Paulo Victor revela o porque de continuar com o número 48.

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Um dos destaques do Flamengo na segunda metade de 2014, Paulo Victor tem motivos de sobra para crer que 2015 será ainda melhor. O goleiro começou a temporada fazendo grandes defesas e, em pouco tempo, caiu nas graças da torcida rubro-negra. A construção de sua identidade no clube contou com a ajuda de Vanderlei Luxemburgo, que o fez desencanar de vestir a camisa 1 e seguir com a 48. Paulo recebeu pedidos em casa para não mudar a numeração, mas quem balançou mesmo seu coração foi uma criança durante o período em que o time esteve em Atibaia-SP.  
– São várias coisas. Primeiro, minha família queria já que seguisse com o 48. O 1 foi acontecendo, as perguntas foram vindo. O 1 é o 1. Mas é aquele negócio, todos os goleiros titulares usam o 1. Fico muito feliz e tive essa experiência em Atibaia, uma criança chegou para mim e disse: “Paulo, muda a camisa não. Meu pai já me deu de Natal a 48”. Acho legal isso. Vejo no Rio muita camisa rubro-negra ou de goleiro só com a numeração 48, e cria essa identidade. O Vanderlei foi muito importante por pensar nisso, que é a marca do Paulo Victor. Independentemente de você ser 1, 2, 20 ou 50, a cobrança vai ser a mesma. Isso não interfere em nada, é apenas um número, mas claro que é legal ter uma identidade com a numeração. Às vezes você vê uma camisa que nem vai estar com meu nome, mas vai estar com minha numeração. O pai vai, compra a camisa, coloca o 48. Sei que é um carinho que o torcedor tem comigo – revelou. 
Paulo Victor usou o número 27 durante alguns anos, até a chegada de André Santos ao Flamengo. O lateral-esquerdo adotou a numeração em suas empresas e pediu para usá-la também no Rubro-Negro. O goleiro pediu que ele ajudasse uma instituição de caridade, e fizeram a troca. A escolha do 48 foi uma homenagem à mãe, que estava completando 48 anos à época: 
– Hoje ela já está fazendo 50 (risos), mas vai ser a eterna 48 anos. Foi uma homenagem à minha mãe, pelo aniversário dela, e é um número que marcou bastante, pois marcou o momento da minha titularidade. Vivi um momento muito feliz no Flamengo, que foi quando entrei no gol, o time estava na última colocação e saiu daquela confusão toda. Tem todos os lados, e com certeza o Vanderlei foi importantíssimo nisso. Com a experiência dele, sabe pensar muito lá na frente. Pode ter certeza de que estou feliz com a numeração. 
Se continuou com o número 48, Paulo Victor também manteve o alto nível de performance nos primeiros testes do ano. Ele jogou o primeiro tempo do jogo-treino contra o RB Brasil-SP, não levou gol e fez uma defesa difícil. No amistoso contra o Shakhtar Donetsk, saiu no começo do segundo tempo, novamente sem ser vazado, e fez defesas dignas de milagres (veja vídeo acima). 
– Fico feliz, né? Acho que o lado mais importante para o goleiro é não levar gol, então, fico feliz. Sei que o trabalho vem sendo feito da melhor maneira possível. A cobrança do treinador Vanderlei e do Wagner, que é o preparador de goleiros, é em cima de melhor cada vez mais. A gente fica feliz vendo isso dentro de campo com o resultado positivo. Agora é estar evoluindo cada vez mais, porque sei o goleiro tem que estar evoluindo. A gente sabe da necessidade, o futebol pede isso. Quero estar trabalhando e crescendo cada vez mais na minha profissão – contou. 
O fato de ter tido grande atuação contra uma equipe do nível do Shakhtar não ilude Paulo Victor. O goleiro mantém os pés no chão e acredita que esteja fazendo apenas sua obrigação: 
– Os jogadores do Shakhtar são de seleção, estão num nível acima. A gente sabe da qualidade de cada um deles, de trás, do pessoal do meio para frente. As defesas foram difíceis, claro, mas estou aqui para isso também. Tenho que estar cada vez mais segurando o gol do Flamengo e defendendo para que a gente possa sair com os resultados positivos – afirmou. 
Numa época em que o treinador Vanderlei Luxemburgo é a maior referência de ídolo no Flamengo, surge um nome dentro das quatro linhas com grande possibilidade de arrebatar os corações rubro-negros. Se PV mantiver o que vem fazendo, será apenas questão de tempo. 
– Fico muito feliz. Ser ídolo do clube, não tenho palavras para expressar a minha felicidade. Sei que o caminho é longo, estou trabalhando para isso, e sei que falta muita coisa pela frente ainda. Estarei buscando isso no dia a dia, trabalhando, para convencer cada vez mais os torcedores do Flamengo de que o Paulo Victor vai ficar no gol por muito tempo. E para aqueles que não gostam do Paulo Victor por algum detalhe, estarei procurando evoluir cada vez mais para poder agradar, se não for 100%, 99% da torcida do Flamengo.
O Flamengo viaja na noite desta segunda-feira para Manaus. Nos dias 21 e 25, respectivamente, a equipe disputa amistosos contra Vasco e São Paulo, na Arena Amazônia. A estreia no Campeonato Carioca será no dia 31 de janeiro, contra o Macaé, na casa do adversário.

Fonte: GE
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