Tão logo o nome de Darío Conca apareceu na lista de reforços do Flamengo, a diretoria rubro-negra foi em busca dos números necessários para realizar a transação. Aí esbarrou em um problema: a dificuldade de um valor exato. E a variação não foi pequena: o montante para tirar o meia argentino do Fluminense poderia girar de R$ 12 milhões a R$ 40 milhões.
O preço mais alto envolve um cálculo que teria como base o valor do salário do atleta multiplicado por diferentes fatores como o tempo restante de contrato. Sem qualquer tipo de certeza e também de condições financeiras para arcar com tamanho custo, o pagamento da multa integral foi descartada pelo Fla. Formulada uma proposta, ela foi entregue ao Fluminense, que prontamente recusou a oferta sem nem consultar a Unimed.
“Isso (pagar a multa) não chegou a ser cogitado. A gente fez o caminho convencional e legal. Procurou quem de direito, fez a proposta e acabou”, disse o vice de futebol do clube, Alexandre Wrobel.
Em coletiva de imprensa no Ninho do Urubu, o Flamengo se manifestou após as posições públicas de Fluminense e Unimed em relação ao assunto. Os dirigentes rubro-negros esfriaram o frenesi em torno do caso Conca, confirmaram a recusa tricolor, mas deixaram a ponta de esperança aberta, garantindo que o interesse persiste.
Internamente, o clube considera a negociação de um alto grau de dificuldade e de improvável desfecho positivo. O monitoramento do desenrolar dos fatos segue, no entanto, segue. Embora tenha consciência de que o Fluminense não daria aval à liberação de um dos ídolos da torcida para o maior rival, a troca de acusações entre Unimed e o clube tricolor é visto como um fator que poderá pesar na balança em um futuro próximo. Por isso, jogar a toalha de forma definitiva é considerado um passo em falso.
A cooperativa médica detém 80% dos direitos econômicos de Conca e paga a mesma fatia do alto salário do jogador. O restante é de responsabilidade do Fluminense. Os atrasos nos vencimentos do argentino já existem e, por isso, Celso Barros, presidente da ex-patrocinadora, pressiona por uma negociação. Por contrato, a cooperativa está livre de bancar os direitos de imagem dos jogadores com o fim da parceria. A saída para evitar um desgaste maior é encaminhar os atletas vinculados à antiga parceira a outros clubes. Do lado tricolor, Peter Siemsen resiste à qualquer possibilidade de liberar Conca.
Em outra ponta, o Corinthians é mais um ávido espectador do assunto e declarado interessado no meia. A família do jogador, no entanto, gostaria da permanência no Rio de Janeiro, uma vez que a esposa do meia inaugurou uma franquia de um famoso centro de estética francês na cidade. Além disso, o camisa 11 tricolor constrói uma casa imponente na Zona Oeste da cidade, arquitetada pela esposa, Paula. Apesar do contrato em vigência com o Fluminense, o futuro do camisa 11 é mesmo uma incógnita. A novela parece estar apenas no começo.
Fonte: ESPN