Tudo começou com o anúncio do Flamengo jogando em Cuiabá, a cidade a partir daquele momento se transformou de uma forma inacreditável. Não se falava em outra coisa e já se aguardava a abertura da venda de ingressos.
Ingressos a venda, uma carga total de 38 mil ingressos, sendo 6 mil gratuidades. Já no primeiro dia de vendas, cerca de 15 mil ingressos já haviam sido vendidos, e a carga total durou apenas 2 dias e meio. Tiveram que diminuir a carga de gratuidades e colocaram mais mil ingressos a venda que se esgotaram em menos de duas horas.
Pronto, recorde da Arena Pantanal batido no pós Copa, lembrando que a média de público do Cuiabá Esporte Clube na Série C é de 11 mil pagantes. Agora com ingressos garantidos na mão vamos aguardar o time chegar.
Segunda-Feira 8 de setembro, 23 horas Aeroporto Marechal Rondon, cerca de 3 mil pessoas aguardando a chegada do Flamengo, músicas cantadas e um abraço ao ônibus. O Flamengo, diferente de outros times que vieram em Cuiabá, preferiu encarar o calor da torcida, tanto que nas redes sociais os próprios jogadores postaram fotos e comentaram a recepção fantástica que tiveram na Capital do Pantanal.
Na terça-feira eu pude acompanhar o treino do Flamengo de dentro do gramado da Arena Pantanal, treino que foi fechado a pedido da organização do jogo. Pude ver como é o método de trabalho do Luxa, e descobri uma coisa, como falamos bobagens. Sem ver um treino completo fica difícil fazer análises mais profundas de uma equipe. Mesmo em um treino de campo reduzido vi o Luxa cobrar posicionamento e insistir muito na marcação e jogadas rápidas, inclusive com bolas paradas.
Bati um papo com alguns jogadores como Éverton, Marcelo, Wallace, Mugni e João Paulo. Conversei rapidamente com o Luxemburgo e se o que ele falou se concretizar no ano que vem, teremos um time para brigar por todos os títulos, e engana-se quem acha que ele não quer ser campeão já esse ano.
Na quarta, dia do jogo, eu aguardei a chegada do time dentro da zona mista da Arena Pantanal, acompanhei a decida do time do ônibus e bati um papo com nosso Diretor Executivo Felipe Ximenes, que por sinal, muitíssimo gente boa e que conhece nosso site. Perguntei sobre contratações, disse que pra esse ano não vem mais, mas que já estão com negociações avançadas para o próximo ano, foi só o que consegui arrancar.
Um detalhe chato aconteceu antes da entrada das crianças com o time. Uma nova “norma” da CBF quer padronizar a entrada dos mascotes com os times, uma espécie de “padrão FIFA”. Só que a CBF editou tal norma na terça-feira, um dia antes da rodada e não avisou os clubes, nisso havia apenas 3 crianças para entrar com os jogadores do Goiás, e segundo a norma só poderiam entrar 3 crianças do Flamengo. Confusão, muita criança chorando, mães passando mal e alguns pais exaltados, até que nosso presidente interveio no assunto e fez com que os pequenos rubro-negros fossem respeitados, todas as crianças em campo.
E nisso, um agradecimento meu em especial, já que meu filho Arthur e meu sobrinho Felipe entraram com o time, perfilaram, cantaram o hino e realizaram seus sonhos, e meu também, já que sempre sonhei em entrar ao lado de Zico, Nunes, Adílio e cia.
O resultado foi o que menos importou pelo menos para mim. Perder ou ganhar faz parte da vida do esportista e do torcedor, e isso nós já sabemos, para mim ontem foi uma vitória de goleada, o abraço, o beijo e o muito obrigado pai dito pelo meu filho.
Obs.1: Um agradecimento especial ao meu irmão Sérgio Heleno que foi quem conseguiu através de contatos com o Flamengo a entrada dos dois com o time.
Obs. 2: São Judas Tadeu veio para Cuiabá, mas acabou por comer aquela peixada, e foi poupado para o jogo, domingo ele estará apto novamente.
Obs. 3: Vejo muitos reclamando do Sócio Torcedor, mas foi através deste plano que pude ver meu filho em campo com o Flamengo, tratamento atencioso da diretoria via email e por telefone, parabéns à diretoria por esta bola dentro.
Obs. 4: O que estaria pensando Luxa nesta foto?
Marcelo Neves
Fonte: Flamengo RJ