Na última semana, o Flamengo divulgou a sua numeração para a temporada 2015. Até aí, nada de novo, não fosse pela ausência de um nome para envergar a mais pesada das camisas rubro-negras: a 10. O clube não esconde a vontade de trazer um jogador com habilidade reconhecida na função, mas tudo dentro da política de “pés no chão” que vai deixando o time da Gávea gradualmente mais forte na parte administrativa.
Dentre os candidatos a usar ‘a do Zico’, já foram citados Conca, Jadson, Robinho e Montillo. O primeiro não está satisfeito no Fluminense, que recusou a proposta do rival carioca, e o seu destino parece ser um retorno ao futebol chinês. Jadson foi monitorado pela diretoria flamenguista, mas na última segunda-feira afirmou que pretende continuar no Corinthians até o final do ano.
Robinho e Montillo são dois sonhos antigos do Flamengo. O brasileiro está emprestado pelo Milan ao Santos, e afirmou o seu desejo de permanecer na Vila Belmiro apesar da grave crise financeira vivida pelo Peixe. Já o argentino quer exatamente o contrário: deixar o seu atual clube, o Shandong Luneng. Na China, Montillo revelou a dificuldade de adaptação de sua família. No entanto, os chineses não parecem muito dispostos a liberar facilmente o hermano.
O Flamengo briga em diversas frentes por uma contratação que possa, além de animar a torcida, melhorar a criação de jogadas. Hoje, Montillo parece ser o favorito. Nesta semana mesmo o jogador vai treinar nas instalações rubro-negras com o seu clube. Habilidade, sabemos que ele tem. Entretanto, a última lembrança em gramados brasileiros não foi das mais animadoras.
O peso de vestir uma camisa 10 não é desafio nenhum para o meia nascido em Lanús e revelado pelo San Lorenzo. Com a seleção argentina, usou o número eternizado por Maradona; em sua apagada passagem pelo Santos, vestiu a 10 de Pelé e já havia mostrado desenvoltura com o número imortalizado por Dirceu Lopes no Cruzeiro. O peso de Zico em suas costas não seria coisa nova.
Cícero: uma boa alternativa?
Dentre os candidatos citados acima, não incluí Cícero. Simples. O meio-campista do Fluminense joga muito mais como um camisa 8… ou até mesmo como 5, número que usa no Tricolor. Ou seja: seu DNA é de volante. Nos últimos dias, foi noticiado o interesse do Flamengo em contar com os seus serviços. Apenas mais um atleta do Flu no radar de outros clubes. Vamos imaginar que o Rubro-Negro só possa contratar mais um jogador para o meio de campo. Poderia Cícero ser o novo 10?
Na última temporada, o capixaba mostrou uma polivalência bem interessante no meio de campo. Marcava como volante e se arriscava no alto, centralizado. Chegou a fazer ‘gols de centroavante’ no bom retorno às Laranjeiras. No decorrer da campanha, no entanto, seu rendimento caiu, mas seria uma opção bem interessante para Luxemburgo armar o seu meio de campo. Cícero pode jogar à frente de Cáceres e Canteros… e também recuar, liberando as investidas de pontas como Everton.
Fonte: Goal