Doentes por Futebol – É tempo de carnaval para uns e de descanso para outros. Cada pessoa no ritmo que deseja seguir nos dias festivos espalhados pelo Brasil de meu Deus. Afinal, todos possuem o direito de gostar, ser simpático ou de detestar a festa oriunda da Grécia.
Mas e o futebol? Não para. Segue no ritmo do ABRE-ALAS e mistura danças, culturas e paixões em um só dia. Foi em um sábado (21/02) de Carnaval, no já longínquo ano de 2004, que Flamengo e Fluminense fizeram a decisão da Taça Guanabara (1º turno).
O ziriguidum das duas equipes estava no tom certo. O Fla entrou no compasso do criador Felipe e o Flu no molejo do sambista Romário. E Edmundo, antes bobo da corte, estava mais para Rei Momo. Clássico é clássico e vice-versa. Já diria o ‘poeta’ Jardel.
O Flamengo vinha de uma vitória sobre o Vasco e o Flu havia batalhado muito para vencer o Americano nas semifinais. Qual seria o SAMBA-ENREDO dessa final? Se bem que, por si só, Fla-Flu já seria uma boa. Os puxadores dos times eram Abel Braga (Fla) e Valdir Espinosa (Flu). Vaaaaaaaaai!
As ações do jogo partiram, em sua maioria, pela Unidos do Urubu. Já o Império Tricolor esperava com parcimônia as ações do seu adversário. A festa começou a ser entoada quando o jovem Diogo começou a sambar e a dar perigo para os defensores adversários.
Foi durante um CANGERÊ dentro da área que Fabiano Eller se esticou e mandou a bola para o fundo das redes. Cabeçada e antecipação também entram nesta festa. Ainda sob o efeito do balancê, o Fla continuou a atacar sem medo de ser feliz.
O Império Tricolor só começou a ameaçar quando o veterano Ramon se insinuou para lá e para cá com chutes de fora da área. Porém, o “REI” Jean não deu sossego aos defensores do Fluminense. Rápido e entrosado com Felipe, o atacante parecia querer algo mais.
Somente no segundo tempo, em uma fração de 10 minutos, o jogo pegou fogo. O Flamengo recuou muito a sua BATERIA e o Fluminense viu a ala aberta. Foi assim que Leonardo encontrou o zagueiro Antônio Carlos sozinho. Com a classe que é peculiar aos bons atacantes, só deu um tapa rasteiro na saída do goleiro Júlio César.
Os blocos estavam cada vez mais em polvorosa e menos em HARMONIA. Respiro? Não mesmo. A comissão de frente do Fla entrou pela direita com Diogo. De Diogo para Rafael que…encontrou o “REI” Jean no meio da área para fazer 2×1. Olha a EVOLUÇÃO aí, gente.
Agora é hora de descansar. Vai dizer isso para o Alan. Aos 25 minutos (2T) o jogador fez um “auê” na defesa do Flamengo. Saiu driblando e trombando até cair. A bola sobrou para Alessandro que cruzou tentando encontrar algum parceiro de folia. Mas o zagueiro Henrique jogou contra o patrimônio. Tudo igual no samba do Maracanã. Lá vou eu, lá vou eu.
Jogo acelerado e emoções à flor da pele. Foi aos 30 minutos que surgiu o herói, o patinho feio. O lateral Roger, fantasiado de atacante, fez o furdunço na zaga tricolor. Recebeu do MESTRE Felipe, tocou e recebeu de volta do então jovem e promissor Ibson, aproveitou a indecisão dos zagueiros, se esticou e deu um leve toque na saída do goleiro Kleber. A bola foi devagar, devagarinho para o fundo do gol.
Flamengo 3×2 e o Império Tricolor teve de ir ao ataque. A equipe de Espinosa não tinha mais tempo. No estouro do cronômetro, para não ser penalizado, precisava de um gol. A insistência não rendeu em nada. Em um sábado de carnaval, o Flamengo conquistou a Taça Guanabara. Ô abre-alas que eu quero passar.
O samba-enredo de Roger Guerreirowski entrou na pista e foi entoado pela Unidos do Urubu. Título: Nota….10!
ESCALAÇÕES
FLA: Júlio César, Rafael, Henrique, Fabiano Eller e Roger; Robson, Ibson (Anderson Luiz 79′), Zinho e Felipe; Diogo (Andrezinho 85′) e Jean (Rafael Gaúcho 76′). Técnico: Abel Carlos da Silva Braga – Abel Braga.
FLU: Kleber, Leonardo Moura, Antônio Carlos, Rodolfo e Júnior César; Marcão, Marciel (André Luiz – intervalo), Roger (Alan 69′) e Ramon (Alessandro – intervalo); Edmundo e Romário. Técnico: Valdir Atahualpa Ramirez Espinosa.
PÚBLICO: 65.495 pagantes / 68.148 presentes.
Abraços!
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Foram muitas as críticas da imprensa, porque marcaram um jogo em um sábado de carnaval... Mas, no final das contas, UM SUCESSO de bilheteria! ... Praia, Sol, Maracanã, Futebol... e carnaval! Tudo que um turista gostaria de experimentar. Pena que o pessoal da FERJ seja tão antiquado...
Leonardo Moura, nessa época, era um peregrino. No ano seguinte começou sua saga com o Manto Sagrado Rubro-Negro. Atualmente o cara completou uma década na Gávea!