A notificação foi feita na noite de terça-feira. Ao longo do dia seguinte, os advogados de Flamengo e Tijuca tentaram cassar a liminar do Ministério Público, que impedia a presença de torcedores no ginásio, na partida entre o time rubro-negro e o Franca. De acordo com o vice-presidente de esportes olímpicos do clube da Gávea, Alexandre Póvoa, dos quatro laudos exigidos para atender às normas de segurança, dois (relativos ao CREA e Vigilância Sanitária) não foram apresentados dentro do prazo pelo Tijuca. A expectativa do dirigente é que no próximo compromisso do time em casa, previsto para o dia 25 de novembro, o problema já esteja solucionado. Caso contrário, não descarta a possibilidade de mandar jogos fora do Rio.
– Já recebemos convites de Manaus, de Cuiabá, mas estávamos estudando isso mais para frente. Mas agora é uma possibilidade, porque jogar na Arena da Barra é caro, no Maracanãzinho também não tem condição. Nós estamos lutando, mas tendo dificuldades burocráticas para construir nossa arena. Só temos o Tijuca. A um ano e meio das Olimpíadas, um time campeão mundial de basquete e outro de vôlei (o Rio de Janeiro), com campeãs olímpicas, só têm este ginásio para atuar. Se tem uma lei, ela é para ser cumprida, mas fica o alerta para as autoridades do Rio. Estão acontecendo problemas no esporte. Nós vamos correr atrás dessas autorizações, mas o que deve ser registrado é que foi um dia triste para o esporte carioca – disse Póvoa.
O técnico José Neto, assim como seus comandados, admite ter sido estranho jogar com a arquibancada vazia. Acredita que com a torcida presente, o duelo contra Franca poderia ter sido um pouco menos complicado.
– A gente está sempre acostumado a jogar ao lado da torcida em qualquer lugar. Mas em casa, sem ela, é muito estranho, muito ruim. Nós sabíamos que seria um jogo duríssimo pelo que Franca fez nas partidas contra o Basquete Cearense e Brasília. Já trabalhei com alguns jogadores que estão no time e sabia que não iam colocar a dificuldade que vivem (perderam o patrocinador master) dentro de quadra. O jogo foi mais duro porque não tivemos a torcida do nosso lado. Pelo momento que o basquete vive era para ser de ginásio cheio. Espero que a situação se resolva o mais rapidamente possível. Sobre mandar jogos fora do Rio, a diretoria vai fazer o melhor para o time. Tenho certeza de que não vai medir esforços para isso – afirmou.
Os próximos dois compromissos do Rubro-Negro serão em cidades mineiras. Na terça-feira, medirá forças com o Minas; na quinta será a vez de enfrentar o Uberlândia. Para seguir invicto na competição, o treinador diz que a equipe precisa evoluir em alguns pontos.
– Nossos três primeiros jogos foram suados. Nós estamos construindo uma temporada boa, mas precisamos defender melhor, ofensivamente jogar mais coletivamente. Sabemos que alguns jogadores não tiveram férias e já chegaram jogando em ritmo forte. Isso tudo está dentro do planejamento. Sabemos que todas as equipes querem ganhar da gente. Se já queriam antes pelos títulos que tínhamos do NBB, agora, depois dos outros títulos que conquistamos a motivação é maior ainda. Mas temos que estar preparados para isso.
Fonte: GE