O meia-atacante Maicosuel participou do Fox Sports Rádio ontem, dia 16, e acabou questionado sobre a maior rivalidade interestadual do Brasil, entre Flamengo e Atlético-MG, além do histórico negativo para o Galo nos confrontos diretos.
João Guilherme – Você já está bastante envolvido com o Atlético-MG, contagiado por essa massa atleticana que realmente impressiona. Mas você, desde os tempos de Botafogo, tem o Flamengo como adversário especial, e vem Flamengo de novo, agora numa semi da Copa do Brasil…
– É muito bom fazer parte dessa equipe do Atlético. Eu fui muito bem recebido, parecia que eu tinha 4 anos de Clube, é um elenco muito bom de trabalhar. A torcida também é muito envolvente, está sempre junto com o Clube, são muito fanáticos… E sobre o Flamengo, quem não gosta de jogar contra o Flamengo? É um dos maiores Clubes do Brasil, tem uma das maiores torcidas do Brasil. A gente vai jogar num Estádio que é o maior da história do Brasil, que é o Maracanã. Então, quando se trata de Flamengo tudo é bom. E eu graças a Deus tenho bons jogos contra o Flamengo. Não que eu seja rival do Flamengo ou coisa assim, mas porque é um time grande, é um jogo que ninguém quer ficar fora, é um jogo que o todo o Brasil vê. Então, é para fazer história, é um jogo que eu gosto de jogar por isso, não porque sou rival ou porque não gosto do Flamengo. Eu gosto do Flamengo porque sempre faço bons jogos contra eles.
João Guilherme – O Atlético-MG nunca tinha vencido o Corinthians numa disputa eliminatória, e no caso do Flamengo, o Atlético já venceu em mata-mata, mas muito pouco. O Flamengo tem uma vantagem histórica sobre o Atlético. Pode ser mais um fator de motivação?
– Na realidade, nós jogadores nem pensamos nisso, a gente pensa em entrar e se classificar, independentemente de ser Flamengo, Corinthians… A gente sabe que vai ser difícil, sabemos da rivalidade histórica. Até no Lance estava escrito ‘que venha o freguês’ porque falam que a gente é freguês deles. Mas isso a gente não se importa muito, não quer saber se é Flamengo que está no outro lado, a gente quer defender o nosso. E é o que a gente vai fazer contra o Corinthians. Queremos entrar na história do Clube, conseguir um título inédito, marcar nossos nomes como vários outros jogadores fizeram. E eu sempre deixei muito claro que sempre quis marcar meu nome no Atlético, como eu quis fazer no Botafogo ou em qualquer Clube que eu passe. Nós jogadores não estamos preocupados se é Flamengo. É lógico que vai ser um grande jogo, um jogo difícil, e a gente espera se classificar como foi diante do Corinthians e ser campeão.
João Guilherme – Mas isso não influência? Alguém, por exemplo, já chegou pra você e contou a história da capa do jornal. “Estão falando que o Atlético é freguês” … E é claro que entre vocês vai rolar uma conversa, vão mostrar o jornal… Isso de alguma maneira não dá uma energia diferente? Como a dancinha do Mano?
– Lógico que dá uma motivação, a gente não se sente bem quando lê aquilo. Então eu não sei se a gente vai dar uma resposta em campo falando ‘aqui freguês’, não existe isso. O negócio é lá dentro de campo, é nas quatro linhas. Então, de fora é fácil. Falar até boneca velha fala, até papagaio fala. O negócio é na hora que chegar lá dentro de campo é aí que tem que ver. Mas é do futebol, essa coisa fora do futebol é legal, faz parte e a gente tem que conviver com isso.
Matéria redigida por Eduardo El Khouri