Segundo relatório divulgado no site do Flamengo, a renegociação de dívidas nos últimos dois anos fez o rubro-negro fechar 2014 com um endividamento de R$ 562 milhões, valor ainda robusto mas 24% menor do que em 2012, quando os débitos foram calculados em R$ 750 milhões. No mesmo período, a receita bruta cresceu 42%, de R$ 212 milhões para R$ 303 milhões, e a projeção para 2015 é de R$ 365 milhões. No orçamento para este ano, R$ 30 milhões foram destinados para contratação de reforços.
— Com o crescimento da receita, o clube tem mais autonomia para investimentos. E um time competitivo atrais mais torcedores e patrocínios — observou Pedro Daniel, consultor de gestão esportiva da BDO Brazil.
Daniel destaca um dado importante para o fortalecimento econômico do Flamengo: num momento em que os clubes brasileiros têm menos condições para movimentar o mercado, principalmente agora que a Fifa proíbe a participação de fundos de investimentos em direitos federativos de atletas, o clube da Gávea tem dependido cada vez menos da venda de jogadores.
— Em 2013, o Flamengo foi o clube que teve a maior receita no Brasil, não incluídas as transferências de atletas, ou seja, apenas com patrocínios, cotas e bilheterias. A gente já vê uma atração maior do mercado. Isso é credibilidade — afirmou.
O fato de 2015 ser ano eleitoral no Flamengo não muda a opinião do analista de marketing.
— Isso até influencia, porque entra a questão política, e a própria torcida quer vitórias. Mas não acho que seja o principal motivo (para os investimentos). A diretoria continua segurando os gastos, mas a receita está crescendo, e aí fica mais fácil investir — disse Daniel.
Bandeira de Mello garante que a aproximação do fim do mandato não vai afetar o modelo de gestão rubro-negro.
— O Flamengo não permite mais nenhuma prática eleitoreira ou qualquer tipo de atitude irresponsável. Só reforçamos o time porque foi possível fazê-lo.
Fonte: O Globo