Relembre ídolos do Flamengo que partiram em 2014.

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O ano de 2014 foi marcado pela perda de alguns dos nomes escritos na história do Flamengo. No dia 4 de setembro, a Nação perdeu o craque Esquerdinha, que falecido aos 90 anos. Com 110 gols com o Manto Sagrado, William Kepler Santa Rosa é o 16º maior artilheiro da história do clube. Nome eternizado na história do Flamengo, o ponta-esquerda atuou em 277 partidas pelo Rubro-Negro e marcou 110 gols, tornando-se 16º maior artilheiro do clube. Embora sua primeira passagem pelo clube tenha sido no fim dos anos 1940, o ponta veio a se tornar ídolo do Flamengo na década seguinte, durante sua segunda passagem pelo Mais Querido. Esquerdinha foi tricampeão consecutivo entre 1953 e 1955, campeão do Torneiro Início (1951), do Quadrangular do Peru (1952), do Quadrangular da Argentina (1953), do Quadrangular de Curitiba (1953) e do Torneio Internacional do RJ (1955).
Natural de Belém do Pará, foi dono da braçadeira de capitão do Flamengo. Durante os anos em que vestiu o Manto Sagrado, o jogador foi imensamente respeitado por seus adversários, fosse pela sua liderança ou pela potência do seu chute com a perna esquerda. Exatamente com a força da sua canhota que o ponta quebrou o jejum de campeonatos cariocas pelo qual o Rubro-Negro passava desde 1944. Esquerdinha marcou um dos gols na goleada por 4 a 1 sobre o Vasco que valeu o título ao Flamengo.
Em agosto de 2013, o craque foi homenageado pelo clube junto de outros tricampeões estaduais de 53, 54 e 55. No Encontro Nacional das Embaixadas, Esquerdinha foi o grande homenageado do dia. O Departamento de Patrimônio Histórico entregou o troféu do torneio das embaixadas e uma camisa personalizada para o ídolo. O nome do craque foi usado para batizar a taça. O ídolo também foi um dos homenageados dos aniversariantes de março em 2014. Dois dias depois de seu falecimento, o Maracanã teve um minuto de silêncio por sua perda, antes da partida entre Flamengo e Grêmio.
“Na verdade, ele viveu algumas coisas no futebol, mas o Flamengo é o que o mais representou para a carreira dele. O Flamengo era a casa do meu pai. Além de todos da família sermos torcedores, o que simbolizava o Esquerdinha é aquilo que ele construiu no Rubro-Negro, o ídolo que era. Tudo que viveu depois, foi devido ao Flamengo. O clube foi muito significativo não só na vida dele, mas na vida de todo nós”, revelou Tatiane Santa Rosa, filha do craque.
Ayer Andrade, o responsável por manter Zico no Flamengo
Funcionário do clube há mais de 50 anos, Ayer morreu no dia 6 de dezembro, em decorrência de complicações do câncer. Homenageado na festa para o Maestro Júnior este ano, na Gávea, ele era profissional do departamento de futebol e foi imprescindível na formação da geração de ouro dos anos 80, inclusive do maior ídolo da história do Flamengo, Zico.
O Galinho lamentou a perda do grande amigo. “Hoje foi um dia muito triste pra mim ao receber a notícia do falecimento de um dos maiores amigos que fiz no Flamengo: Ayer Andrade. E por incrível que pareça ele foi responsável quando eu cheguei lá pela minha permanência ao me registrar logo na federação até mesmo sem a autorização de meu pai. Ayer deixou tudo registrado de todos os jogos do clube e quando eu parei me passou desde a escolinha até meu último jogo como profissional. Meus sentimentos a sua mulher e minha amiga Josefa, e o luto de toda a família rubro-negra que tanto aprendeu a admirá-lo por tantos anos de amor dedicado ao Flamengo. A última vez que falamos foi na Gávea no jogo dos 60 anos do Junior. Ele deu o pontapé inicial do jogo. Descanse em paz e obrigado, amigo Ayer”. Em homenagem ao profissional, o Flamengo respeitou um minuto de silêncio antes do jogo contra o Grêmio, no dia 7, em Porto Alegre. A equipe atuou com uma tarja preta no escudo do Manto Sagrado como sinal de luto.
Dionísio, o “Bode Atômico”
O Flamengo perdeu, no dia 26 de setembro, o “Bode Atômico”. O ex-atacante, que fez história no Rubro-Negro, nasceu em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, e tinha 66 anos. Em respeito ao ídolo, a bandeira do clube foi hasteada a meio palmo. Carlos Dionísio de Brito vestiu a camisa rubro-negra entre 1967 e 1972. Atuando com o Manto Sagrado, ele esteve presente em 164 jogos, com 75 vitórias e 50 empates. Apesar da relativa baixa estatura, entrou para a história como um dos melhores cabeceadores do futebol brasileiro, o que explica o seu apelido de “Bode Atômico”. O ex-atacante marcou 61 gols pelo clube, mas um de letra é tido com um dos mais bonitos de sua carreira. Depois que encerrou a carreira como atacante, trabalhou no Flamengo onde realizava peneiras direcionadas à descoberta de novos talentos. Dionísio morava no Rio de Janeiro, era casado e deixou dois filhos e dois netos. No Encontro Anual das Embaixadas do Flamengo de 2013, Dionísio foi homenageado pela Fla-Além, de Além Paraíba-MG.
O adeus a uma lenda do vôlei
Multicampeão rubro-negro, Ênio Figueiredo foi treinador do Flamengo e comandou a Seleção Brasileira feminina em duas Olimpíadas. A lenda do vôlei nacional morreu vítima de complicações cardíacas, aos 68 anos, no dia 12 de agosto. Ênio começou a carreira no vôlei em 1962, defendendo a equipe Juvenil do Flamengo. Foram nove anos como jogador e 25 como treinador. Como técnico do Rubro-Negro conquistou 35 campeonatos entre os anos de 1972 e 1980, da categoria Mirim à Adulta. Ênio também treinou a Seleção Brasileira feminina de vôlei nos Jogos Olímpicos de 1980, em Moscou e, em 1984, em Los Angeles, e se sagrou campeão de um dos primeiros títulos de expressão da equipe, a Universíade, em 1983.
Radar, contemporâneo de Zico
Ex-atacante, João Roberto Cavalcante da Silva faleceu no dia 13 de dezembro. O ex-jogador atuou ao lado de Zico, em 1978. Em sua breve passagem de três meses pelo Flamengo, marcou 10 gols em 21 jogos pelo clube. Quatro deles foram em uma única partida, no Campeonato Brasileiro, na goleada por 4 a 1 sobre o Bangu, em Moça Bonita. O ex-jogador, que faleceu aos 58 anos, lutava contra um câncer de pulmão e foi enterrado em Votuporanga, São Paulo.

Fonte: Site Oficial do Flamengo
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