Que venha o Galo!

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Evidentemente que ainda estamos com as atenções voltadas também para o brasileirão, matematicamente ainda corremos algum risco em relação a CONFUSÃO. Mas neste final de temporada, o que irá monopolizar a emoção de nossa incomensurável MAGNÉTICA primeiramente será a semifinal da COPA DO BRASIL contra o Atlético Mineiro. Difícil, intrincadas partidas contra o Galo das Alterosas, certamente virão com aquela sede de vingança que os caracterizam há décadas contra nós, numa rivalidade quase tão visceral quanto a que nutrem contra o arqui-rival Cruzeiro.
Este rancoroso sentimento vem desde um simples amistoso em 1979, jogo beneficente em favor das vítimas de uma enchente no Estado de Minas Gerais. Na ocasião com casa lotada de verdade vencemos por 5 x 1, com direito a um show de bola de Júlio César “Uri-Geller”, talvez sua maior exibição na carreira e uma das maiores atuações de um ponta esquerda na história, Zico de camisa nove e PASMEM….!!! Pelé atrapalhando um pouco, o nosso desempenho no primeiro tempo do jogo. No ano seguinte estávamos novamente nos duelando contra o Galo, desta vez decidindo o brasileirão de 1980, jogo eletrizante que ao final triunfamos por inesquecíveis 3 x 2 com o lendário gol de Nunes aos 41 minutos do segundo tempo, surgindo aí novo trauma atleticano. Já em 1981 pela Libertadores decidíamos uma das fases deste torneio em campo neutro, no Serra Dourada em Goiás, neste jogo a turminha do “camburão” atleticano pegou pesado, apelou feio, o atacante Reinaldo já com cartão amarelo deu uma rasteira por trás no Zico, ato contínuo foi justamente expulso pelo árbitro José Roberto Write, alguns “santinhos” do Galo foram se rebelando contra a decisão do “juiz”, Chicão, Palinha, Cerezo, Éder “tudo gente boa”, foram sendo excluídos , ao final, jogo suspenso por falta de um número mínimo de jogadores do Atlético, Flamengo classificado e o “chororô” de sempre. Para incrementar mais ainda a ira atleticana, em 1987 fomos para a semifinal da famosa COPA UNIÃO (BRASILEIRÃO) com eles, ganhamos no maraca por 1 x 0, a grande forra ficou para o Mineirão com pompa e circunstância, mas acabou dando Mengo 3 x 2 grandes atuações de Zico, Renato Gaúcho, Bebeto e cia. Mais recalque, mais tristeza nas hostes atleticanas. Não podemos deixar de mencionar que em 2006 na campanha do BI da Copa do Brasil também os deixamos pelo caminho, um 4 x 1 no Rio e um 0 x 0 em BH.
Para a nova refrega, virão novamente cheios de gás, os “fantasmas” do passado sairão de suas “tumbas”. Certamente com o auxílio luxuoso de uma Mídia sensacionalista para ajudarem a reascender os ressentimentos. Ao Flamengo restará a segurança dos vencedores e a esperança em novo triunfo sobre os aborrecidos “garnisés”. Se conseguirmos ultrapassá-los enfrentaremos o vencedor de Cruzeiro e Santos, esperanças no Tetra da COPA DO BRASIL, competição que temos grande tradição, ainda não somos os maiores ganhadores em número de títulos, mas aqueles de maior aproveitamento no cálculo geral do somatório de pontos. Seria mais um título de relevância nacional e nos traria de volta a mais uma Libertadores da América…
Fla x Atlético Paranaense‏
Estamos mais distantes da CONFUSÃO, mas não definitivamente livres dela, ainda precisamos de alguns pontos preciosos. O chamado FURACÃO precisa também da vitória para poder fugir de qualquer perigo. Certamente o “genérico das araucárias” virá com tudo pra cima do Flamengo. A solução terá que ser a marcação forte no meio campo, muita vontade para não se dar espaços ao time paranaense. Com ausência de Alecsandro, o treinador Luxa poderá escalar um ataque mais rápido com Gabriel, Nixon e Everton surgindo pelo lado esquerdo, facilitando assim os nossos contra-ataques. Um empate já seria um bom resultado, mas a vitória será sempre o ideal. Não se pode esquecer da bandeira maior desta temporada, ou seja, o ” SACO DE CIMENTO” nas costas e o “RABO NO CHÃO”, pontuar sempre será preciso…Deixaria o Eduardo da Silva para uma eventual substituição no segundo tempo, pois seu rendimento tem sido melhor quando entra no decorrer das partidas.
Histórias Rubro-Negras
O Flamengo estreou no Campeonato Carioca em 03 de maio de 1912, no então Campo do América em Campo Sales, aplicando uma goleada no Mangueira por 16 x 2, sendo de Gustavo de Carvalho o primeiro gol oficial de clube, tendo inclusive marcado 4 gols nesta partida, Arnaldo 4, Amarante 4, Borgeth 3 e Gallo 1 completaram a goleada. Neste ano não ganhamos o título máximo que ficou com o instinto Paissandú, ficamos com o vice campeonato, apesar da boa campanha em 1913 também não vencemos o certame, tendo o América sido o campeão, e nós os vices, porém em 1914 finalmente ganhamos o cobiçado título da cidade. Já com uma torcida grande oriunda das regatas, o Flamengo obteve uma campanha excelente com 8 vitórias, 3 empates e apenas uma derrota, marcamos 24 gols e sofremos 15, o avante Riemer foi o nosso artilheiro com 8 gols, este foi oficialmente o primeiro feito glorioso do futebol rubro-negro. Em 1915 repetimos a boa campanha e fomos BI-Campeões, dessa vez invictos, 7 vitórias e 5 empates e mais uma vez Riemer sendo o goleador com 13 gols. Nosso time era formado por: Baena, Píndaro, Nery, Curiol e Miguel, Gallo, Osvaldo e Baiano, Borgeth, Riemer e Raul ainda jogaram Joca, Ze Pedro, Zé Paulo, Zalacain, Borba…
SRN
Fernando Lemos

Fonte: Flamengo RJ
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