No último domingo, 28 de setembro de 2014, a equipe de basquete do Clube de Regatas do Flamengo conquistou o Mundo. E, assim como o título mundial conquistado nos gramados em 1981 pela geração de ouro do futebol, a conquista trouxe aos torcedores rivais o sabor amargo da inveja, inveja esta demonstrada de maneira intensa através de inúmeros recibos passados desde as 14h do dia já citado.
As redes sociais e zap zap’s da vida bombaram de posts enaltecendo nossos heróis ao mesmo tempo que surgiam mensagens desmerecendo ou tentando diminuir nossa conquista. A nossa grandeza tem como receita nossas inúmeras virtudes e glórias somadas à força da Nação Rubro-Negra, mas é inegável que aumentamos de tamanho a cada recalque vexatório dos antis. É um ciclo virtuoso: a cada dia somos maiores, ao tempo que somos alimentados pela importância que os rivais nos dão. Simples assim.
Já vou voltar a falar do basquete, mas, pra finalizar esse papo, quero deixar registrado o agradecimento pela preferência que os que não fecham com o Mengão demonstram diariamente ao nosso clube, convidando-os a voltar sempre. Assim seremos ainda maiores.
Agora sim, voltando a falar da conquista histórica do Flamengo, tenho certeza que o último domingo já entrou para a história do clube e fico muito feliz por ter estado presente na Arena da Barra. O time foi mágico, demonstrou muita raça e vontade, mesmo enfrentando o poderoso campeão da Europa. Fomos presenteados com uma tarde espetacular do Nico Laprovittola e do Benite. Mas todo o time esteve muito bem. Sobre a torcida, uso as palavras de Guy Pnini, capitão do time adversário: ”Começamos o jogo bem (…) mas com o apoio daquela torcida fantástica eles viraram e tomaram o controle do jogo.”
É fantástico ser Flamengo. Mas tão fantástico quanto, é o trabalho desenvolvido pelo Alexandre Povoa e o Marcelo Vido. Parecem ter o dom de transformar positivamente tudo que tocam, assim como parecem ser peritos em inverter previsões negativas quanto ao basquete na Gávea. A desconfiança em relação ao futuro foi desfeita com o time sendo “campeão de tudo”. Sensacional.
E o que falar do José Neto? Quem o conhece sabe o quanto o técnico e sua comissão respiram basquete 24 horas por dia. Dedicação e empenho fazem valer a máxima de que nada resiste ao trabalho. Esse grupo merece as dádivas que vêm recebendo.
Não sou daqueles que misturam e comparam o sucesso ou insucesso de outros esportes com os resultados do futebol, pois sei que as realidades são extremamente diferentes. A verdade é que o mundo do futebol é muito mais complexo e, muitas vezes, mais sujo que as outras atividades esportivas. Mas que os bons ventos que sopram pelos lados do FlaBasquete, tanto em quadra como fora dela, poderiam passear pelo futebol rubro-negro, ah, se poderiam!
Fonte: Falando de Flamengo