No futebol, o limite entre a burrice e a genialidade é muito pequeno. Se o Flamengo não vencesse o Figueirense, Vanderlei Luxemburgo seria chamado de burro por colocar Nixon. Como triunfou, ainda mais com um gol do camisa 29, o treinador passa a ser o gênio da noite. A vitória, no geral, serve apenas para somar três pontos na tabela do Brasileirão, visto que o futebol foi realmente muito fraco, sobretudo após o gol sofrido no segundo tempo.
Verdade seja dita, o Flamengo teve nos 30 minutos iniciais um excelente futebol. Envolvente, poderia ter feito pelo menos mais um gol, o que fatalmente liquidaria a partida. Mas no segundo tempo as coisas literalmente desandaram. Principalmente após o gol perdido de maneira patética pelo atacante Eduardo da Silva. O Figueirense entendeu que era possível vencer e foi para cima. E se não fosse por Paulo Victor realmente teria vencido. Isso, apesar da vitória que encerra uma sequência de cinco jogos de jejum, não pode em hipótese alguma ser esquecido.
Luxemburgo tem estrela? Sim. E isso não é demérito para ninguém. Pelo contrário. No entanto, o Flamengo precisa de um pouco mais do que isso para fugir do que ele chama de “zona da confusão”. O Rubro-Negro, que outrora parecia organizado e sólido defensivamente, hoje se mostra um bando em determinado momento do jogo. Principalmente quando se vê acuado dentro da própria área. É importante melhorar bastante.
De positivo, vale ressaltar a boa partida do lateral-esquerdo João Paulo. Sempre uma boa opção ofensiva, não comprometeu muito na defesa. Eduardo da Silva, apesar da displicência, também fez bom jogo. Bom dizer também que a vitória foi primordial, visto que no domingo o adversário é o Cruzeiro. Agora é guerra!
Fonte: Grito da Nação