Os 25 jogadores que mudaram a história do futebol.

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O ano mal começou e sei que estamos nos metendo em uma enrascada. Falar sobre os maiores de todos os tempos sempre suscita debates intermináveis e, no fim das contas, é realmente muito difícil de se encontrar um critério para definir essas listas.
Como não incluir um grande ídolo? Como comparar atletas de épocas tão diferentes?
A tarefa não é simples e, invariavelmente, ignoramos monstros do esporte nessas listas. Meu objetivo aqui é, portanto, escolher 25 jogadores monumentais e elaborar argumentações que, pelo menos, justifiquem as escolhas.
Entre nesse debate, deixe sua opinião e convença-nos de que esquecemos outros nomes. Bom divertimento!
25. Marco van Basten
​Um dos maiores jogadores de seu tempo, sem dúvida alguma. O holandês Marco van Basten foi um gênio com a camisa do Ajax, marcando quase 1 gol por jogo. No Milan, foi além: bicampeão da UEFA Champions League e protagonista de um dos maiores planteis da história do clube rossonero.
Pela seleção holandesa, marcou um dos gols mais importantes da história: o segundo do título da Euro-88, na maravilhosa geração de Koeman, Rijkaard e Gullit. Um golaço, num voleio improvável para vencer o brilhante Dayasev.
Um grave problema no menisco fez com que o reinado de van Basten fosse encurtado. O atacante encerrava sua carreira aos 28 anos, deixando a Holanda órfã de seu enorme talento. Hoje, é técnico do AZ Alkmaar, tendo tido passagens pela seleção e também pelo Ajax.
24. Andrea Pirlo
​”Quando vi Pirlo jogar, perguntei-me se era jogador de futebol”. A frase é de Gattuso, companheiro histórico do meia italiano nos tempos de Milan e Azzurra. De fato, Pirlo é um artigo de luxo no futebol italiano. Seu estilo de jogo virou referência em seu país, onde é o “regista” – algo como o “produtor” de material cultural.
Andrea Pirlo iniciou sua carreira como atacante. A falta de velocidade e a enorme visão de jogo, trouxeram-no para trás. Foi efetivamente recuado para a posição de volante sob o comando de Carlo Ancelotti, onde deslanchou.
Foi multicampeão pelo Milan, campeão do Mundo com a seleção, em 2006, e parece melhor a cada dia na Juventus. É o mais completo jogador de uma geração que teve craques como Buffon, Totti, Del Piero e Cannavaro.
23. Lev Yashin
​O “Aranha-Negra”, apelido que Lev Yashin recebeu ao longo de sua carreira, é quase unanimidade na posição mais ingrata do esporte. Não por acaso, virou nome para o prêmio de melhor arqueiro da temporada.
Muito do que se sabe sobre ele, veio através de testemunhas oculares. Informações sobre o russo, estão numa linha tênue entre o feito impossível e o mito, como os quase 150 pênaltis que teria defendido ao longo de sua carreira – embora o número seja improvável, a fama de pegador de penalidades é uma das razões pelas quais ele sempre será lembrado como o um dos gigantes da posição.
Jogou apenas pelo Dínamo de Moscou (mais de 800 jogos) e pela seleção soviética e é, até hoje, o único goleiro a ganhar uma Bola de Ouro – em 1963.
22. Xavi Hernández
​O maior símbolo da geração tiki-taka que fez a seleção espanhola ser respeitada em todo o mundo é o brilhante barcelonista. Xavi sintetiza as ideias de Cruyff, melhoradas por Guardiola e Aragonés como nenhum outro jogador de sua geração.
Xavi foi titular absoluto do Barça, único clube da carreira, entre 2000 e 2013. Hoje, integra o elenco, mas ainda é importante para o grupo. Foi tricampeão da UEFA Champions League, bicampeão da Euro com a seleção e campeão do Mundo. Um currículo monstruoso para um volante que revolucionou sua posição, provando que porte físico é menos importante do que se imagina no esporte.
21. Andrés Iniesta
​O fiel escudeiro de Xavi no Barcelona e na seleção é o autor do gol mais importante da história da Fúria (ou La Roja). Andrés Iniesta tem um estilo menos clássico que Xavi, mas uma visão de jogo e inteligência fora do comum.
Em sua ficha nas canteras barcelonistas, constava uma observação: enxerga o jogo antes dos outros. Tinha apenas 11 anos, na época. De fato, Andrés é um talento raro na história. Uma mescla de volante passador, como Pirlo, e um meia genial, como Zidane. Multifuncional na sua equipe e visto por Guardiola como o maior talento já surgido na base do clube catalão – Messi, é claro, não conta.
20. Paolo Maldini
​Ser o melhor zagueiro de um clube que teve Franco Baresi, não é pouca coisa. A verdade é Maldini foi muito mais que um zagueiro. O eterno camisa 3 rossonero jogou em todas as funções da defesa, sempre com a categoria que lhe era peculiar.
O filho de Cesare – outro histórico jogador do Milan – superou o pai em tudo. Em 25 anos de carreira, a única camisa que vestiu além do time milanista, foi a da seleção italiana (em 126 jogos). Mais de 900 partidas pelo Milan fazem dele o maior símbolo da história do clube. Com impressionantes 26 títulos, sendo 5 UEFA Champions League e uma dezena de troféus individuais, Maldini está entre os maiores defensores do esporte.
19. Ronaldinho Gaúcho
​Houve um breve e mágico momento na carreira de Ronaldinho que jornais do Mundo o comparavam a Pele e Maradona. Não era por acaso. O duas vezes melhor do mundo (2004/05) foi o protagonista máximo de um Barcelona que encantava o mundo, com jogadas que eram aplaudidas de pé pelos rivais.
De chapéu a rolinho, de dribles curtos a elásticos impossíveis, de faltas magistrais a chutaços improváveis, não havia nada que Ronaldinho não fosse capaz de fazer. O gol “sambinha” que marcou contra o Chelsea, na UEFA Champions League, é digno de estudo.
Dinho foi genial também com a camisa do PSG e foi peça importante na conquista da Copa do Mundo de 2002. Os excessos fora de campo e o aparente desinteresse pela carreira, abreviaram um dos auges mais celebrados e aplaudidos em todos os tempos.
18. Didi
​O melhor jogador da Copa do Mundo de 1958 – a primeira vencida pelo Brasil – foi muito mais do que simplesmente o inventor da Folha Seca. Didi foi um maestro numa época em que as formações tinham 4 ou mesmo 5 atacantes. Foi um goleador de mão cheia por Botafogo e Fluminense, recebendo o apelido de “Mr. Football” pela imprensa europeia, maravilhada com o desempenho do craque no Mundial.
Foi campeão da UEFA Champions League pelo Real Madrid, numa época em que brasileiros mal jogavam na Europa. Voltaria a conquistar a Copa do Mundo em 62, sem o mesmo brilho, mas com a categoria de sempre. Virou um técnico de mão cheia e fez história, especialmente no futebol peruano.
17. Lotthar Matthaus
​Matthaus define a si mesmo como um “profissional sem igual na história do futebol”. Para ele, essa era a principal razão pela qual podia atuar por tanto tempo sem diminuir seu rendimento. O recorde de 25 partidas em Copas do Mundo dificilmente será superado.
Mas Matthaus foi muito mais do que um grande profissional. Versátil como a nova geração de meio-campistas alemães, jogou como armador clássico, volante, zagueiro e líbero, sendo sempre um extraordinário líder dos germânicos. Defendeu a seleção por 20 anos e foi eleito o melhor do mundo pela FIFA, em 1991. Venceu a Euro em 80 e a Copa do Mundo em 90. Por clubes, teve uma carreira menos vencedora, mas não menos brilhante.
16. Bobby Charlton
​Um dos maiores expoentes da geração de Busby Babes – nome dado aos jovens do Manchester United, então dirigidos pelo escocês Matt Busby -, Charlton driblou a morte, sobrevivendo ao trágico acidente de avião em 1958, que vitimou vários atletas dos Red Devils.
A partir dali, Bobby iniciava a caminhada para se tornar o maior artilheiro e, para muitos, jogador, da história do clube. Formou ao lado de Denis Law e George Best a “santíssima trindade”, considerado por boa parte dos fãs como o maior ataque da história do clube, que liderou o United à conquista de sua primeira Champions League, em 68.
Com o English Team, Charlton foi o maestro da seleção campeã do mundo em 1966. As atuações magistrais do craque renderam a ele a rara honraria de ser nomeado “Sir” pela Rainha.
15. Zico
​A história do Galinho de Quintino se confunde com a do Flamengo. Maior jogador, ídolo e artilheiro da história rubro-negra, Zico foi também o melhor jogador brasileiro de sua geração – estigmatizada pela tragédia do Sarriá, na Copa do Mundo de 1982. Ainda assim, estabeleceu-se como o meio-campista que mais gols marcou pela seleção em todos os tempos.
Para entender a grandeza de Zico, é necessário se desarmar do escudo de que a Copa Mundo é um argumento definitivo para lembrarmos dos gigantes do esporte. O camisa 10 foi o maior campeão em âmbito nacional de sua época, deu ao seu time do coração suas maiores conquistas e liderou uma equipe que era admirava até pelos maiores rivais. Como se não bastasse, foi um ídolo que ultrapassou barreiras: mesmo os não-flamenguistas idolatraram o Galinho.
No fim de sua carreira, foi para o Japão, onde ajudou no desenvolvimento do esporte por lá. Virou estátua.
14. Eusébio
  
​Em janeiro de 2014, o Mundo perdeu o Pantera Negra. Eusébio, moçambicano erradicado em Portugal, é, de longe, o maior jogador da história do Benfica. Goleador completo, teria marcado mais de 1000 gols em sua carreira – fato que não possui registro oficial; para o clube lisboeta, Eusébio marcou quase 650 gols.
Foi a grande surpresa e artilheiro da Copa do Mundo de 1966, levando Portugal a uma honrosa 3ª colocação em sua primeira participação no evento. Eusébio conquistaria a UEFA Champions League na temporada 61-62, tendo sido eleito o melhor jogador do mundo em 1965.
Para os mais velhos, ainda é o maior jogador português em todos os tempos. Pouco importa: para nós, Eusébio sempre terá um lugar especial entre os gigantes da história.
13. Michel Platini
Quem olhara para o presidente rechonchudo da UEFA, custa a acreditar que ele era um monstro jogando bola. Armador clássico, rivalizou com Zico e Maradona pelo posto de melhor camisa 10 do futebol italiano nos anos 80. Opiniões à parte, não restam dúvidas de que, entre os clubes, Platini foi o mais vencedor, conquistando a UEFA Champions League e o Mundial Interclubes.
Pela seleção, foi campeão e artilheiro máximo da Euro em 84. Ainda ganhou por três anos consecutivos o prêmio de melhor jogador do Europa. De dribles curtos e faltas magistrais, foi o grande líder de uma sensacional geração da França, que tinha Tigana, Bats, Papin, Giresse e Fernandez.
Ao se retirar dos campos, engajou-se com a política, sendo o presidente do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 1998 e, posteriormente, assumindo a UEFA.
12. Cristiano Ronaldo
​É difícil prever até onde pode ir Ronaldo. O atual três vezes melhor do Mundo é um profissional raro, que parece melhor e mais ambicioso a cada dia. Jogando pela seleção portuguesa, dificilmente terá o sucesso que eterniza jogadores muito piores do que ele – embora já seja o maior goleador do país.
Sua carreira por clubes, entretanto, o coloca entre os maiores de seu tempo e, certamente, da história. Cracaço nos tempos de Manchester United, onde conquistou tudo, melhora exponencialmente sua performance desde a chegada à Madrid. Já figura entre os maiores goleadores da história do clube merengue e a sua fome por ser o melhor deu ao mundo um craque capaz de rivalizar com Messi pelo posto de maior de sua geração.
A marra e a vaidade que aparenta ter, é facilmente superada pelo profissionalismo e simplicidade com que vive em sua carreira. Até onde pode ir? Descobriremos dentro de alguns anos.
11. Zinedine Zidane
​O fã número 1 de Enzo Francescoli foi, disparado, o melhor armador do seu tempo. Craque pelo Marseille e Juventus, virou um gigante do esporte ao liderar a França rumo a seu único título Mundial, em 98. Na final, só não fez chover e detonou o Brasil, tido como favorito por boa parte da imprensa.
Zizou foi ainda a estrela da Euro-00, vencida pela França numa final emocionante sobre a Itália. Com o Mundo reconhecendo o craque como um monstro, não demorou até que o extravagante Florentino Pérez o contratasse por valor recorde na época. Logo em sua primeira temporada, marcou aquele que é considerado por muitos como sendo o gol mais bonito da história das finais da UEFA Champions League.
Zidane foi eleito melhor do mundo em três oportunidades e, mesmo longe de sua melhor forma, transformou uma combalida e desacredita França em finalista da Copa do Mundo de 2006, destruindo Brasil, Espanha e Portugal nos jogos eliminatórios. Um gênio.
10. Ronaldo
​A história de Ronaldo foi recheada de reviravoltas. Do Ronaldinho nos tempos de Cruzeiro, foi campeão do Mundo como reserva, em 1994, e rumou para a Europa, onde seria eleito duas vezes o melhor do mundo antes mesmo de completar 20 anos de idade.
A convulsão na final da Copa de 1998 colocou dúvidas sobre o real potencial de Ronaldo. As gravíssimas contusões nos joelhos, colocaram pontos de interrogação sobre a carreira. O então Ronaldinho virou Ronaldo, cedendo o carismático apelido a uma emergente estrela. Como Ronaldo, superou os dramas físicos e foi um dos grandes protagonistas da Copa do Mundo de 2002.
Jogando pelo Real Madrid, colecionou títulos e gols. Quebrou o recorde de gols em Copas do Mundo de Gerd Müller, encerrando de forma melancólica sua maravilhosa história na seleção. Nos últimos anos, enfrentou problemas com peso e encerrou sua carreira no Corinthians, sendo um verdadeiro marco na história do clube. Tinha apenas 34 anos.
9. Romário
​Muitos são os brasileiros que se perguntam se Romário foi melhor que Ronaldo. Para mim, não há dúvidas: o Baixinho foi o maior atacante de seu tempo. E essa opinião é corroborada por ninguém menos que Johann Cruyff, genial jogador e técnico, que via em Romário potencial para ser um dos 3 melhores de todos os tempos, se tivesse tido uma conduta mais profissional.
Fato é que o comportamento desleixado do Baixinho causa fascínio em fãs de futebol. Como pode o cara ser tão despreocupado e, ainda assim, jogar tanto? Romário foi muito mais do que o homem de uma Copa do Mundo. Goleador histórico em Vasco, Flamengo, PSV e Barcelona, garante ter superado a barreira de mil gols.
Quanto mais Romário poderia ter feito se fosse um grande profissional? Ninguém jamais saberá. Mas Romário jamais seria Romário se o tivesse feito…
8. Ferenc Puskas
Maior jogador da histórica Hungria dos anos 50, campeã olímpica e detentora de um recorde mais de 50 partidas invicta, o meia-esquerda Ferenc Puskas possui recordes impressionantes, sendo o maior artilheiro da história do Honved e tendo uma das maiores médias de gol da história do Real Madrid.
Pelos Merengues, viveu a mais vencedora fase de sua brilhante carreira, formando um ataque inesquecível junto de Di Stéfano, Gento e Kopa. Foi multicampeão pelo clube, que seria eleito maior do século pela FIFA. É outro gênio que nunca teve o sabor de comemorar um título Mundial, embora sua Hungria detenha vários recordes pela participação na Copa de 1954.
A reverência ao genial goleador foi tanta, que a FIFA decidiu homenagear o atleta com a criação do prêmio ao gol mais bonito da temporada.
7. Alfredo di Stéfano
​Companheiro histórico de Puskas no ataque madridista, Alfredo di Stéfano é o maior jogador da história do Real Madrid. Principal líder e goleador do time pentacampeão europeu, Don di Stéfano foi considerado por parte da mídia como sendo o maior de sua época – fato sempre ignorado pela imprensa brasileira, que nunca tolerou comparações com Pelé.
Contra o craque argentino, pesa o fato de nunca ter conquistado uma Copa. Mas Di Stéfano barbarizou com as camisas do River Plate, Milionários-COL e, claro, do Real Madrid. Superou a barreira de 700 gols na carreira, sendo por muitos anos o maior goleador da história do Real. Estabeleceu um recorde de hat-tricks (quando o jogador marca 3 gols numa partida) no Campeonato Espanhol, sendo superado por Cristiano Ronaldo, mais de 50 anos depois.
Jogou pelas seleções argentina, colombiana e espanhola, mas assim como outros gênios, não tem sua história intimamente ligada às Copas do Mundo. Tornou-se presidente de honra do Real Madrid até o fim de sua vida, no meio do ano passado.
6. Garrincha
​O “Anjo das pernas tortas” foi, para muitos companheiros, maior do que Pelé. Os números jogam contra Garrincha? Não importa. Nunca houve – nem haverá – um jogador com a capacidade de mover multidões como foi o eterno camisa 7 do Botafogo.
Garrincha foi mais do que um artista dentro de campo. Também era um craque com enorme poder de decisão. Na ausência de um contundido Pelé, liderou o Brasil rumo ao bi em 1962. Pelo Fogão, fez parte de um time espetacular, que tinha Quarentinha, Didi, Zagallo, Amarildo…
Dependente químico da bebida, Mané nunca mais conseguiu ser o gênio dos tempos de Botafogo. Rodou por Corinthians e Flamengo, alegrou as multidões, como sempre, mas foi vencido pelo tempo. Muitos o acusaram de vagabundo, sem nunca compreender o real problema do ídolo.
Mané deixou o Mundo mais triste antes mesmo de completar 50 anos. Foi inspiração para poetas, grandes cronistas e, claro, para uma geração inteira de fãs de futebol.
5. Franz Beckenbauer
​Franz Beckenbauer já era um dos principais jogadores da seleção alemã em 66, vice-campeã do Mundo. O então meio-campista virou “Kaiser”, por conta de sua impressionante liderança frente ao elenco. Outro capítulo marcante de sua trajetória pela seleção germânica foi na semifinal de 70: mesmo com o ombro deslocado, ele seguiu em campo com uma tipoia, enchendo os alemães de orgulho e esperança de que algo maior estava por vir.
E veio. Antes de conquistar a Copa do Mundo em 1974, Beckenbauer foi um monstro no Bayern de Munique. As grandes conquistas amadureceram no time que tinha, além dele, craques como Breitner, Maier e Müller. Juntos, formaram a espinha dorsal que derrotou a famosa Laranja Mecânica. Também levaram o tricampeonato da UEFA Champions League na mesma época.
Sem a vitalidade dos 14 anos dourados de Bayern, foi deslocado para a defesa no Cosmos e no Hamburgo. Viraria técnico, entrando para a seleta galeria de personagens a conquistar a Copa como jogador e treinador.
4. Johann Cruyff
​O holandês Johann Cruyff é um raro caso de jogador que não precisou vencer uma Copa do Mundo para ser lembrado como um monstro sem sofrer qualquer questionamento. Talvez porque sua contribuição ao esporte tenha se estendido para além dos tempos em que foi o melhor jogador do planeta, no início do anos 70.
O camisa 14 foi o maior símbolo do genial Carrossel Holandês montado por Rinus Michels, jogando o “futebol total”, onde nenhum atleta de linha guardava posição. Cruyff foi capitão daquela geração, que era inspirada no seu Ajax, tricampeão europeu nos anos anteriores à Copa.
Aposentado, foi o idealizador do Barcelona genial do início dos anos 90, desenvolvendo a escola que seria aprimorada por Pep Guardiola – que foi seu jogador no time campeão da UEFA Champions League em 93.
Cruyff foi um rebelde, jogador de personalidade forte e não muito querido por cartolas. Brigou pelos seus direitos como atleta – inspirando outros jogadores a seguir seus passos – e virou uma referência no esporte.
3. Lionel Messi
​É sempre complicado colocar entre os maiores da história um atleta que ainda está atividade. Só que o que faz Messi é digno de reverência e reconhecimento. O argentino baixinho, canhoto e tímido é, com sobras, o maior atleta de sua geração – os fãs de Cristiano que me desculpem…
Aos 27 anos, quebrou basicamente todos os recordes que existiam por clubes. Tornou-se maior artilheiro da história do Barcelona, do campeonato espanhol, de competições europeias… Ganhou 3 vezes a UEFA Champions League, além de duas vezes ser campeão Mundial de Clubes, sempre como protagonista. É o maior craque do maior time da história barcelonista.
É reconhecido por seus contemporâneos como o melhor em atividade e, não raro, é citado como o maior da história. Contra Messi, o fato de nunca ter vencido uma Copa do Mundo. Mas é importante lembrar: ele tem apenas 27 anos. Já foi eleito 4 vezes o melhor do planeta e não parece nem perto de encerrar sua história. Você duvida que ele possa subir nessa lista?
2. Diego Maradona
​Se olharmos apenas números, Maradona já teria sido superado por Messi há muito tempo. O eterno camisa 10, entretanto, não é chamado de D10S por acaso. A relação do povo argentino com Maradona realmente ultrapassa os limites, há ponto de existir “igrejas maradonianas”.
Diego é reconhecido pela história como o atleta a ter o maior desempenho individual das Copas em todos os tempos (em 1986). Marcou o gol mais bonito dos mundiais, também. Levou uma enfraquecida Argentina a mais uma final, quatro anos depois, perdida com um pênalti muito contestado.
Em clubes, viveu sua melhor fase no Napoli. Nas palavras dos torcedores napolitanos “Messi é a cereja do bolo; Diego, é o bolo inteiro”. Uma declaração que dá uma real dimensão do tamanho do craque. Careca, companheiro do argentino no clube italiano, garante que jamais haverá um cara que como Dieguito. Nem mesmo Pelé foi tão bom quanto, segundo o goleador brasileiro.
Diego encerrou sua carreira de forma melancólica. Pego no antidoping por uso de cocaína, despediu-se do futebol em meio a Copa de 1994. A luta contra a balança foi uma constante na carreira do gênio. E justamente esses problemas que fazem o mundo admira-lo tanto: Maradona é humano. E é impressionante que um ser humano faça o que esse cara foi capaz de fazer.
1. Pelé
Pelé pode não ter sido o atleta mais querido do mundo e é fato que seu comportamento e declarações pós-carreira ​alimentam certa antipatia pelo Rei. Mas Pelé não é Rei por acaso. Foi o maior jogador do Santos dos anos 60, tido por muitos como o maior time de todos os tempos. Foi tricampeão mundial pela seleção brasileira, único na história a conquistar tal feito. É o maior goleador da história do futebol mundial, do Santos e da seleção.
E como se tudo isso não bastasse, Pelé ainda foi o símbolo de uma revolução profunda que viveu o esporte, com a explosão da disputa entre as fornecedoras de material esportivo. Está para o futebol como Jordan está para o basquete. Não há muito debate, sobre o primeiro posto, mesmo que você busque argumentos racionais ou questione certos mitos sobre o Rei.
A mística da camisa 10 nasceu com ele; a obrigação de disputar partidas com mínimo de 48/72 horas de diferença também. Seu milésimo gol foi alvo de intensa disputa política, mas os deuses do futebol deixaram para o Maracanã ser o palco do feito. Pelé dificilmente será superado no esporte por tudo que representou a ele.

Fonte: 90min
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