Rivais históricos dentro de campo, Flamengo e Flumimense voltaram a protagonizar uma disputa fora das quatro linhas nos últimos dias. O motivo agora é a verba de patrocínio destinada pela empresa Viton 44 aos dois clubes. Enquanto o Tricolor receberá R$ 14 milhões anuais para estampar a marca “Matte Viton” nas partes frontal e acima do número, o Rubro-negro terá direito a R$ 20 milhões em 2015 para carregar a bebida “Guaravita” nas costas e nas mangas.
Os cartolas do Flamengo comemoram e não têm dúvidas: afirmam que a marca da Gávea é mais valiosa que a das Laranjeiras. Por outro lado, membros ligados ao presidente tricolor, Peter Siemsen, questionam a disparidade de valores, visto que o time exibirá as marcas da Viton 44 em locais mais nobres e receberá muito menos.
Ciente da situação delicada e evitando cobrança de algum lado insatisfeito, o presidente da empresa, Neville Proa, se esquivou e repetiu que “os valores do Flamengo não são esses”. No entanto, o contrato com o Rubro-negro, a ser votado no Conselho Deliberativo da Gávea na próxima terça, provam o contrário.
“Pelo patrocínio objeto deste contrato, o Patrocinador [Guaraviton] pagará ao Flamengo a quantia total bruta de R$ 20.000.000,00, da seguinte forma: 11 (onze) parcelas iguais, mensais e consecutivas no importe de R$ 1.666.666,66 cada uma delas, que serão pagas a partir de janeiro de 2015 e terão como vencimento o dia 30 de cada mês subsequente; (ii) 1 parcela no valor individual de R$ 1.666.666,74 no dia 30 de dezembro de 2015”, diz o acordo.
‘Briga’ antiga
Em outro capítulo recente de “ciúmes”, o Fluminense conseguiu barganhar um aumento. Após ver a Adidas pagar 35 milhões por ano ao Rubro-negro, o time das Laranjeiras renegociou seu contrato antigo – R$ 9 milhões – com a fornecedora e firmou novo acordo de R$ 19 milhões anuais.
Na sequência, a pauta foi o acordo com a concessionária que administra o Maracanã. Fluminense e Flamengo discutiam um contrato e não aceitavam ter menos benefícios que os rivais em cláusulas por bilheteria e participação em vendas nos bares e camarotes.
No caso da empresa dona da Guaraviton, porém, nada deve mudar. Oficialmente, apesar da pressão interna nas Larajneiras, o Fluminense não pretende cobrar a Viton 44, como já fez em outros casos que ficou em desvantagem financeira. Mas a situação incomoda torcida e membros da cúpula tricolor.
Além de Flamengo e Fluminense, a Viton 44 fechou acordo com o Botafogo – cerca de R$ 9,5 milhões pelo peito da camisa – e ainda negocia com o Vasco para 2015. No entanto, nenhum dos três rivais deverá ter valores superiores ao do time da Gávea.
Fonte: UOL