Magia Rubro-Negra – Não chegava a ser um promissor início de temporada. Nem Conca, nem Montillo, nem mesmo o Cícero. Ainda assim, a diretoria se mexeu para reforçar o time, reconhecendo não querer correr os mesmos riscos de 2014, em especial por 2015 ser ano de eleições. Apesar de contratações bem modestas, fizemos um brilhareco ao encontro das águas do Rio Mar com o Rio Negro. As costelas de tambaqui, o churrasco de tucunaré e o suco de cupuaçu inspiraram tanto o novo velho time do Flamengo que tripudiamos os discípulos do vetusto Eurico e colocamos os bambis no seu devido lugar. Até me animei a escrever alguma coisa, mas preferi esperar o Carioca iniciar. Pronto, azedou a culinária.
A semana anterior à estreia no Carioca foi de bate-bocas, arranca-rabos e coisas do gênero. Tivemos o espetáculo patético na FERJ, instituição sobre a qual paira o espírito do Caixa D’Água e onde quem manda é o Eurico Miranda, mentor do atual presidente, mais um dirigente de alto salário e pouco QI. Agora não basta a ineficiência e incompetência das federações e confederações ditas esportivas no país. Elas se esforçam para piorar o que já está péssimo. Na primeira rodada do campeonato, por coincidência ou por consequência, um episódio absurdo em Macaé, com invasão de vestiário, agressões e roubo, a tradicional exibição de marginalidade nas torcidas organizadas. Tomara que os reflexos tenham ficado por aí. Dentro de campo foi o que se viu. Um time sem inspiração e inoperante. Só não perdemos o jogo porque o adversário não teve a suficiente ousadia. A registrar o dublê de goleiro e artilheiro: Alecgol…eiro.
Ainda nem nos recuperáramos do sombrio resultado quando estoura a inesperada bomba: BAP, o imperador da Gávea, pediu desligamento de suas funções de VP de Marketing. Por enquanto não sabemos se apenas dessas funções. Ao que tudo indica, ele foi contrariado pelo acordo com a FERJ. Na história já está provado que imperadores não aceitam ser contrariados. Ou passam por cima dos seus desafetos ou morrem. Quando muito se exilam. Parece ter sido a opção do BAP. Quem sabe ele venha como candidato da oposição em dezembro?
Eu esperava muito mais desse personagem mais conhecido no pós-Flamengo. Pelo menos por engolirmos a sua arrogância e a sua prepotência, típicas dos soberanos. Eu imaginava um retorno bem superior aos feitos superestimados por ele até nessa bombástica saída. Sua atuação e os resultados do marketing do clube em sua gestão não poderiam ser piores do que os que conhecíamos até então. Portanto, não há vantagem em ser melhor do que os seus antecessores. Para mim fica a impressão de muita pirotecnia e jogo de cena, bem no perfil dos marqueteiros. E ações bem aquém do tamanho do Flamengo. A julgar pelo olhar superior e pela maneira antipática de se considerar o suprassumo, deixou muito a desejar. Está mais para a lenda do boto azul. Aliás, o esporte, a imprensa, a política, o país, o mundo estão cheios de lendas e de gente superestimada. Até nos blogs tem isso. Eu mesmo escrevo no Magia.
O resumo dessa ópera é que permanecemos sem um camisa 10, dentro e fora de campo. Continuaremos torcendo por um desempenho melhor de um elenco mediano. A dita melhor contratação não disse ao que veio até o momento. É certo que precisamos dar um tempo de adaptação, afinal ele está muito longe de ser um craque. Por outro lado, a sua melhor performance foi há duas temporadas. Em 2014 ele passou em branco.
Quanto ao Torneio de Verão em Manaus e os tambaquis, os tucunarés, o cupuaçu, espero que não sejam mais uma lenda do boto cor de rosa. Pelos acontecimentos mais recentes, a lenda da Gávea foi embora. Vamos ter fé que vai melhorar.
MAGIA NELES!
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