Seguindo a procura de mercados alternativos de jogadores, o Espírito Santo também pode ser um celeiro de craques se bem explorado.
Falta investimento nos clubes capixabas, o que deixa na incumbência dos grandes da série A e B, a missão de separar o joio do trigo. O Beach Soccer capixaba sim é uma potência, não é a toa que saiu das areias capixabas o melhor jogador do mundo escolhido pela FIFA em 2007, o Buru.
Como qualquer estado do sudeste, todos os setores da economia espírito-santense são bem desenvolvidos, menos o futebol. Lembrar de um clube capixaba é uma árdua missão, o que teve mais exposição nacional foi a Desportiva Ferroviária Capixaba que possui 15 aparições na elite do futebol Brasileiro.
E foi nas categorias de base da Desportiva Capixaba que foi revelado Sávio Bortolini Pimentel, ídolo da nação rubro-negra nos anos 90, o camisa 10 da Gávea marcou época. Para o nível técnico do futebol Brasileiro dos últimos tempos, é o mesmo que achar um Neymar Canela-Verde. O anjo loiro da gávea tinha um estilo de muita velocidade, e dribles desconcertantes, teve que usar caneleiras reforçadas para diminuir o estrago das pancadas que levava dos adversários, não deu outra, conquistou a torcida, teve ótimas passagens na seleção brasileira, e foi vendido ao Real Madrid a peso de ouro. Sávio se consagrou, e hoje em dia, é um patrimônio vivo da história contemporânea do Flamengo.
O Flamengo pode muito bem organizar amistosos contra esses times capixabas, em 2014 foi construído o belíssimo Estádio Kléber Andrade. Uma ótima maneira de conquistar ainda mais possíveis sócios-torcedores, e claro, observar de muito perto os jogadores nativos, dá pra achar um volante melhor que o glorioso Val facilmente lá. O Flamengo tem a maior torcida no Espírito Santo, e esse intercâmbio deverá colocar mais um bom dinheiro no bolso do Clube.
Tem que trabalhar, e confiar no trabalho. As escolinhas do Flamengo no Espírito Santo são apenas uma forma de faturar o dinheiro dos pais corujas, que matriculam seu filho criado a leite-com-pera achando que qualquer chute da criança na bola dente de leite no quintal, é sinal que um novo Messi surgiu. Mesmo sendo uma boa forma de iniciação, e prática de esporte infanto-juvenil como hobby, a Escolinha-Fla nunca revelou ninguém.
Por onde andam os olheiros do Flamengo? No Oftalmologista? Ou de olho no Big Brother Brasil que acabara de começar? Está na hora de abrirem os olhos para acharem novos craques, e não novos empresários.
Saudações Rubro-Negras, Vinny Dunga.