O Fluminense está seis pontos e quatro posições à frente do Flamengo, na tabela do Brasileiro, mas pisará o gramado do Maracanã, hoje, sob pressão bem maior. Explica-se: o elenco tricolor é tecnicamente superior ao rubro-negro, mas nas últimas rodadas tem preocupado sua torcida, graças à enorme irregularidade demonstrada, as vezes, até durante uma mesma partida.
Já os torcedores do Fla sentem-se bem mais aliviados e confiantes, após a chegada de Vanderlei Luxemburgo que, inegavelmente, conseguiu arrumar a sua limitada equipe em termos táticos, tornando-a razoavelmente eficiente, a ponto de vencer seis dos sete primeiros jogos sob o novo comando, com cinco vitórias consecutivas.
Na atual temporada, entretanto, o retrospecto em Fla-Flu é favorável ao clube das Laranjeiras, que venceu por 3 a 0, no Estadual (conquistado pelo Fla) e 2 a 0, no primeiro turno do Brasileirão, provocando, inclusive, naquela ocasião, a queda do técnico Jayme de Almeida.
Desta vez, contudo, pelo que se comenta, quem está com a cabeça a prêmio é o treinador do Flu, Cristóvão Borges. Após um início de entusiasmar, fazendo o tricolor jogar um futebol bonito e eficiente, ele parece ter se perdido com a volta de Fred da Copa pois ainda não conseguiu encontrar um esquema que mantenha o jogador mais caro do elenco como titular, sem perder a antiga eficiência.
Se vencer, logo mais, o Fluminense acalma os ânimos e se mantém ainda forte na luta por uma vaga na Libertadores — o máximo que pode almejar esse ano. Mas se a vitória for do Flamengo, a crise recrudescerá nas Laranjeiras enquanto na Gávea, aposto, já vai ter gente começando a falar em G-4! Em caso de empate, continua tudo do jeito que está: o Flu sob tensão e se afastando do seu objetivo e o Fla, um pouco mais tranquilo, mas ainda lutando contra o fantasma do rebaixamento.
Façam suas apostas: eu acho que dá empate.
Cada vez menor
Originalmente, dizia-se que a capacidade do “Maior do Mundo” era de 200 mil torcedores. Na verdade, nunca foi bem assim. Estive nos jogos de maiores públicos (na casa dos 170, quase 180 mil presentes) e já não havia lugar para todos — era um tal de gente sentado entre uma fileira e outra, das arquibancadas, pessoas no colo, nas cadeiras azuis, e por aí vai. Num deles, o Fla-Flu decisivo, em 1969, centenas de torcedores entraram no estádio mas não conseguiram chegar às arquibancadas e tiveram que acompanhar o jogo pelo rádio, sentados, sem visão do campo, nos corredores internos.
Ainda assim, era um estádio gigantesco. Que, infelizmente, a cada reforma, foi encolhendo. A ponto de ter, atualmente, a capacidade máxima de 78 mil torcedores (menos da metade original). O mais grave, porém, não é isso, mas o fato de que, por determinação da polícia, são colocados à venda, no máximo, 55 mil lugares! Ora bolas, se uma arena moderna, como se transformou o Maracanã, não tem capacidade de ocupar todos os seus lugares, para que eles foram construídos?
E depois reclamam que o estádio é deficitário…
Haja grama
A área norte do gramado do Maracanã foi toda replantada, após as críticas de vários jogadores sobre o seu péssimo estado. Nos últimos 30 dias o estádio sediou 13 jogos e um show evangélico.
Trambique
Os proprietários de cadeiras cativas e perpétuas do Maracanã continuam a se queixar que ainda não receberam a devida indenização pelo uso de seus lugares, durante a Copa. Vários deles garantem, inclusive, ter conhecimento de que a Fifa já fez o pagamento à Suderj, mas esta estaria postergando o repasse, sabe-se lá o motivo…
Cágados mancos
E o Engenhão, hein? Obra de igreja perde…
Fonte: Blog do Renato Maurício Prado