O primeiro mascote do Flamengo foi o marinheiro Popeye, personagem de quadrinhos na década de 40, e posteriormente de desenhos animados. A ideia para o mascote partiu do chargista argentino Lorenzo Mollas, que viu no Popeye a força e a persistência do Flamengo, além de sua óbvia ligação com o mar. No entanto, não havia ainda uma verdadeira identidade entre o mascote e o clube.
Na década de 60, as torcidas rivais, como forma de provocação, chamavam os torcedores do Flamengo de “urubus”. Era uma forma de ridicularizar uma torcida popular, formada em sua maioria por afrodescendentes e pessoas de baixa renda. Mas um grupo de torcedores rubro-negros decidiu subverter a provocação e levar um urubu para o Maracanã no dia de um Flamengo x Botafogo. A ave foi solta, voou sobre o campo com uma bandeira do Flamengo presa ao corpo e pousou no gramado antes do jogo começar. Foi o bastante para a torcida fazer a festa, vibrar e gritar: “é urubu, é urubu!”.
O Flamengo venceu o jogo por 2 x 1 e quebrou o tabu de nove jogos sem vitória sobre o rival. A partir daí, o novo mascote consagrou-se. Cartunista rubro-negro, Henfil tratou de humaniza-lo em suas charges esportivas em jornais e revistas, e desde então o urubu tornou-se um mascote popular.
Tudo partiu do fanático torcedor Luís Octávio, que decidiu pegar O Urubu no lixão do Caju e leva-lo para o Maraca. Ele comentou à TV FLA que de acordo que o urubu alçava voo, mais a torcida abraçava o mascote.
Parabéns a Nação mais popular do Brasil e do mundo, que deu um tapa de luva em todos os preconceituosos, ganhando além de uma vitória, um símbolo vivo!
Texto Redigido por Leandro Oliveira