Cruzamento de Reinaldo, desvio de Souza e gol de Luís Fabiano. Gol de artilheiro, o 194º pelo clube. Um gol comum, um gol normal em todo o mundo. Foi preciso um gol assim, a fórceps, nos últimos minutos para que o São Paulo conseguisse empatar com o Flamengo, que jogou melhor e foi prejudicado com a marcação de dois pênaltis inexistentes. Rogério Ceni só fez um dos dois. Noite ruim para o goleiro, que falhou feio no primeiro gol do Flamengo.
O São Paulo, uma vez mais, foi um time de uma nota só. O time joga com toques curtos pelo meio do campo. Louvável que um time aposte em tabelas, toques curtos e deslocamentos, mas não é possível que seja só isso. O time não tem alternativas. Os laterais atacam pouco. Difícil criticar um sistema que permitiu vitórias lindas, mas é preciso ver que é necessário ter opções.
O São Paulo não teve. E, pior ainda, teve um problema muito grave na direita. Auro marcou muito mal. Heverton e Gabriel jogaram às suas costas e fizeram a festa. E, se marcou mal, o jovem lateral não atacou bem. Uma ou outra tabela, mas nada de cruzamentos. Nada de bola na cabeça de Kardec. Isso só houve no final, com Reinaldo e Luís Fabiano.
Michel Bastos, que não atacou bem, foi expulso justamente após uma entrada criminosa em Heverton.
O Flamengo foi muito mais intenso e, pode ser apenas uma impressão, mais interessado no jogo.
O São Paulo joga como se a vitória fosse uma obrigação diante da grande habilidade de seus jogadores. Só que não é assim. Quando a vitória não vem, é hora de busca-la com outras alternativas. Ficar esperado não é o suficiente.
Fonte: Blog do Menon