Fábio Koff, um dos dirigentes mais influentes do futebol brasileiro, abriu o jogo em entrevista ao Zero Hora. Presidente do Grêmio até o final do ano passado, ele mostrou muita preocupação com o futuro do esporte no país.
“Vejo um futuro nebuloso para o futebol brasileiro dado o volume de recursos que os grandes clubes estão envolvidos. Eles devem vultuosas somas. Vejo o Corinthians como o mais preocupante. Muita dívida e pouca receita”, analisa.
Koff revelou que a construção da Arena deixou o Grêmio em situação financeira desfavorável e que o clube paga para entrar em campo.
“O Grêmio hoje não tem receita. Paga para jogar. O Grêmio pagava R$ 44 milhões para a OAS pela manutenção da Arena. Na revisão do contrato baixei para R$ 12 milhões e precisamos chegar a R$ 5 milhões no máximo. É uma situação delicada”, explica.
A falta de recursos reflete na montagem do elenco para a temporada 2015. Chegaram apenas o lateral-direito Rafael Galhardo, o volante/lateral Marcelo Oliveira e o meia Douglas, reforços que não empolgam o torcedor. Em todas as contratações, o Grêmio, sob o novo comando de Romildo Bolzan Jr, não precisou abrir os cofres.
Questionado se todos os clubes irão à falência, o ex-mandatário não quis generalizar e crê que o Flamengo, dono da maior torcida do país, seja um dos grandes que podem se salvar.
“Dos grandes é o que tem melhor futuro por conta de uma nova gestão financeiramente cuidadosa que valoriza a marca Flamengo”, aposta o ex-presidente do Clube dos 13.
Fábio Koff, 83 anos, comandou o Grêmio em quatro gestões: 1982-83, 1993-94, 1995-96 e 2013-2014. Em seus três primeiros mandatos, o Tricolor foi Campeão do Mundo e da Libertadores em 1983; Campeão da Libertadores em 1995; Campeão Brasileiro em 1996; Campeão da Copa do Brasil em 1994 e Campeão da Recopa de 1996.
Fonte: Torcedores