Globo Esporte – Dos males, o menor. Depois de muita polêmica envolvendo a realização da partida com o Barra Mansa, no Maracanã, nesta quarta-feira, o Flamengo entrou em campo, venceu por 4 a 0, pela segunda rodada do Carioca, e pegou a calculadora. Números para lá, para cá, soma, divide, multiplica, e a equação, ainda inexata, deixou a diretoria aliviada. Se não deu para gerar grande receita, ao menos o Rubro-Negro não volta para casa com dívidas diante do alto custo para abrir o estádio. A previsão é de até R$ 15 mil de lucro.A solução encontrada pelo Flamengo e pelo consórcio que comanda o Maracanã foi reduzir as despesas. Somente os setores Norte e parte do Oeste inferior foram abertos, dois dos quatro placares foram ligados e nem todos os refletores funcionaram. A partida teve público pagante de 12.933 (14.443 presentes) e renda de R$ 333.100. Diretor executivo geral do Rubro-Negro, Fred Luz fez uma análise geral da operação para partida:
– Esse jogo de hoje, como a Ferj flexibilizou o entendimento, já foi viável, embora isso ainda esteja longe do que achamos ideal na questão de preço. Achamos que cada clube deve ter o direito de estabelecer o seu preço como mandante. No final das contas, depois de pagar exame antidoping, vai deixar entre R$ 10 mil e R$ 15 mil. É quase não ter receita. Pelo menos, não teremos prejuízo. A discussão demorará mais um tempo e precisamos rever isso para fortalecer o futebol do Rio de Janeiro. Estamos ficando para trás financeiramente por falta de entendimento da Federação.
O bom público diante das circunstâncias acabou gerando longas filas nos arredores do Maracanã mesmo após o início da partida. Fred Luz justificou o problema lembrando que somente no domingo foi possível confirmar o retorno ao estádio:
– Diante de tudo que aconteceu, a operação acabou sendo improvisada para este jogo. Até sexta à noite, existia o risco de nem acontecer por causa da prática da meia-entrada universal. Pelo menos, a federação entendeu que era ilegal.
Para o jogo com o Barra Mansa (veja melhores momentos abaixo), mil ingressos foram vendidos no preço proposto pela Ferj (R$ 10 e R$ 20), com o restante a R$ 20 e R$ 40. O acordo acabou deixando o vice de marketing, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, contrariado, e resultando no seu desligamento da diretoria. Fred Luz, por sua vez, disse que os termos não serão aceitos para novas partidas e que o Flamengo pretende praticar os preços que acha justo: R$ 40 e R$ 80. A trégua não representou o fim dos debates com a Federação.
– O Flamengo é parte do campeonato, parte da federação, e entende que lá na frente é preciso um entendimento. Hoje, estamos com visões distantes do que entendemos que as coisas devem acontecer. O caminho é longo pela frente. Flamengo e Fluminense não vão parar, isso está claro. Vamos discutir esses ativos – disse o dirigente.
Por fim, Fred Luz falou sobre as ofensas que o presidente da Ferj, Rubens Lopes, disparou contra Eduardo Bandeira de Mello, em reunião na última sexta-feira. O CEO rubro-negro foi objetivo ao dizer que o clube está tomando as medidas cabíveis, mas que não vai se precipitar com protestos que possam prejudicá-lo:
– Cada um tem a sua interpretação. O Flamengo não parou. Essas ofensas vão ter consequências na esfera que merece ter. Desde o início, em respeito aos seus torcedores, patrocinadores, sócios, o Flamengo falou que vai disputar o Carioca. Em momento algum, partimos para bravata. É bonito fazer bravata, mas as consequências podem ser graves. Se não jogarmos o Carioca, podemos ser impedidos de jogar o Brasileiro também, por exemplo.
No sábado, o Flamengo volta a jogar como visitante, diante do Resende, em Volta Redonda. O próximo compromisso no Maracanã está marcado para quarta-feira, diante do Cabofriense, pela quarta rodada do Carioca. Não há ainda definição a respeito dos preços para esta partida.
Poderiam divulgar não só quanto o Flamengo leva por jogo mas sim quanto a FERJ lucra em cada jogo.
A ” ferj” leva pra início de conversa 10% da renda bruta ou seja mais de R$ 33.000,00 , mais do dobro do arrecadado pelo FLAMENGO…..sempre FLAMENGO / sempre SÓCIO TORCEDOR…..VIDA ETERNA AOS BLUES.
O futebol é entretenimento e sem renda para os clubes como terá o futebol? Acho que a Ferj quer lucrar muito o que era prps clu es lucrarem mais que a federação em se tratando de ingressos, apesar que o consórcio tbm consome, a solução é o Fla se livrar do consórcio aluguel fazendo seu estádio próprio!
Ferj e consórcio querem lucrar quase o dobro que o Fla e as cusatas dos flamenguistas, e ainda querem diminuir o preço dos ingressos? O Fla tem que tomar providências em relação a esse assunto pois anos atrás o Fla que ficava devendo milhões e os outros que lucravam as custas, agora o Fla precisa quitar suas dívidas e precisa ter boa renda que seja justo a Ferj e Consórcio, senão mais antes o Fla deixar de jogar no Maraca nesse estadual.