O assunto cremos que não tenha sido esgotado. A comoção é tão intensa, que qualquer lance duvidoso envolvendo o “mais querido”, imediatamente vira erro grosseiro da arbitragem. Nossos árbitros são malformados, não existe a regulamentação da profissão, para todos eles, arbitragem é apenas um “bico”, a dedicação ao preparo físico é precária. Enquanto o futebol está mais corrido e exigindo plena forma física, a arbitragem não acompanha esta evolução. Não existe um critério uniforme, a regra é clara, mas as interpretações são diversas, também a proliferação de câmeras, replays, tira-teimas dão aos comentaristas e torcedores a radiografia correta do que aconteceu, podem repetirem os lances a exaustão, até chegarem a uma definição, a arbitragem não.
Linchamento Midiático.
Neste campeonato, o Flamengo já foi prejudicado nos jogos contra o Bahia,o Inter, o Goiás, o Corinthians no turno e até mesmo no polêmico da última quarta-feira contra o Palmeiras, o empurrão esquecido no Léo Moura é bem nítido, não podemos também esquecer que no brasileirão de 2011 nas 38 rodadas, não foi assinalado um único penal a favor do rubro-negro.
A reação do Presidente Bandeira de Mello, é ainda tímida e calcada na diplomacia, esperamos atenção total da diretoria. Estas manifestações estéricas da Mídia contra o Flamengo, podem jogar as arbitragens contra o clube, estão preparando o subconsciente dos árbitros contra o time da Gávea.
Uma covardia com interesses camuflados, um linchamento midiático odioso, com a claque da raivosa e recalcada arcoirizada. Não podemos pagar por erros estruturais destas arbitragens, e também não se pode alimentar interesses inconfessáveis da Mídia venal e de seus parceiros.
Agora mesmo, o tresloucado VP de Futebol tricolete Mário Bittencourt, veio querer fazer pressão com insinuações sobre questões de arbitragem, muitas plumas e paetês. Prontamente houve a reação precisa do nosso Vice de Futebol Alexandre Wrobel, o Flamengo nunca poderá ficar passivo diante de pressões e tentativas de influência na conduta das arbitragens.
Mais um Fla x flor. Entraremos sem o volante Canteros, organizador do nosso meio campo, já adaptado ao nosso futebol e um dos esteios do time. Os tricoletes vêm de derrota para o atual lanterna, não há jogos fáceis neste campeonato, nivelado talvez por baixo. A receita é a mesma de sempre no atual brasileirão, muita entrega, muita marcação, com o “saco de cimento” nas costas e “rabo no chão”… Pontuar é preciso….
HISTÓRIAS RUBRO-NEGRAS
Em 1944, o Flamengo era BI-Campeão Carioca, o campeonato deste ano foi muito disputado e ao final Flamengo e Vasco chegaram a última rodada numa decisão que monopolizou as atenções da torcida carioca e de todo o Brasil. Jogo no Estádio da Gávea, para o Vasco bastaria um simples empate para quebrar a seqüência rubro-negra, e impedir o seu primeiro Tri-Campeonato.
Além das atuais arquibancadas, naquela ocasião também existiam pequenas arquibancadas que circundavam o campo. O Vasco formara um grande esquadrão para tentar estragar a festa do Flamengo. Para esta decisão, nosso treinador Flávio Costa teve uma infinidade de problemas para escalar o time, vários jogadores entrariam em campo em condições precárias. Foi uma semana de muitas dúvidas, e Flávio foi buscar para o jogo um jogador que já estava parando de jogar, apesar de inscrito no campeonato, Valido não disputava um jogo há cerca de dois anos, e para complicar mais, ardia em febre.
Começa a decisão, estádio superlotado, a maioria absoluta de rubro-negros, jogo nervoso, tenso, o primeiro tempo termina e o placar não é movimentado, para o segundo tempo o panorama não muda, atuação heróica dos rubro-negros. Diversos atletas jogavam no sacrifício e já estavam mais desgastados ainda, o Vasco fustigava e era perigoso em suas investidas, o clima continuava tenso. Nos dez minutos finais, Flávio Costa percebe que tem que ir pra cima, seria o suspiro final, aos 43 minutos o ponta esquerda Vevé recebe uma bola na lateral da área, ameaça tentar ir a linha de fundo, porém prefere centrar a bola para dentro da área vascaína, lá está o veterano Valido com 40 graus de febre, mas com a garra rubro-negra a flôr da pele, num derradeiro esforço sobe e cabeceia, bola nas redes do goleiro Barqueta, gooooooooolllll do Flamengo..!!!.Um delírio toma conta do Estádio da Gávea e de infindáveis recantos da cidade e de todo o Brasil, o locutor Ary Barroso abandona o microfone da Rádio Tupi e se mistura a comemoração da magnética. Uma loucura rubro-negra…!!!!! Ao Vasco somente resta o chororô, alegavam que Valido se apoiara no zagueiro Argemiro para cabecear, naqueles tempos sem TVs, só as filmagens posteriormente demonstraram o contrário. O Flamengo era o legítimo TRI-CAMPEÃO CARIOCA de 42,43 e 44. Naquele remoto 29 de outubro de 1944 formamos com Jurandir, Nilton Canegal, Quirino, Biguá, Bria e Jayme, Valido, Zizinho, Pirilo, Tião e Vevé….
SRN
Fernando Lemos
Fonte: Flamengo RJ
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