Depois de um agosto triunfante, com cinco vitórias e um empate nos seis jogos que disputou no Campeonato Brasileiro, o Flamengo encara o Bahia neste domingo em busca do prumo.
O aproveitamento do time de Vanderlei Luxemburgo na competição caiu dos 83,3% do primeiro mês para 33,3% em setembro.
Um rendimento abaixo dos 50% projetados, mas completamente dissonante daquilo que se vê em campo.
Com exceção dos 45 minutos finais do confronto com o Palmeiras, no Pacaembu, permitindo a reação após colocar 2 a 0 no placar, as atuações rubro-negras têm sido de encher os olhos.
Não pelo virtuosismo, mas pela entrega e comportamento tático.
MÉRITOS.
Sem um meia virtuoso, capaz de pensar o jogo, Vanderlei construiu um conjunto eficiente.
É um time que se defende bem, com uma proteção à zaga já reconhecida pelos adversários, e utiliza muito bem os lados do campo para atacar.
O elenco não é farto, mas o básico o Flamengo já tem: Paulo Vítor transmite segurança, Wallace ganhou a condição de titular absoluto, João Paulo voltou a ser útil e a dupla Cáceres e Canteros equilibram defesa e ataque.
Na frente, Everton ganhou status de referência e os artilheiros Eduardo da Silva e Alecsandro mostram eficácia.
QUEDA.
Então por que diabos o time não vence há três jogos (empates contra Palmeiras, Fluminense e São Paulo), com índice de aproveitamento nos últimos seis jogos tão distinto dos outros seis que antecederam a série?
Simplesmente porque o cumprimento da tabela, com jogos no meio de semana, afetou o rendimento da maioria.
É quando o elenco mais qualificado faz a diferença. E neste ponto o Flamengo ainda claudica.
E talvez seja por conta dessa limitação que o próprio Vanderlei não sonha com voos mais altos.
NÚMEROS.
Ainda assim, são pra lá de favoráveis os números do Flamengo da Era Vanderlei neste Brasileiro: 13 vitórias, três empates e três derrotas.
São 24 pontos em 39 disputados o que significa um aproveitamento de 61,5% _ o mesmo, por exemplo, que registra o Internacional, que chegou a esta 25ª rodada na segunda colocação.
Não posso assegurar que o time estaria mais bem colocado se o treinador estivesse na Gávea desde o início da competição.
Mas…
ÁGUA MOLE…
O Flamengo não desistiu de ter o executivo Rodrigo Caetano, em 2015.
Fonte: Blog do Gilmar Ferreira