Gilmar Ferreira – Já não me espanto com a fragilidade dos pequenos clubes do Rio de Janeiro demonstram neste Estadual.
De certa forma, acabam cumprindo papel importante, servindo de escada para os que de fato disputam as primeiras colocações.
Na fórmula por pontos corridos que aponta os semifinalistas, quem quer chegar ao topo não pode tropeçar.
Mas ainda que o orçamento seja escasso, que a estrutura seja inferior e que os “equívocos” da arbitragem ocorram quase sempre a favor dos grandes, a qualidade dos outros doze times da competição é abaixo da crítica.
E não se trata apenas de falta de técnica.
No Paulista do ano passado, por exemplo, o novato Audax andou impressionando pelo posicionamento tático que garantia um índice de troca de passes semelhante ao das principais forças.
E não custa lembrar que o campeão foi o Ituano.
E, por aqui?
O que vemos?
Nada.
Absolutamente, nada.
Nenhum jogador talentoso, nenhuma inovação tática e nenhum trabalho que possa ser indicado como promissor.
É realmente um fato preocupante, que me parece estar se acentuando ano após ano…
NÚMEROS.
Em quatro rodadas disputadas, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco fizeram dezesseis confrontos contra os times de pequeno porte: venceram treze e empataram três, com 87,5% de aproveitamento nos pontos.
O líder Fluminense fez onze gols e levou três; o vice Flamengo fez doze gols e levou três; o Botafogo, em terceiro, fez dez e levou dois; e o Vasco, em quarto, fez sete e levou um.
Os gols marcados pelos quatro grandes (41), somados, quase alcançam ao número de gols dos outros doze pequenos (43).
Enfim, quero dizer a vocês que estamos ainda na pré-temporada.
Competição, mesmo, só a partir do primeiro clássico…
ELOGIO.
De qualquer forma, não dá para deixar passar em branco o bom desempenho do Fluminense de Cristóvão Borges que teve perda substancial dentro e fora do campo.
O time tem vencido com bom volume de jogo e Fred ainda faz a diferença…
BEM.
O Flamengo de Vanderlei Luxemburgo também tem aproveitado razoavelmente bem essa fase de preparação, testando variações táticas.
Mas ainda não tem regularidade na produção, alternando bons e maus momentos no jogo.
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Dos pequenos que eu vi jogar alguns destaques são veteranos como Almir no Bangu, Marcel do Resende, e Thiago Galhardo. Jogadores novos só vi o Cacá do Cabofriense que ainda está em formação, e o pior é que os técnicos são em sua maioria muito antigos (salvando-se um ou outro). O Ideal era um estadual com 10 clubes, 5 em cada grupo, todos jogam contra os de seu grupo no primeiro turno, com um jogo na semi, e um na final, e o campeão fica sendo o campeão da Guanabara. No segundo turno, todos jogam contra os do outro grupo, com jogo na semi e 1 na final, e o campeão fica sendo o campeão da Taça-Rio. Se forem diferentes, fazem dois jogos para decidir o campeão estadual. Pontos corridos já é ruim no Brasileiro, nos estaduais então é imbecilidade.