Rafael Strauch, vice-Presidente do Fla-Gávea: No Flamengo, quando você inscreve uma Chapa para se candidatar à Presidência, tem-se que montar um Conselho Transitório. Todas as Chapas inscritas em 2012 e ao longo da história inscreveram membros para este Transitório. E como nós ganhamos a última eleição, a maior parte dos Conselhos são da Chapa Azul, foram 120 que nós elegemos. Destes 120, tivemos 47 que foram cortados porque os membros do Transitório são obrigados a irem a todas as reuniões, e se tiverem 3 faltas ao longo do ano, eles são cortados. É normal que alguns conselheiros não possam ir, o próprio Presidente do Deliberativo não foi algumas vezes e o vice dele assumiu e conduziu a reunião. Mas no caso do Transitório ele é obrigado, é diferente do sócio-proprietário. Então, foi cerca de 1/3 da Chapa Azul e 28 da Chapa Amarela. Eles perderam quase 2/3 enquanto a gente perdeu 1/3. Então, na verdade, proporcionalmente a Chapa deles teve mais gente cortada do que a nossa.
Houve uma reclamação por parte de alguns associados ao longo do ano que solicitaram que esses membros faltosos fossem retirados do Corpo Transitório do Conselho Deliberativo, e agora teremos uma eleição por obrigação estatutária. Votam 6.300 sócios. Essa votação irá ocorrer no dia 08, segunda-feira, das 08:00 às 21:00, na Gávea. Solicito a todos os Sócios que procurem saber se estão aptos a votar, e que votem na Chapa Azul.
A Chapa Azul dessa vez está sendo representada por grupos de associados. Diferentemente da eleição presidencial, ela não está sendo montada pela diretoria, então, a gente tem uma diferença, porque não tem um candidato específico que está sendo elegida a algum cargo, mas sim conselheiros que estão sendo eleitos. E o grupo de sócio da diretoria apoiam a Chapa Azul, a Chapa formada pelo SóFla, que é o maior grupo de sócios do Flamengo, um grupo propositivo do qual eu faço parte, o Ideologia Rubro-Negra, o Sinergia Rubro-Negra, dentre outros grupos que estão participando. São grupos que tem uma índole muito interessante, eles procuram de alguma forma ajudar o Flamengo na medida do possível, desde a forma de voluntários no Dia das Crianças, passando por reformas de estatuto, ajudando e criando o Programa Fla em Dia para pagar imposto, o Fla da Nação para ajudar o Futebol, ou seja, são pessoas com uma proposta de participação tanto social quanto política no Clube. E eles estão participando deste pleito no qual a diretoria apoia integralmente porque comungamos dos mesmos valores.
Como eu disse ao Cacau Cotta quando ele esteve aqui, eu não vou mudar de oposição porque x ou y está aqui. E eu tenho que manter o que falei durante todo este tempo. Obviamente que tenho discordado de alguns pontos, mas na maior parte eu concordo com a atual gestão, que está caminhando para melhorar o Flamengo. E acontece uma coisa que eu nunca vi em vida, que é o Flamengo pagar em dia. Uma raridade, que pra mim deveria ser a primeira coisa numa gestão. Falamos que ele briga para não cair, que não vai atrás de título… Mas isso aconteceu durante toda a minha jornada como jovem. Eu vi o Flamengo numa fase de oitavas de mata-mata uma vez, em 1997, já que eu era muito novo para acompanhar 92. Eu vi só uma vez, em toda jornada de mata-mata, até 2002. Depois falam de rebaixamento, mas eu vi o time escapar na última rodada, com gol do Obina contra o Paraná. Então, há estes pontos. Já bati na questão de ingresso, porque não concordo com os altos valores, na questão do técnico Jayme de Almeida não concordei com sua demissão, e obviamente a questão Carlos Eduardo, que entre as contratações ouve acertos como o Paulinho, Hernane… E não deu certo. Mas a principal questão que me preocupou e que o Cacau Cotta trouxe para cá é a questão das dívidas do Flamengo. Ele mostrou preocupação nisso como opositor. Segundo ele, está havendo uma privatização das dívidas do Flamengo e por isso ele não sabe como será o futuro.
Eu vou entrar num outro departamento, que é o financeiro, conduzido pelo Rodrigo Tostes. Minha sugestão é a de que quando quiserem mais detalhes sobre isso conversem diretamente com ele, mas algumas coisas eu posso adiantar. O que acontece é o seguinte. No Flamengo, eu peço autorização para captar novos empréstimos, mas não tenho que pedir autorização para pagar. O Flamengo tem pago mais de R$ 10 milhões por mês somente em dívidas atrasadas. A gente vai fechar o ano de 2014, nestes 24 meses, com R$ 200 milhões de reais de dívidas pagas, entre trabalhistas, impostos, atletas atrasados… O que acontece é que a gente não conseguiu gerar estes mesmos R$ 200 milhões para pagar. Então, a gente fez novas captações. Todo mês quando ‘eu’ tenho que pagar R$ 10 milhões, eu não tenho que ir no Conselho da Administração pedir sua autorização, eu sou obrigado a pagar porque fizemos um acordo. Mas quando temos que pedir R$ 3 milhões para ajudar a pagar eu tenho que pedir. Então, a oposição faz questão de vender este pedido de R$ 3 milhões, mas não faz a ressalva de que estamos pagando. Tanto é que no dia 01, quando assumimos, trouxemos uma consultoria e perguntamos quanto de fato o Flamengo deve. E o Flamengo, na época, em janeiro de 2013, devia R$ 750 milhões. Com uma série de dívidas em abertas, inclusive do timemania sob risco de exclusão…
E o que a gente fez? Tentamos chegar a um acordo para pagar na medida do possível, e correr atrás de novas fontes de receitas. Criamos um programa de sócio-torcedor, dentre outras. Tivemos que vender alguns jogos para fora do Rio, o preço do ingresso ficou mais caro, e na ótica de alguns ficou mais do que deveria, mas o grande ponto é o seguinte: nós tínhamos que gerar recursos para pagar estes R$ 10 milhões mensais. Então, na verdade a dívida de hoje já está em R$ 570.
Vai sair nessa semana o balanço do terceiro trimestre. O Flamengo tem balanços trimestrais iguais a companhias de empresas abertas. No site tem uma área de transparência com os balanços, é só abrir e ver, acompanhar ao longo do tempo… Estes valores estão sendo reduzidos. E inclusive, o contador fala que agora não tem ressalva, ou seja, o que está dito ali é verdade, atestado, coisa que nunca aconteceu na história do Clube. Nós temos orgulho destes avanços institucionais.
E por falar em título, nós ganhamos ano passado um título nacional. Foi fantástico, um título que nos orgulha muito, mais um dos nossos 9 títulos nacionais, 6 campeonatos Brasileiros e 3 da Copa do Brasil. Mas a gente não vai sair desta política de austeridade porque a evolução na instituição tem que acontecer, e nós estamos nos esforçando arduamente para cumprir ao longo destes anos o que prometemos em campanha.
É importante lembrar que o Flamengo ganhou um prêmio da Pluri Consultoria…
O prêmio ganho foi o de transparência nas informações e na qualidade das informações prestadas. O Flamengo tem se esforçado muito para ser cada vez mais transparente nisso, achamos essencial que as pessoas entendam o que está acontecendo, o que nós estamos fazendo, o esforço que tem sido feito, que tem sido o principal foco…
Gestão, a ideia é gestão, profissionalização e melhora da qualidade das informações. Então, as pessoas, os sócios e os torcedores tem que saber o que está acontecendo com o Flamengo. A gente tem melhorado as publicações e este prêmio veio em virtude disso, da melhora nas informações publicadas.
Comente sobre os avanços que tem sido feito na Sede do Flamengo ao longo destes dois anos, que a gente sabe que não é só para receber sócios, mas também os atletas dos esportes olímpicos. Como você encontrou a Sede, que até incêndio aconteceu num dos Ginásios…
Uma série de avanços aconteceram e isso foi fruto principalmente de parcerias. Agora, o Fla-Gávea foi dividido em três unidades de negócios. Os Esportes Olímpicos já são superavitários, e fruto do pagamento de impostos e Leis de Incentivos os quais conseguimos capitar, mas o Fla-Gávea ainda é deficitário. Nós temos a metade do grupo associativo isenta de mensalidade pelo estatuto, ou seja, tem sócios que pagam e sócios que não pagam. Então, todas as melhorias que têm sido feitas acontecem por parcerias, principalmente pelos Esportes Olímpicos. As melhoras são pelos atletas e para os atletas, logicamente, as quais o associado também usufrui.
Por exemplo, a piscina a gente teve que fechar porque fomos as compras. Nós vamos comprar a piscina mais moderna do mundo, a Myrtha, que vai ser posta naquele espaço. Já estamos na fase final de orçamento e elaboração. Fizemos todos os testes. Nós teremos a piscina mais moderna do mundo no Flamengo. A gente já reformou os três principais ginásios do Flamengo. O Togo Renan terminamos o vestiário, o Hélio Maurício fizemos uma série de melhorias e será reinaugurado pelo Alexandre Póvoa, que irá, inclusive, premiar os atletas de basquete em dezembro, e o Cláudio Coutinho, que quando a gente chegou, havia tido um incêndio. Então, tivemos que reformar, trocar a estrutura metálica do teto e estamos esperando uma série de equipamentos que só conseguimos por conta das leis de incentivos, e teremos os equipamentos mais modernos do Brasil, com ar-condicionado… O ginásio dos atletas também acabou de ser reformado e inaugurado, está lindo, mas vai ter um muito melhor.
Queria, em primeira mão, dizer que nós já encaminhamos ao Conselho Deliberativo do Flamengo uma proposta de uma academia de ginástica com mais de 1000 m², e está na mão deles para análise. Um investimento fantástico, com os equipamentos mais modernos existentes de musculação para sócios. É um valor irrisório. Será a academia mais barata da Zona Sul, de longe. Nós teremos um espaço para sócios e um destinado só para atletas. Então, nós vamos transferir esta academia dos atletas para um lugar ainda melhor que será construído. O Conselho Deliberativo vai encaminhar para votação em algum momento, e a gente espera que os sócios e conselheiros estejam lá e apoiem.
O Flamengo teve uma melhoria muito grande com a parceria envolvendo a Federação de Futebol da Holanda para a preparação da Copa do Mundo. E eu fiquei muito impressionado e feliz em observar a reciprocidade da imprensa estrangeira. Que além de ter sido bem recebida, satisfeita com aquelas instalações. Além desta, tem outras parcerias como com o Comitê norte-americano e a Confederação Britânica de Remo. A que pé andam estes acordos e o montante do investimento que será efetuado…?
Há uma série de acordos em andamento. A gente teve uma reforma em fruto com a adidas na Copa do Mundo. A adidas transformou parte do edifício sede para ser o receptivo deles, teve a parceria com a Holanda como você lembrou, tem o contrato com o comitê norte-americano que fará e já está fazendo uma série de reformas como nos vestiários destes Ginásios. E inclusive a área de luta, em cima desta academia que a gente pretende fazer, será fruto desta parceria.
No caso dos britânicos, eles estão reformando toda a área do Remo, principalmente na parte da academia. Eu estive lá no aniversário do Clube, com o vice-presidente de Remo para visitar a obra, e está avançando… Então, em breve vamos ter mais uma academia para atletas, e essa só para o remo. E a vista é fantástica, eles vão ser os mais privilegiados do Clube.
Temos também uma parceria que o departamento de marketing viabilizou que foi o nosso Museu, o ‘Fla Experience’, agradecendo a Futebol Tour que fez o investimento. A gente inaugurou ele no aniversário do Clube e estamos muito orgulhosos. Eu saí de lá muito emocionado quando vi a nossa primeira taça, conquistada pelo Remo, colocada num local de destaque. Eu saí chorando de emoção porque ela estava no chão quando chegamos, e agora estava em destaque. Significou muito pra mim por poder ver o ‘Fla Experience’ montado em quatro ambientes, contando um pouco dos 119 anos de glórias.
A Política de austeridade é a grande tecla que vocês batem, mas isso só é possível com algum resultado em campo. Claro que o título da Copa do Brasil do ano passado e o Estadual deste ano permitiram essa manutenção de austeridade financeira, porque se fosse pelas duas campanhas de Brasileiros que fez o torcedor poderia estar fazendo uma cobrança insustentável. O torcedor está esperando o ano do investimento, porque o primeiro foi para calcular a dívida, o segundo para equilibrar o Clube, e imagino que o terceiro tenha um elenco com nomes mais qualificados e que o torcedor está acostumado. É possível fazer isso já para o ano que vem, ou a austeridade financeira será mantida? Quando o torcedor do Flamengo pode imaginar um time com mais peças, mais investimentos…?
Primeiro que estão falando de dois departamentos. O Wrobel que responde pelo Futebol, e sobre o preço dos ingressos é o Bap. Sobre o valor dos ingressos, o Flamengo pratica o sétimo ingresso mais caro do Brasileiro, e eu não sei se vocês estão acompanhando, mas o Cruzeiro vai cobrar R$ 1.000. Então, ninguém fala dos outros Clubes no Brasil, só falam do ingresso do Flamengo. O nosso ingresso é inferior ao do próprio Botafogo. O Goiás e o Atlético-PR, por exemplo, têm ingressos mais caros que o do Flamengo.
Então, o que eu gostaria de deixar registrado, é que o ingresso mais barato do Flamengo é o gratuito. Essa questão da gratuidade a gente é obrigada a carregar, e é aí que somos obrigados a montar um time e a ter pessoas para trabalhar com pessoas que vão pagar zero reais. E isso só existe no Rio de Janeiro, é algo ruim para todos os Clubes do Rio, não só para o Flamengo. Todos nós temos que arcar com isso. O Governo determina uma leia onde não nos reembolsa por isso, e o Flamengo sofre com esta questão. Na verdade, o Estádio disponível para o Flamengo faturar é muito menor do que a capacidade dita pelo Maracanã, por exemplo.
Sobre o time, de novo, eu acho que o ideal é falar com o Wrobel. Mas a medida que o tempo for passando, e a medida que a gente consiga manter esta austeridade, mais recursos restarão para investir no carro-chefe que é o futebol, o principal gerador de recursos. As contratações vieram, temos o caso do Canteros, do Eduardo… O time está sendo reforçado com o tempo e nós estamos na torcida. Eu espero que o Wrobel possa anunciar novos reforços ao longo destes próximos meses para a temporada de 2015. Estamos muito confiantes, o time vai melhorar, a gente acredita, torce e está trabalhando para isso.
Duas perguntas foram feitas para o Cacau Cotta e que eu gostaria de faze-las à você também. Uma delas é sobre o projeto do estádio na Gávea. Eu sei que não é só você que responde, mas foi dito que dificilmente este projeto vai sair do papel. Afinal das contas, vocês acreditam que ele possa sair? E como está isso no momento?
O Flamengo fez uma pesquisa muito grande com sócios no final do ano passado sobre o Plano Diretor, que envolve todo o espaço da Gávea para a gente entender o que o Sócio espera, o que o sócio quer para aquela região e inclui, por exemplo, a questão do Estádio, que é uma das prioridades. A gente trouxe um grande escritório de Arquitetura de São Paulo, que fez a reforma do Pinheiros. Nós vamos apresentar para os associados ainda este ano um Plano Diretor que contempla um Estádio dentro da Gávea. Mas é um Estádio pequeno, de 15 a 20 mil pessoas. Isso não cabe só a mim. O Wallim, que trocou de pasta com o Wrobel, também está nesta empreitada. Mas existe sim o projeto.
Além do Estádio, eu acho que faltou ressaltar a Arena Mc Donalds, que é para abrigar o nosso basquete. Vocês acompanharam, o basquete ficou sem local para jogar… A gente chama de Arena Mc Donalds porque o Mc Donalds vai ser o principal financiador, mas ela pode ter outro nome quando inaugurada. É um projeto que já está na Prefeitura, e inclusive eu, o Wallim, o Tostes, e o Presidente estivemos lá para entender o processo, explicamos que está dentro do gabarito da lagoa, que vai ter 20 metros de altura, respeita toda a região, o espelho d’agua da lagoa… Já temos a proposta, um arquiteto que esteve apresentando a planta também, e estamos muito otimistas para que o governo nos apoie. Precisamos deste espaço na Zona Sul porque não temos. O nosso basquete campeão do mundo está sem aonde jogar e a torcida sem poder assistir.
É uma Arena pequena, dentre 2 a 3 mil pessoas, e obviamente que nas finais que devemos chegar, vamos jogar em outros lugares, mas para a temporada da NBB será um espaço ideal. E poderá também abrigar o vôlei, o futsal, dentre outras modalidades esportivas.
Como será administrar 2015, que é um ano eleitoral, sem atrapalhar o trabalho que está sendo feito?
Os trabalhos políticos e operacionais andam em separados. O Flamengo adotou uma linha de profissionalização, então temos pessoas remuneradas e dedicados… A linha política deve ser tratada pelos não profissionais, ou seja, os vice-presidentes e grupos de apoio político que estarão mais envolvidos neste processo. Nós vamos ter um aumento muito grande da assembleia geral referente ao que aconteceu em 2012, num crescimento de 50% de eleitores frutos de uma onda de associação que começou em 2011 e culminou com a nossa vitória. Então, a gente entende que tem novos eleitores e que tendem a ter um novo discurso e valores parecidos ao nossos.
Estamos otimistas e muito tranquilos quanto a isso. Entendemos que não teremos muita dificuldade nessa questão eleitoral, mas é um jogo democrático. É só as pessoas entenderem e pesarem os prós e contras e essa linha de austeridade… Mas que quiserem de volta o nome sujo, de jogador sem receber, jogador nas páginas policias em vez do Flamengo ganhando prêmio de transparência, é um direito associado. Há quem defenda estes valores, que seja completamente contra a profissionalização.
As pessoas não entenderam que estamos no século XXI. Profissionalização existe hoje em empresa pública, privada… Todo mundo está preocupado com isso, mas existem Clubes que não estão, existem pessoas dentro da Gávea que são contra. Nós vamos nos defender, e se a maioria achar que está não é a linha é um direito delas, e vamos voltar as práticas passadas e com as realidades do passado.
Foi dito que boa parte dos conselheiros que foram eliminados eram da Chapa Azul. Eles eram ou não da Chapa Azul, ou da Chapa União?
A Chapa que ganha as eleições coloca 120 conselheiros no transitório, e a de segundo lugar 40. Então, a Chapa Azul colocou 120 Conselheiros, destes, 47 foram penalizados por faltas. Então, estamos falando de 1/3. Quanto a Chapa Amarela, segunda colocada e que hoje é da oposição, eles colocaram 40. Ou seja, 28 deles, cerca de 70% foi retirada. Proporcionalmente, a Chapa deles teve um maior índice de retirada do que da Chapa vencedora.
Existe, pelo menos por parte da Chapa Azul, o desejo de querer que o Conselho Deliberativo passe por uma repaginada, e não seja tão envelhecida?
O termo não seria envelhecido, vamos ser mais democráticos. Nós vamos permitir que novos conselheiros venham participar da política do Flamengo. Eu estou representando um pouco disso e gradeço a oportunidade. Eu não tenho tanta história no Clube mas tive a oportunidade de participar deste processo político. Eu acho que a gente está criando este espaço para que estes grupos de sócios permitam que novas pessoas conheçam, participem e vivenciem a política do Flamengo. E esta eleição passa por isso.
Um apelo que eu faço é que se associem e vivem a vida política do Clube, participem dela. E nesta eleição eu convoco a todos os sócios a participarem no dia 08, estando na Gávea votando na Chapa Azul que está defendendo os mesmos valores que esta diretoria.
Uma queixa grande do Cacau Cotta, ex-vice-presidente do Fla-Gávea é que não há comunicação, que as pessoas não escutam a oposição. Como está esta questão hoje, pelo melhor que é o Flamengo?
O diálogo sempre existiu, seja com a oposição, seja com sócios que não são oposição nem situação… A gente está sempre preocupado. Criamos o encontro com o Presidente onde a gente pergunta aos sócios quem quer participar de uma conversa com Presidente ou vice-Presidente… A gente convoca as pessoas a irem lá conversar, interagir, e isso acontece desde o ano passado. Tentamos criar o ambiente mais democrático possível para ouvir as pessoas e as reclamações numa conversa franca. Eu e os outros vice-presidentes estamos sempre na Gávea, principalmente nos finais de semanas já que o movimento é melhor. Eu converso com a oposição sempre que estamos com eles.
Agora, eles confundem um pouco de conversa com ‘eu tenho que seguir o que ele acha que é mais certo’. Me desculpe, mas nós fomos eleitos e o poder de decisão é nosso. Ainda que no momento mais difícil as pessoas estejam muito mais preocupadas em apoiar, tem gente que não, que quer colocar o amigo dele como vice-presidente, o diretor, o gerente… E não vai acontecer. Algumas pessoas não conseguiram nem ter voz quando eram situação, batem o tempo inteiro e agora vão querer mandar no futebol ou em outros departamentos…? Não é assim. Diálogo sempre vai existir, temos com os associados, temos com quem vive mais intensamente a política do Flamengo, com os ex-presidentes, com os ex-beneméritos, e estamos abertos a sugestões, mas a decisão final é do atual conselho diretor que foi eleito para tomar as decisões do Clube.
O que nós queremos é um Flamengo forte. E não há como negar, o Flamengo é um carro-chefe, tem a maior torcida, e não só para o grupo Bandeirantes, é o que alavanca muita coisa.
Eu agradeço a oportunidade para debater sobre Flamengo, e convoco os sócios para o dia 08 estarem na Gávea dando um voto de confiança para estes grupos de associados que sempre foram propositivos, que estão sempre trazendo o que há de melhor para o Flamengo, buscando ajudar o Clube, seja quem for, quem estiver na frente… Votem na Chapa Azul, estou falando em nome da diretoria e defendendo os princípios que eles defendem. Estejam naquela segunda-feira para votar na Chapa Azul. Agradeço o espaço, e estou à disposição para falar do nosso Mais Querido.
Matéria redigida por Eduardo El Khouri