A ampulheta que conta a paciência do Flamengo no caso Hernane tem pouquíssima areia para cair. Um mês e meio depois da data prevista – 17 de agosto -, o Al Nassr sequer sinalizou com a possibilidade de pagar os R$ 6 milhões referentes à primeira parcela pela compra do Brocador, e o Rubro-Negro já tem em mãos um estudo com toda estratégia para levar o problema à Fifa. De olho em receber o montante em um curto prazo, o clube tentou um acordo pacífico, mas como não obteve resposta, deveria encarar a briga judicial.
O Flamengo acionou o consultório de advocacia Bichara e Motta, especialista em casos envolvendo a Fifa, para tratar do tema. Com isso, a diretoria tem conhecimento dos termos de uma provável ação contra os sauditas e do desenrolar do processo. Em condições normais, um parecer favorável aos rubro-negros deve demorar cerca de um ano para expedido. Neste panorama, haverá ainda acréscimo ao valor a ser pago pelo Al Nassr, relativos a juros e multas.
O departamento de futebol do Flamengo liberou Hernane para realizar exames médicos e se apresentar ao Al Nassr no início de agosto, mesmo sem garantias bancárias para o sucesso da transação. Em outras oportunidades ainda em 2014, o Brocador não deixou a Gávea exatamente por ausência de comprovação de que as ofertas seriam cumpridas. O acordo previa que o time da Arábia Saudita deveria efetuar o pagamento da primeira parcela logo após a assinatura de contrato de trabalho do atacante, o que aconteceu em 17 de agosto.
Desde então, novos prazos foram estipulados e ignorados pelo Al Nassr. Os sauditas, inclusive, já entraram na Fifa contra o Flamengo, solicitando a liberação do TMS, documento que permitiu a inscrição de Hernane na liga local. Alheio ao problema, o Brocador já estreou pelo novo clube e participou de 51 minutos somando duas partidas.
Fonte: GE