André Rocha – Alexandre Pato foi o protagonista dos 4 a 2 do São Paulo sobre o Capivariano. Mas Paulo Henrique Ganso também brilhou em sua estreia no Paulista com assistência, passes precisos e gol mal anulado. O Internacional cedeu empate ao São José nos malucos 4 a 4 no Beira-Rio, mesmo com a boa atuação de D’Alessandro, armando os principais ataques.
Nos 4 a 0 sobre o Once Caldas, o Corinthians perdeu Guerrero, expulso, mas ganhou Renato Augusto avançado como “pivô” e Jadson articulando, pensando o jogo. Everton Ribeiro foi eleito o craque do Cruzeiro bicampeão brasileiro.
Todos camisas dez, embora o cruzeirense usasse a 17. Os quatro armando seus times partindo do lado direito. Não mais do centro. As despedidas de Alex e Riquelme deram a impressão de que o “meia clássico” estaria em extinção. A melhor resposta é que eles existem, só mudaram de lugar.
Abel Braga, que treinou D’Alessandro no Internacional, explica a transformação: “A marcação no meio está muito forte e pressionada. Pelo lado, além de fugir dessa confusão, esse armador cria um problema para o adversário quando entra às costas dos volantes”.
O treinador conta que teve dificuldades para tentar bloquear essa nova movimentação dos meias. “Contra o São Paulo, eu tive que desfazer o 4-1-4-1 do Internacional e plantar dois volantes. Se eu deixasse apenas um, Ganso e Kaká iriam criar problemas vindo da ponta para dentro”, lembra.
A solução não é nova. Na reta final da carreira, Zico já procurava os lados do campo em busca de espaços para passar e lançar. Quando voltou ao futebol, no Japão, a mudança ficou mais clara. “Jogava aberto mesmo pela esquerda. Como meia, não ponta. Ali recebia a bola de frente”, recorda o maior ídolo da história do Flamengo.
Não receber de costas para o marcador é outra vantagem. Para os canhotos, jogar à direita é dominar meio de lado, já saindo, indo embora. O mesmo com os destros pela esquerda. Corta para dentro e quase sempre tem duas opções: o atacante que infiltra ou o lateral que ultrapassa.
Abel explorou essa facilidade de D’Alessandro: “Tínhamos uma jogada combinada: ele abria, o lateral direito entrava por dentro e quem se projetava como ponta entre o lateral e o volante adversários era o Aránguiz. Fizemos vários gols assim”.
“De fato, é difícil marcar. Mas eu, como treinador, mando meu lateral pegar como se fosse um ponta e não deixar espaço entre as linhas, que é o que esse meia quer”, ressalta Zico, que viveu o outro lado dessa experiência de jogar espetado em um dos flancos:
“Na Copa de 1982, contra a Escócia, eu fiquei aberto pela direita, mas a orientação era que houvesse um revezamento naquele setor. Não aconteceu no primeiro tempo e eu reclamei, depois acertamos. Naquele caso não era vantajoso taticamente nem pra mim, nem pra seleção brasileira”.
Abel prefere que o meia organizador jogue por um dos flancos em vez de ser recuado como volante. “São dois problemas: o primeiro é que eu quero que o meu time preocupe mais o adversário do que o contrário e recuar o jogador criativo é tranqüilizar a defesa deles; o outro é que eu chamo a outra equipe para o meu campo recuando o meia para sair com os zagueiros”, esclarece.
Zico não vê problemas e cita como exemplo o Fenerbahçe que comandou de 2006 a 2008 e chegou às quartas-de-final da Liga dos Campeões: “Quando eu precisava deixar o time mais ofensivo eu trocava volante por atacante e recuava o Alex para armar de trás e ajudar na saída de bola”.
Tudo depende das características. Alex, menos rápido e mais organizador, só podia recuar pelo centro. Já Riquelme era a essência do “enganche” argentino. Parte do centro à frente dos volantes, mas circula por todo o campo, incluindo as laterais, chamando a bola para pensar o jogo ou girar e partir para cima dos defensores.
Na Europa, James Rodríguez e Ozil também foram enviados para o lado do campo. Iniesta atuou assim no Barcelona e na Espanha, o mesmo com David Silva no Manchester City. Até Messi voltou a procurar a ponta direita. Na seleção brasileira, Oscar joga pelo lado para Neymar ganhar liberdade. Com Felipão, mais engessado. Dunga não usa centroavante fixo e estimula a movimentação na frente. Melhor assim.
Não foi o camisa dez que morreu ou foi abandonado. Apenas está se adaptando ao futebol jogado em 30 metros, com pressão e setores próximos. Sem o espaço de antes, mas ainda brilhando quando foge do óbvio ou do estilo “clássico”. Com dinâmica e inteligência.
Isso que esta faltando no flamengo um camisa 10 de referencia com passes precisos e na zaga ta na hora do luxemburgo aposentar aquele wollace e escalar o bressan e o samir juntos aquele wollace nao passa seguranca foi ele o culpado da eliminacao do fla na copa do brasil ano passado entregou dois gols p atletico
Amigos, favor dar o crédito corretamente, citando pelo menos o site da Espn. Da forma que está parece que escrevi para vocês, o que seria um prazer. Mas não é o caso. Abraços!