A venda de Hernane ao Al Nassr e o não pagamento dos R$ 7 milhões ao Flamengo ganhou um novo capítulo nos bastidores da Gávea nesta quarta-feira (24). O clube árabe não honrou o acordado depois de quase dois meses da transferência do Brocador e motivou a movimentação da oposição. Os principais alvos são o diretor executivo de futebol, Felipe Ximenes, e Fernando Gonçalves, ex-diretor da Traffic e responsável por serviços de consultoria no departamento de futebol rubro-negro.
O grupo Fla Tradição enviou uma carta aberta (ver abaixo) ao vice-presidente de futebol Alexandre Wrobel. O documento exige a imediata demissão dos funcionários e apuração de prejuízos causados ao clube.
A carta traz questionamentos sobre a atuação de Fernando Gonçalves nos bastidores, já que o executivo esteve envolvido na negociação de Hernane, e críticas ao fato de Felipe Ximenes ter liberado o artilheiro do Brasil em 2013 sem qualquer garantia bancária.
O Flamengo tem direito a 50% pela negociação do Brocador – em torno de R$ 7 milhões. A primeira parcela no valor de R$ 6 milhões deveria ser paga inicialmente até o dia 17 de agosto, ficou para 31 do mesmo mês, depois em 5 de setembro, e nada foi depositado.
O caso está em investigação no Conselho Fiscal do Rubro-negro. Apesar do envolvimento dos executivos do clube, o principal intermediário da transferência foi o advogado da Traffic, Rafael Botelho, que em entrevista ao UOL Esporte negou a possibilidade do calote árabe.
Felipe Ximenes é questionado internamente e não possui prestígio nos bastidores. A diretoria estuda a possibilidade de substituí-lo na próxima temporada e tem em Alexandre Mattos, atualmente no Cruzeiro, uma espécie de modelo ideal.
Fonte: UOL