Agora em casa, Flamengo perde mais uma no NBB.

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O retorno do Flamengo à Arena da Barra depois do inédito título da Copa Intercontinental não foi como os rubro-negros esperavam. Mesmo antes de a bola subir, pequenos problemas já davam a impressão de que a noite não seria das mais felizes para os atuais bicampeões do NBB. Apesar do forte calor no Rio, o clube só autorizou que o ar-condicionado do ginásio fosse ligado após a chegada do diretor executivo do clube, Marcelo Vido. Depois o problema foi com o cronômetro de 24 segundos, que não estava adaptado à nova regra da Fiba de retornar aos 14 segundos após qualquer reposição ofensiva. Dentro de quadra, porém, o clássico valeu o ingresso. Embalado por oito vitórias consecutivas, o Bauru não tinha nada com isso e voltou a jogar bem. Com um volume ofensivo impressionante e um jogo coletivo difícil de ser neutralizado, o time paulista venceu por 84 a 77 (46 a 36), chegou à nona vitória seguida e segue na cola do líder Limeira. Enquanto isso, essa foi a terceira derrota (Macaé, Limeira e Bauru) dos cariocas nas últimas quatro partidas.
Com um duplo-duplo de 19 pontos e 10 rebotes, Alex foi o grande nome do time paulista. Jefferson, com 17 pontos e sete rebotes, Ricardo Fischer, com 14, e Rafael Hettesheimer, com outros 13, também ajudaram. Pelo lado do Flamengo, Marquinhos, com 18 pontos e oito rebotes, Meyinsse, com 14, Herrmann, com 11, e Marcelinho, com 10, foram os maiores pontuadores. As duas equipes voltam a jogar na quinta-feira. Fora de casa, o Bauru encara o Macaé, às 19h30, enquanto o Fla recebe o Paulistano, às 21h.
Não é à toa que Flamengo e Bauru possuem os dois melhores ataques do NBB 7 e são as duas equipes mais eficientes da competição. Num começo de jogo eletrizante, os dois times chutaram acima dos 50% de aproveitamento até a metade do primeiro quarto. Principalmente graças aos desempenhos de Alex e Marquinhos.
O camisa 10 de Bauru anotou os seis primeiros pontos dos visitantes e terminou o período com 10. Marquinhos foi um pouco menos eficiente e fez sete. Mas o reflexo no placar de 25 a 18 ao fim do primeiro quarto não foi só por isso. Enquanto o vice-líder da competição continuou com a pontaria certeira mesmo sem o ala em quadra e teve um aproveitamento de 58,1%, os donos da casa não mantiveram o percentual de acertos do início com os jogadores vindo do banco e terminaram o período com apenas 39,1% de acertos.
O calor era escaldante, mesmo após o ar-condicionado finalmente ter sido ligado. Por isso, as duas equipes começaram o segundo período praticamente só com reservas. Robert Day e Jefferson, pelo Bauru, e Marquinhos, pelo Flamengo, eram as exceções. Os visitantes começaram melhor e abriram 10 pontos de frente logo no primeiro ataque.
Olivinha, com 11 pontos no quarto, tentava manter o Flamengo no jogo, mas era muito pouco. Além do ala-pivô, apenas Marquinhos, com quatro pontos, Herrmann, com dois, e Benite, com um lance livre convertido em consequência de uma falta técnica sobre Murilo, pontuaram para o Rubro-Negro.
Em contrapartida, do lado paulista as bolas continuavam caindo normalmente e apenas Murilo e Robert Day não pontuaram dos jogadores que estiveram em quadra. A diferença chegou a ser de 12 pontos, mas uma bola de Marquinhos quase no estouro do cronômetro diminuiu o prejuízo, que foi para o intervalo perdendo por 10.
O terceiro quarto começou bom para o Bauru, que aumentou para 13 com uma bola de três de Jefferson. Liderados por Meyinsse e Laprovittola, o Flamengo reagiu, tirou seis pontos de prejuízo e a diferença caiu para sete. Quando a reação parecia questão de tempo, o clássico que até então estava calmo, pegou fogo. Em dois lances polêmicos, o banco rubro-negro reclamou de falta e foi penalizado com duas faltas técnicas. Quem levou a pior foi Hermann. Na disputa do rebote, o argentino levou uma cotovelada de Jefferson e saiu de quadra sangrando.
Parecia que a reação tinha sido em vão, mas Bauru não soube aproveitar as oportunidades de abrir novamente no marcador, e o Flamengo cresceu de vez. Empurrados por sua torcida, pequena, mas barulhenta como sempre, os atuais campeões foram para cima e, numa jogada individual de Laprovittola, a diferença caiu para apenas um ponto.
Quando parecia que a virada era questão de tempo, o campeão paulista e da Liga Sul-Americana acordou, fez 8 a 0, cinco de Gui Deodato, e ampliou a vantagem para nove, a pouco mais de um minuto para o final do período.  O Flamengo diminuiu com Meyinsse, mas o ala do Bauru estava endiabrado e anotou uma bola de três. Olivinha deu o troco na mesma moeda, e a vantagem ao fim do terceiro período era de sete pontos para os visitantes.
De volta à quadra com um esparadrapo protegendo um corte no lábio superior, Herrmann anotou os dois primeiros pontos do quarto período. Na sequência, Gegê acertou sua primeira bola de três no jogo e a diferença caiu para dois. Mas o Bauru não estava disposto a deixar o Flamengo quebrar sua sequência de vitórias. Com oito pontos seguidos, o Bauru voltou a colocar 10 pontos de frente.
A vitória parecia nas mãos do Bauru, mas uma bola de três de Marquinhos e uma roubada de bola de Marcelinho, que recebeu falta e converteu um dos dois lances livres, pôs o Flamengo de volta na partida. O time paulista desperdiçou três ataques seguidos, e a diferença caiu para quatro a pouco mais de três minutos para o fim.
O bicho pegou de vez a 3m16s para o fim. Hettesheimer anotou uma bola no estouro, mas a arbitragem anulou a cesta alegando que o tempo de posse de bola havia ultrapassado os 24 segundos. Guerrinha foi à loucura e recebeu falta técnica. Marcelinho desperdiçou o lance livre, mas no ataque seguinte se redimiu com uma bola de três e colocou fogo no jogo de vez.
Mas uma bola de três de Alex a menos de 50 segundos do fim jogou água no chope rubro-negro. Herrmann ainda teve uma bola de três faltando 19 segundos, para diminuir a diferença para um ponto, mas o arremesso do argentino deu aro e a esperança de frear a sequência vitoriosa do Bauru caiu por terra.

Fonte: GE
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