O Pequeno Príncipe.

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O Pequeno Príncipe, obra de 1943, de autoria de Antoine-Jean-Baptiste-Marie-Roger de Saint Exupéry, não é um livro para misses ou para gays, como se habituou a dizer. É uma reflexão sobre a infância, os defeitos dos adultos, as inconsistências da vida e do mundo. Seus personagens e suas frases podem exemplificar o comportamento ilógico dos seres humanos diante do raciocínio das crianças, prenhe de simplicidade e de lógica. Ao se tratar de uma grande metáfora, permite ao observador mais atento estender as analogias para qualquer contexto.
Exatamente a isso vou dedicar essa coluna, embora estejamos a 72 anos da primeira edição do livro. Não vou abranger todos os personagens, por absoluta falta de espaço e para estímulo dos leitores. Cada um poderá fazer suas divagações e exercitar a criatividade com projeções envolvendo outros personagens aqui desconsiderados.
Na obra de Saint Exupéry, um avião cai em meio ao deserto, algo semelhante à situação desértico de notícias do mercado da bola no início da temporada. Por falta de opção, o Aviador viaja ao seu subconsciente e faz digressões com o personagem principal, ou melhor, com o Pequeno Príncipe, com os mesmos dois Ps. Para evitar a repetição, vou passar a chamá-lo de PP. No mundo do futebol, o PP será o Conca. O Aviador será a Unimed, precisando sobreviver. A torcida tricolor será a Flor, regada dia após dia pelo PP. O Flamengo será a Raposa, cativando o PP. Peter Siemsen incorpora a Serpente.
Na ficção, necessitando sobreviver após o acidente, o Aviador Unimed encontra o PP e passa avaliar de uma outra forma a vida. De início tenta convencê-lo de suas ideias e depois sucumbe à singeleza do pensamento do baixinho. O PP explica suas razões de ter regado a Flor com carinho por muito tempo, mas diz que precisa se desapegar. O Aviador Unimed entende a argumentação e promete ajudar o PP no encaminhamento da saída do clube. A Raposa rubro-negra se aproxima do PP e começa uma relação interessante.
“A gente só conhece bem as coisas que cativou – disse a raposa.
– Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma.
Compram tudo já pronto nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos,
os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!”
A serpente Peter rastejou até o PP e disse que não o liberaria, salvo se para uma viagem longa e definitiva, após o beijo traiçoeiro de sua peçonha. O PP não se intimidou e disse que seguiria para o seu destino, custasse o que custasse, mesmo não sendo o CQC, com ou sem Marcelo Tas.
E o PP partiu, deixando a Flor sem água, o Aviador sem planos e a Serpente sem PP na cabeceira da cama.
PP e a Raposa foram parceiros para sempre, como é costume em todas as histórias com final feliz.
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TWITTER: @alexandrecpf

Fonte: Magia Rubro-Negra
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