Ao longo de 110 anos de história, o Flamengo teve um sem-número de craques. No entanto, a lista de boatos envolvendo negociações mirabolantes com astros internacionais não fica muito atrás. Nomes como Maradona, Batistuta, Seedorf, Davids, Del Piero, Ronaldo e Balotelli, entre outros, já estiveram cotados para vestir rubro-negro. Em 1980, a bola da vez na Gávea era simplesmente Johan Cruyff.
A ideia veio a público em outubro daquele ano, em meio às convocações de nomes como Zico, Júnior e Tita para a seleção brasileira. Márcio Braga, então presidente do Flamengo, temia que os jogos da equipe tivessem pouco público sem alguns de seus principais jogadores. Então, buscou um nome capaz de atrair a torcida ao Estádio do Maracanã nos jogos do Campeonato Carioca, mas que não corresse o risco de também ser convocado por Telê Santana para defender o Brasil.
A solução era Johan Cruyff, destaque das Copas do Mundo de 1974 e 1978. Aos 33 anos, jogava no Washington Diplomats, dos Estados Unidos, ensaiando um fim de carreira. A meta: trazer Cruyff para jogar no Brasil pelo menos durante o primeiro semestre de 1981, cobrindo os desfalques que o técnico Claudio Coutinho teria.
Em 25 de outubro de 1980, um sábado, Márcio Braga ficou encarregado de falar ao telefone com Cruyff. O holandês estava na Ásia, em excursão de pós-temporada com o Washington Diplomats, mas, segundo publicado pelo Jornal do Brasil do domingo (26), combinou que tentaria uma escala no Rio de Janeiro na viagem de volta para os Estados Unidos. Se conseguisse, conversaria com Márcio Braga.
Fonte: UOL