A reforma no departamento de futebol da Gávea foi o principal legado deixado ao Flamengo por conta da Copa do Mundo. A Federação holandesa gastou aproximadamente R$ 1 milhão ao transformar o gramado em padrão Fifa e apresentar vestiários e sala de musculação tops de linha. O Rubro-negro demorou a aproveitar o espaço, mas agora decidiu utilizar com maior frequência a sede social para treinamentos do time principal.
A equipe trabalha novamente na Gávea nesta terça-feira (16). A última vez que o fato ocorreu foi em 26 de julho, véspera da estreia do técnico Vanderlei Luxemburgo. Na ocasião, quase mil rubro-negros foram ao local e apoiaram a equipe que venceu no dia seguinte o clássico contra o Botafogo por 1 a 0.
Aproximar jogadores e torcida é um dos objetivos da volta da sede ao programa de treinamentos, além de os profissionais aproveitarem com trabalho o investimento feito pela Holanda. Ainda assim, o CT Ninho do Urubu segue como base principal e prioridade da diretoria para receber as atividades do Flamengo.
“Vamos produzir uma agenda de treinos na Gávea. Não existem datas determinadas, mas serão escolhidas de acordo com a melhor logística dos jogos. Consideramos importante trabalhar na sede. É fundamental ficar próximo do torcedor, formatar uma programação e utilizar o que foi investido pela Holanda”, explicou o vice-presidente de futebol, Alexandre Wrobel.
“A nossa casa continua no Ninho do Urubu. Porém, os treinos na Gávea vão acontecer eventualmente. Temos instalações de primeiro mundo na sede e no centro de treinamento. O Flamengo está muito bem servido em equipamentos para todas as categorias”, completou o dirigente.
A discussão sobre os treinamentos na Gávea começou quando o Flamengo ocupava a lanterna do Campeonato Brasileiro. Na época, o presidente Eduardo Bandeira de Mello recebeu uma série de exigências de conselheiros e ex-mandatários. Entre elas estava a realização de trabalhos na sede.
Responsável pelo início das reformas no Ninho do Urubu, o técnico Vanderlei Luxemburgo assegurou não ter problemas em treinar ocasionalmente na Gávea. Entretanto, sempre deixou clara a necessidade de o departamento de futebol possuir no CT a sua base de operação.
A pressão sobre o tema diminuiu nos bastidores com a evolução do time no Campeonato Brasileiro. Ainda assim, a posição de visitar a Gávea frequentemente segue dominante nas correntes políticas.
“A presidência deve ouvir a comissão técnica. Não vejo problema e acho muito interessante fazer o apronto das partidas na Gávea. É fundamental esse contato junto ao torcedor. Mas depende muito de quem está no comando. O Flamengo só ganha com isso”, encerrou o presidente do Conselho Deliberativo, Delair Dumbrosck.
Fonte: UOL