Blog opiniões inteligentes, mesmo que distantes do que penso a respeito.
Começamos hoje com dois depoimentos. Dois depoimentos bem interessantes:
Carlos Egon Prates, sobre “Samir”:
“Amigo Kleber,
Concordo sobre Samir!
Muito embora, Wallace não seja referência para nenhuma comparação.
Jogador muito limitado.
Meu temor, é o miolo da zaga sem experiência.
Tanto Marcelo quanto Samir, estão praticamente começando agora, Portanto, AINDA afobados…
Lembrar da catastrófica atuação do David Luiz contra a Alemanha, pode ser um bom exemplo.
Talvez, por este razão, César ainda não seja titular.
Sobra como goleiro. Mas o momento é complicado para ele.
Caso dê certo, tanto Chicão quanto Wallace, podem fazer as malas…
Abs”
Leandro Duarte (autor do Blog do Leandro), sobre o tema “Comemorar e lamentar”:
“Kleber,
Já disse antes, sou muito seu fã, mas discordo com você quando fala em milagre.
Milagre, é quando uma lei da natureza é quebrada por um acontecimento novo. Exemplo: o sol estar no lugar dele todos os dias, não é um milagre, porém, uma pessoa morrer e voltar a vida é um milagre. Um cego (quando diagnosticado sem cura) voltar a enxergar é um milagre.
Então, o Flamengo não está morto, pelo contrário, está muito vivo! O Flamengo não está cego, nem usa uma LANTERNA (rs). 4 a 0 no Coritiba não é um milagre. Não é nada equivalente, por exemplo, ao 7 a 1 da Alemanha (isso sim, um milagre para os alemães…rs).
Estamos muito vivos no brasileiro e enxergando muito bem nossas possibilidades na competição. Sei que Copa do Brasil é bem diferente, mas é uma competição que estamos acostumados a vencer. Vencemos ano passado contrariando todas as expectativas (Cruzeiro, Bota, Goiás e Atl-PR). Esse jogo de quarta, vai ficar para a história meu amigo rubro-negro.”
Fonte: Blog do Kleber Leite