O Flamengo, pela primeira vez, após longos anos de irresponsabilidade financeira, apresentou uma diretoria preocupada em sanear as suas dívidas em vez de aumentá-las. Atitude completamente louvável e não nos restou dúvidas de que esse é o melhor e único caminho a ser seguido.
Porém, apesar de feliz com os passos tomados pelos “smurfs da gávea” e sua política de austeridade fiquei um pouco preocupado com alguns dados administrativos. Em dezembro de 2014, lembro de ter visto a oposição alardear que a situação estava trocando a dívida pública pela dívida privada.
Fato que foi prontamente refutado pela atual diretoria, contudo, mesmo os apoiando não observei nenhum argumento que fosse plausível a essa alegação. O argumento consistia apenas em negar o que estava sendo dito. Por isso, vejo que esse é um ponto que deve ser melhor esclarecido, pois esse é um tópico que tem sido, sistematicamente, a tônica dos ataques dos opositores.
A pergunta que a atual diretoria precisa responder é: como um clube pode diminuir a sua dívida tendo uma receita em 2014 menor do que a sua despesa?
Não estou com os dados precisos, mas pelo que tenho acompanhado, inclusive diariamente nesse site que escrevo, é que o Flamengo tem recorrido, por diversas vezes a empréstimos bancários para poder fechar as suas contas.
Devido a esses fatos, o Flamengo não estaria trocando uma dívida pública pela dívida privada? Esse foi um dos argumentos que prevaleceu na oposição e que de fato merece ser melhor explicado. Como o clube pode estar diminuindo as suas dívidas se ele está sempre terminando o ano com mais contas para pagar do que para receber?
Essa é uma pergunta que gostaria muito que o Presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, respondesse.
Esses questionamentos que tenho dificuldade para entender. Sempre vejo diversos economistas e investidores dizerem que o primeiro passo para diminuir uma dívida é ter uma receita maior do que uma despesa. E por que o Flamengo ainda não conseguiu isso?
Por isso, é fundamental que os diretores explicassem melhor essa questão para torcida. Isso fará com que a torcida acredite muito mais neles e com isso teremos, cada vez mais, um maior número de sócio-torcedores. Afinal de contas quem iria mandar dinheiro para quem não confia?
Outra dúvida que tenho para o presidente Bandeira de Mello e demais é que muitos desses empréstimos bancários tem sido fruto de um orçamento extremamente otimista. Em 2014, por exemplo, estava previsto que o Flamengo iria longe na libertadores e por isso o clube criou despesas com base em receitas incertas. O resultado? Empréstimos bancários para cobrir o prejuízo do Flamengo ter sido eliminado na primeira fase.
A última pergunta que gostaria de fazer é: não seria melhor calcularmos um orçamento mais pessimista e assim a receita que viesse se transformaria em algo extra? Essa não seria a melhor forma para o clube finalmente possa se tornar superavitário (ganhar mais do que gasta) nesse ano de 2015?
De qualquer modo, continuo apostando firmemente na atual diretoria. Os progressos são inúmeros, como por exemplo, a recuperação da credibilidade do clube de maior do Brasil.
O caminho para o sucesso e títulos, nos já encontramos, só precisamos estar mais por dentro e entender as atitudes da atual diretoria para que possamos ter um engajamento cada vez maior da Nação Rubro-Negra!
E que venha 2015, rumo à Libertadores 2016!
Saudações Rubro-negras!
Alcaires.
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