Globo Esporte – Após a partida contra o Resende, como decorrência da vitória magra, veio a pergunta que sempre surge em 11 de cada dez disputas do Carioc… Não… Vamos ampliar o troço. Essa questão deve ser recorrente em todas as equipes grandes (ou apenas consideradas como tal) em todos os Estaduais do país.
Se o time ganha dos nanicos com um monte de goleadas semi-históricas ficam, a turma da euforia de um lado, projetando confrontos imaginários na futura final do Mundial, e a turma precavida do outro, repetindo a ladainha do quero-ver-no-Brasileirão.
Sei lá que tipo de realidade se adequa aos outros times. No Flamengo eu sempre acho que o desempenho no Estadual contra os nanicos nunca significa porra nenhuma. Já deu pra levar em conta em tempos idos, quando Americanos, América, Bangus e Alçapões da Rua Bariri (a galera nova sabe do que se trata esse último?) tinham o saudoso hábito de complicar a vida dos “grandes” e dar um pouco mais de emoção ao campeonato.
Fico mesmo achando (e é claro que sou Mega Hiper Suspeito Número Um assumido) que, por exemplo, o placar pálido do jogo contra o Resende se deve apenas a um carioquismo inerente ao Flamengo. Entra achando que já tá ganho por definição justa dos deuses do futebol e fica por ali aguardando os gols necessários surgirem. Mesmo levando em conta os comentários de que o Resende tem um time arrumado. Será? Pra que correr mais que o necessário?
Nós lá na arquibancada também. A gente chega, fica por ali fazendo uma social, cantando o Hino, sabendo que em breve a rede adversária vai sacudir. Acredito que os Urubus e UruBoas espalhados pelo país e pelo mundo na frente das TVs fiquem na mesma vibe (tiozinho tentando parecer moderno). Aí quando a bola finalmente entra a gente levanta os braços e exclama um pálido e contido “Ééééééé…”
Normal, né? Não tem como criticar o time em campo e nem o resto de nós por falta de empenho. Claro que os mais radicais dentre nós vão chiar e ladainhar coisas do tipo “tem que entrar em campo 100% ligado em todos os jogos” ou “tem que comer a grama quando veste o Manto”.
Aquilo lá em campo é o trabalho dos caras, assim como nós todos, no momento em que estamos assistindo o jogo, entendemos nosso apoio como uma espécie de dever cívico para com a pátria. E tem dias que todos somos burocráticos no trabalho, né? Vamos lá e fazemos o feijão-com-arroz basicão sem o menor problema ético com isso.
Na hora que a chapa esquentar, e isso vai acontecer mesmo antes do Brasileirão, quando chegarem os jogos decisivos do Carioqueta, aí sim o time vai voar em campo e dar carrinho até no juiz. Aí nós vamos berrar e roer as unhas até o cotovelo enquanto o gol não sair, e depois que sair também.
Claro que estou falando da situação atual. Com o time, o técnico, o momento da torcida e (por que não dizer?) com o comando dos Smurfs. Tem ano aí, e espero que nunca mais voltem, que os quatro elementos acima não se encaixam de jeito nenhum e… Bom… A gente sabe muito bem como fica.
CURTAS
. PADRÃO FLA MOCHILA. Lembram que eu falei sobre o almoço-comemoração dos seis anos da Fla Mochila? Pois é… Foi bem ao nosso estilo. Devido à torrencial chuva em Volta Redonda antes do jogo, cada um foi comer em um lugar diferente.
. NAÇÃO VR. Vou te falar que diante dos atrativos da terceira rodada do Carioqueta, combinados com o dilúvio de fazer inveja no Eduardo Paes que desabou na Cidade do Aço, até que a presença da torcida no estádio não foi nada mal.
. VIGIADO. O Arthur solicitou minha amizade lá no Facebook. Sabe que por conta do peso da camisa por aqui, vejo o mítico @Urublog quase que como uma espécie de patrão? Medo.