A medida provisória aprovada nessa quarta-feira em Brasília que permite o parcelamento das dívidas dos clubes brasileiros sem contrapartidas não é consenso entre as agremiações. O presidente do Flamengo é um que se manifestou contra. Para Eduardo Bandeira de Mello, parcelar as dívidas sem mudar a gestão dos clubes “não é correto com a sociedade”.
O parcelamento das dívidas foi incluído em uma emenda a uma medida provisória (MP 656/2014) que tratava de isenção de imposto de aerogeradores. O texto foi aprovado na Câmara dos Deputados e, no fim da noite, no Senado. Agora, seguirá para avaliação da presidente Dilma Rousseff.
O autor da emenda, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), disse na quarta-feira ao ESPN.com.br que tivera o apoio de diversos clubes, entre eles o Flamengo. O parlamentar é vice-presidente do Atlético-GO, mas afirma que “advoga para todos os clubes”. Bandeira de Mello nega que tenha apoiado esta iniciativa.
“Acho que não é correto com a sociedade, nem com o contribuinte. Os clubes estão nessa discussão para tentar melhorar o futebol. Nós apoiamos o parcelamento das dívidas, desde que num contexto que faça todos andar na linha”, disse o presidente do Flamengo, que confia no veto presidencial.
A medida estabelece o parcelamento em 240 vezes das dívidas dos clubes com a União e reduz em 70% as multas e em 50% os juros devidos. O texto não inclui, porém, as sanções previstas na discussão da Lei de Responsabilidade Fiscal dos Clubes que prevê até rebaixamento à agremiação que não cumprir as medidas de gestão financeira previstas, como não atrasar salários, nem pagamento de impostos.
Fonte: ESPN