Está ficando difícil, a sobrevida Luxa parece que já se foi, neste segundo turno estamos com uma campanha digna de um Ney Franco qualquer. Hoje tivemos uma atuação abaixo de qualquer crítica, simplesmente em noventa minutos não conseguimos uma única chance real de gol. O Santos também não precisou de grande criatividade, um ataque mais agudo e a vitória garantida. Nos iludimos quando achamos que o tal J.Paulo melhorou sua performance, a jogada do gol santista mais uma vez demonstrou a fragilidade de nosso lateral esquerdo, nem na mais relis pelada se vê uma pixotada como aquela. O treinador Ederson Moreira declarou antes do jogo que viria jogar na base da cautela, no nosso erro, sem nenhuma cerimônia expôs a sua tática de jogo.
Desde o início percebemos as dificuldades do nosso time, sem que o nosso treinador esboçasse algo de diferente. O Gabriel nada jogou, e pensar que antes do jogo o Luxa fez rasgados elogios a esta nulidade, que exibe sua inapetência em todos os jogos. O que leva um treinador a elogiar um jogador desta fragilidade. O Eduardo da Silva só entrou por volta dos 20 minutos do segundo tempo, não criou nada demais, porém não pode ficar no banco pro Gabriel, mesmo com problemas físicos.
Nada de positivo, o Chicão exibindo sua decadência física, o Léo Moura com sua boa saída de bola e mais nada, o Canteros nosso pensador e organizador de jogadas nulo, o Cáceres confuso e errando passes, o Everton muito aquém de outras jornadas, o Márcio Araújo com suas conhecidas limitações e apagado. O L.Antonio dispensa comentários. Alec, Elton….. A CONFUSÃO está por perto, temos que sair dela, com a responsabilidade do “pofexô”!!!
Um caso aparte foi a arbitragem, sem choro, não jogamos nada, mas que árbitro confuso, ruim, a coisa está virando “calamidade pública’’!!!!
Léo Moura Quinhentão!!!
Vamos homenagear o Léo Moura, ícone maior das últimas temporadas rubro-negras, com um currículo invejável, cinco Campeonatos Regionais, duas Copas do Brasil e um Brasileiro além de 47 gols. Apesar de rubro-negro desde os tempos em que era mascote do time, o Léo Moura só chegou ao Flamengo depois de bem rodado, Botafogo, Vasco, Fluminense, S.Paulo, Palmeiras e até em equipes do exterior. Mas foi justamente no seu Flamengo que encontrou os seus melhores momentos, conquistou além de títulos, prestígio e respeito da torcida e da crônica. Muitos lances que ficarão na memória da Nação Rubro-Negra, jogadas de alta técnica e uma comemoração fantástica quando da conquista do Hexa, nunca poderá sair da memórias de nós rubro-negros a ajoelhada e o choro compulsivo do atleta ao final do jogo contra o Grêmio.
Hoje, certamente não tem o mesmo ímpeto, a mesma facilidade em chegar ao fundo, mas sua saída de bola é ainda a melhor do time. Hoje em dia, é quase impossível um atleta ficar tanto tempo num mesmo time, devido a isso, a marca do Léo Moura se torna mais expressiva ainda.
Histórias Rubro-Negras
Em 1974, tivemos efetivamente o primeiro título do Zico como protagonista e efetivamente principal jogador do time rubro-negro. Em 72 participou de alguns poucos jogos estando na suplência. Este ano o time foi treinado por Joubeth, ano de Copa, Zagalo ficou na seleção e não retornou mais ao Flamengo nesta ocasião. Ano de renovação, algumas contratações pontuais, o zagueiro L.Carlos Gualter que veio dos gambás, Paulinho Carioca revelação do Bonsucesso.
Perdemos alguns medalhões, P.César Caju foi pra França, Dario voltou ao Atlético, Rogério voltou ao Botafogo, Reyes parou de jogar, Afonsinho foi dispensado. Uma garotada muito promissora veio do time de juvenis Bi-Campeões nas temporadas 72 73, além de Zico, Geraldo, Rondinelli, Cantarelli, Rui Rei, Jayme de Almeida Filho, o Luxa e mais ao final o Júnior. Fizemos um primeiro turno apenas regular, no segundo fomos muito bem, chegamos perto, mas o Vasco venceu esta etapa, no terceiro disputamos a final contra o América que tinha ganho a Taça GB, neste jogo triunfamos por 2 x 1 num jogo sensacional, Alex abriu o placar para os rubros, o estreante Júnior empatou e ao final Zico fez o gol da vitória. Assim sendo, foram para o triangular final, Flamengo, América e Vasco. No primeiro jogo enfrentamos novamente o América, o zagueiro Jayme abriu o placar, novamente Júnior ampliou para 2 x 0 e no finalzinho Manoel descontou para os “diabos”. América e Vasco empataram por 2 x 2 no segundo jogo do triangular, Flamengo e Vasco foram pra finalíssima, o Flamengo precisava de um simples empate. Maracanã verdadeiramente lotado, mais de 165 mil pagantes, um 0 x 0 teimoso não saiu do placar e assim ganhamos mais um carioca, uma festa rubro-negra das boas, Zico era carregado em triunfo e já tinha a condição de ídolo maior da Nação Rubro-Negra. O time base da conquista era, Renato, Júnior, Jayme, L.Carlos e Rodrigues Neto, Ze Mário e Geraldo, Paulinho Carioca, Doval, Zico e Edson, jogaram ainda Cantarelli, Aloísio, Umberto Monteiro, Luxa, Liminha, Rui Rei e Arilson. Este foi efetivamente a “ponta pé” inicial da chamada ERA ZICO…
SRN.
Fernando Lemos
Fonte: Flamengo RJ