Quando o Flamengo anunciou sua contratação, muita gente riu. “Esse ano vai pra segunda divisão, não tem jeito”, diziam. O Flamengo precisava urgentemente de resultados e tranquilidade, mas já tinha falhado com Jaime de Almeida e Ney Franco; Luxemburgo, precisava recuperar o prestígio de quem já foi o melhor técnico do país, mas que não realiza um trabalho de ponta há tempos. E como num passe de mágica, o casamento deu certo, dando frutos imediatos às duas partes.
Torcedor declarado do clube, Luxa não posou de “manager” dessa vez; concentrou-se no trabalho de campo, afastou jogadores, investiu na parte física e recuperou atletas que vinham atuando abaixo de sua capacidade. Com a personalidade que lhe é peculiar, virou um para-raio dos problemas do time, criou expressões para tirar a pressão da equipe (como “sair da confusão”) e ainda teve o mérito de convocar o torcedor em cada uma de suas coletivas.
Hoje, com 30 pontos conquistados em 18 partidas (56% de aproveitamento) e com boas chances de avanças às semifinais da Copa do Brasil, Luxemburgo parece ter reencontrado o caminho de um bom trabalho. E que faz com que a diretoria rubro-negra considere a manutenção dessa relação.
Satisfeitos com o trabalho do comandante, os mandatários rubro-negros devem assinar uma renovação de contrato em breve. “Está por pequenas questões burocráticas”, afirma o vice de futebol, Alexandre Wrobel. Hoje, o técnico recebe R$ 350 mil e está acordado que os vencimentos não sofrerão reajuste.
Em um país onde os técnicos têm durado não mais que 15 rodadas em média, iniciar uma temporada com um treinador conhecedor do elenco é um trunfo e tanto. Que a relação se estenda por muito tempo ainda.
Fonte: FTB Pro