O novo Flamengo: otimismo ou realidade?

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É notório que Vanderlei Luxemburgo mudou a cara do Flamengo em 2014. Um time desacreditado e sem auto-estima, foi substituído por um time que reconhecera suas dificuldades. Jogando como “time pequeno” desde a sua chegada, o Fla passou longe daquela qualidade apresentada por clubes que brigavam por um lugar no G-4. Luxa reconheceu não só as limitações do time, como também o que o antigo treinador não conseguiu: a força de vontade pode superar, em alguns momentos, a técnica.
Isso ficou provado através das estatísticas. De cinco jogos contra equipes que brigavam por vaga na Libertadores, jogando em casa, o Mais Querido venceu quatro. Sabe o atual Bi-campeão do Brasileiro? Tomou de três do elenco “fraco e limitado” citado frequentemente pela imprensa. O fato de Luxa ser rubro-negro pode ter o ajudado à enxergar o verdadeiro espírito do Fla, onde os jogadores, às vezes, só precisam se esforçar para que a torcida reconheça seu empenho.

Até aqui, o elenco que está sendo formado para 2015, parece não ser igual aquele que amargou a mediocridade na tabela em 2014. Mas a base é quase a mesma. As contratações foram poucas até aqui, mas pontuais.
No setor defensivo, Bressan se junta a Samir, Wallace, Frauches e Marcelo. As laterais, por exemplo, eram uma das mais criticadas e parece que o problema foi resolvido. Com a chegada de Pará e Thalyson, o setor foi reforçado. A ótima surpresa de 2014, Anderson Pico, pode ser importante na luta do Fla por algo a mais no Brasileiro. Falta só perder uns quilinhos. Por outro lado, não sabemos se Léo Moura vai renovar por mais seis meses, ou o Fla vai reforçar a lateral-direita com outro jogador, já que o lateral Léo foi emprestado ao Internacional. Já no ataque, tivemos até aqui, a melhor contratação dos times brasileiros até o momento: a promessa Marcelo Cirino.
O time do meio-campo pra frente é visto com bons olhos. Canteros e Cáceres formam a dupla de volantes; Éverton e Cirino prometem velocidade pelas pontas; Como centroavante temos Eduardo da Silva ou Alecsandro como opções. Falta mesmo um meia-armador.
Segundo o diretor executivo de futebol, Rodrigo Caetano, o Fla está em busca de mais dois reforços: um meia e um atacante. Não é de hoje que o rubro-negro vive uma carência de um meia de ligação. No elenco, temos apenas duas opções com essas características: Arthur Maia, que chegou como promessa ao clube e não sabemos se dará certo; e Lucas Mugni que todos nós sabemos, não teve uma boa temporada ano passado. Mas sinceramente, sou um dos poucos que mantém a paciência com o argentino, pelo simples fato de ser um jogador jovem com potencial, e que precisa de mais tempo de adaptação ao futebol brasileiro. Apesar disso, precisamos de um meia experiente. Conca ou Jádson seria uma boa. Mas como nem tudo são flores, a carência desse tipo de jogador no mercado e as negociações que mais parece novelas, fazem os torcedores ficarem com pé atrás e reiterar a possibilidade de passar mais um ano sem um ‘camisa 10’.

Não posso afirmar que o Flamengo ficará entre os cinco primeiros no Brasileiro como Luxa espera, mas sou, como todo rubro-negro, otimista ao extremo. Será mesmo otimismo? Ou realidade?

Saudações Rubro-Negras!
Escrito por Thiago Araujo
@WholsThiago 
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