O princípio da boa fé e da transparência é o no mínimo o que se espera para que a relação entre gestores e associados mantenham elos de respeito e de convergência de princípios afastando o estado de intempestividade e de intolerância.
No próximo dia 8/12 haverá eleição no Conselho Deliberativo (CODE) para votarmos a complementação do quadro de Conselheiros através de duas chapas: Branca e Azul.
O CODE é um importante órgão decisório do Clube onde Conselheiros se reúnem para deliberar propostas que nortearão na vida do Flamengo e dos seus associados. É necessário, portanto, que seu quadro seja formado por pessoas independentes. O CODE não pode ser berçário de votos mandatários e nem de sigla de aluguel.
Qual a importância desta aparente simples eleição? É preciso deixar claro aos sócios eleitores que ela está vinculada a dois importantes assuntos: a situação financeira e o Estatuto do Clube.
Quanto ao primeiro, sabemos que o Flamengo passa por uma enorme crise financeira. Apesar dos mais de R$ 300 milhões do orçamento do Clube em 2014 e dos mais de R$ 1 bilhão a receber nos exercícios de 2015 a 2018, o Cube não consegue aliviar seu fluxo de caixa já tendo sido obrigado a tomar mais de R$ 60 milhões em empréstimos este ano dando como garantia os recebíveis até 2017. Em outras palavras, as finanças do Flamengo já estão comprometidas para 2015, 2016 e adentrou no ano 2017.
Este quadro permite presumir que a areia movediça financeira em que se encontra o Flamengo deixa claro que a direção executiva do Clube precisa fortalecer a bancada do CODE para aprovar projetos de repasses aos sócios de dívidas existentes como forma de aliviar o fluxo financeiro do Clube – Consórcio Plaza, do Banco Central, do IPTU do Morro da Viúva, entre outras, que chegam a cerca de R$ 150 milhões.
Não foram aleatórias as tentativas anteriores de impor aos sócios as recentes cobranças das taxas de contribuição sobre dependentes e os R$ milhões referentes a cotas extras de IPTU e CEDAE. Ambas, só foram reprovadas no plenários do CODE graças à presença de Conselheiros independentes.
A segunda questão trata da mudança do Estatudo cuja intenção da atual gestão é fazer os associados menos presentes nos processos de decisões no Clube dando mais autonomia à direção executiva do Clube. No inínio de 2013, a atual gestão tentou aprovar a mudança do Art. 50, do Regimento Interno do Clube, que dificultaria os associados a participar das decisões do Flamengo. Mais uma vez, foi reprovada no plenário do CODE graças à presença de Conselheiros independentes.
O Clube de Regatas do Flamengo pela dimensão que representa não pode ficar a mercê de conveniências passageiras e nem de casuísmos eleitorais, além do que é inadmissível permitir o uso do CODE como força coerciva para tomar dinheiro de sócios.
Emilio Habibe, sócio-proprietário e conselheiro nato.
A Chapa Branca não engana, aqui são apresentados os fatos e, contra fatos não existem argumentos.
VOTE CHAPA BRANCA