Ufa… Custou, mas acabou saindo o golzinho que sacudiu a figueira e fez três pontos providenciais caírem em nossas mãos. E foi fruto pra degustar e lambuzar-se de felicidade, pela forma como foi colhido, ao apagar das luzes do Orlando Scarpelli.
Vi de ponto com vista privilegiada do estádio. Na torcida do adversário, podendo ver bem a área vip onde se amontoavam os rubro-negros, que tomaram todo o espaço destinado para a Nação.
Estranho ficar na torcida adversária. Na verdade nem deveria ocorrer. Se a Fla Tour consegue ingressos para incluir em seus pacotes caros de traslado do boteco mais próximo até o estádio, não é possível mesmo que os Smurfs não consigam arranjar uns míseros 20 ou 30 (e bem menores que isso em jogos de meio de semana) para VENDER para os abnegados que se deslocam do Rio para apoiar o time, seja boa, ótima, ruim ou péssima a situação da equipe. Enfim… Querer que os Smurfs se preocupem com isso seria pedir demais dessa gente.
De qualquer forma, é curioso ver o Flamengo vencer estando no meio das linhas inimigas. Os anos de estrada já até deram o aprendizado de como se comportar. Gol nosso, gol dos adversários, tanto faz. Só levantar e gritar um belo de um puta que pariu ou um vai tomar no cu. A única coisa que pode entregar é o sotaque.
Afastados mais um pouco e mais uma vez da Confusão, ou pelo menos do epicentro dela. E é o que tem para 2014. Sem sustos reais, fora os tantos que tivemos nas primeiras rodadas do campeonato. Não que isso seja bom. De fina estirpe que somos no Planeta Bola, não podemos ficar entra ano e sai ano frequentando do meio da tabela pra baixo por toda a disputa.
De qualquer forma, fora alguma adrenalina real na Copa do Brasil, vamos vivendo em banho-maria. Em parte dessas alegrias fugazes e isoladas partida ou outra e, é claro, da suprema e constante felicidade de sermos Flamengo. E isso não é pouca coisa.
Nessas raras oportunidades que acontecem de assistir jogo no meio das linhas opostas isso fica ainda mais claro. Como deve ser sofrido ser anti.
CURTAS
VOANDO COM O TIO. No vôo de volta, a presença do Tio Bandeira. Taí alguém que poderia evitar esse troço da Fla Tour ter ingresso pra vender, e eu não ter ingresso pra COMPRAR.
RECONHECIMENTO. Se parte da Nação é ingrata e segue criticando nosso Capitão, seja qual for o desempenho dele nos jogos, nas linhas inimigas teve gente reconhecendo valores. Em uma das boas jogadas na noite de ontem, um senhor falou para o filho, nas arquibancadas dos nossos adversários: “Isso aí é Léo Moura, não é qualquer um não”.
ESPAÇO VITAL. Eu e mais alguns da Fla Mochila não fomos os únicos do lado de lá. Na saída do estádio, algumas pessoas indo buscar seus Mantos do Flamengo, guardados gentilmente pela equipe de segurança local.
Fonte: Falando de Flamengo