O tropeço da dupla Fla x Flu no meio de semana tirou parte do brilho do clássico deste domingo, no Maracanã.
Os tricolores, que perderam de virada para o Vitória, em Salvador, estariam no G-4, e os rubro-negros, que chegaram a estar vencendo o Palmeiras, no Pacaembu, por 2 a 0, cedeu o empate e perderam a chance de encurtar a distância da parte de cima da tabela.
Uma pena!
Com o Vasco na Série B, e o Botafogo penando no Z-4, um Fla x Flu com viés de alta amenizaria nosso marasmo.
Resta torcer para que a magia do clássico resgate o futebol ao menos competitivo que os dois times já exibiram neste Brasileiro.
Nos jogos do pós-Copa, o Fluminense chegou a disputar com o Cruzeiro a pompa de favorito ao título.
E o Flamengo, mais recentemente, engatou uma série de cinco vitórias.
Nas últimas quatro rodadas, porém, o retrospecto dos dois deixa a desejar.
O time tricolor somou cinco dos doze pontos disputados e rubro-negro, apenas quatro.
Vejamos o que vem por aí…
HOMENAGEM
O antigo “Clássico das Multidões” serve como pano de fundo para uma justa homenagem.
Nesta terça-feira o espirituoso Francisco Horta, eterno presidente do Fluminense, completa 80 anos de vida.
Advogado e juiz de direito, Horta marcou sua passagem pelo futebol na época em que presidiu o clube entre janeiro de 1975 e janeiro de 1978.
É ele o criador do “troca-troca” que até hoje deixa saudade.
TROCA-TROCA I
Depois de a “Máquina Tricolor” de Felix, Marcos Antônio, Rivelino, Mário Sérgio e Gil e cia. conquistar o Estadual de 1975 e perder a vaga na final do Brasileiro com derrota para o Internacional-RS de Manga, Figueiroa, Carpegiani, Falcão, Flávio e Lula, Horta sacudiu o futebol carioca.
Cedeu ao Flamengo o goleiro Roberto, o lateral Toninho e o ponta Zé Roberto em troca do goleiro Renato, do lateral Rodrigues Neto e do atacante Doval.
Para o Vasco, liberou o zagueiro Abel, o lateral Marco Antônio e o volante Zé Mário, em troca do zagueiro Miguel e mais uma quantia em dinheiro.
E para o Botafogo mandou os meias Manfrini e Mário Sérgio em troca do ponta-esquerda Dirceu.
TROCA-TROCA II
Em 1977, Horta voltou a atacar: cedeu ao Botafogo o lateral Rodrigues Neto e os pontas Gil e Paulo César, levando em troca os laterais Miranda e Marinho.
Depois, liberou Dirceu para o Vasco e recebeu o também ponta Luís Carlos para as Laranjeiras.
E ainda vendeu Carlos Alberto Torres ao Flamengo, jogador que ele próprio contratara um ano antes.
A justificativa visionárria de Francisco Horta era de que de nada adiantava ver o Fluminense forte se os coirmãos não tivessem um time do mesmo porte.
CONSTATAÇÃO.
O torcedor era feliz e não sabia…
Fonte: Blog do Gilmar Ferreira