Flamengo em Foco – Luxemburgo começou a semana de olho na Copa do Brasil, talvez a maior prioridade do ano, e nos clássicos que virão pelo Carioca. As baixas por lesão eram Pico e Alecsandro, Wallace foi suspenso por amarelos e a dúvida era apenas na zaga, mas a mudança foi bem maior.
Paulo Victor – Pará, Bressan, Samir, Thallyson – Canteros, Cáceres, M. Araújo – Gabriel, Marcelo, Éverton
Foi o time que começou o jogo contra o Madureira já visando o jogo no sul contra o Brasil de Pelotas, que deve acontecer em gramado pesado pelas chuvas no local. Esta foi a justificativa dada por Luxemburgo em entrevista anterior ao jogo e, pra mim, ele simplesmente vai dar ritmo ao time que usará nos jogos contra os grandes durante o ano.
Com a saída de Arthur o time volta a ter 3 volantes no meio, porém postados de forma diferente do último ano. Não há mais um volante que fica fixo para cobrir um lateral, tanto Canteros quanto Márcio Araújo sobem e se movimentam de um lado a outro do campo, mas alternam entre quem aparece na área e quem segura mais.
No ataque, Gabriel precisa de ritmo, oscilou bastante durante o jogo, mas Luxemburgo precisa dele em forma para caso precise utilizá-lo pontualmente e até para brigar pela titularidade com Nixon. Sendo mais leve e tendo mais habilidade de drible e passe, Gabriel leva vantagem ofensiva, porém Nixon tem mais presença de área e força para disputar com o adversário com e sem a bola.
Durante o jogo vimos o mesmo que em todos os confrontos contra pequenos, uma retranca povoando a frente da área adversária, o Flamengo mais tempo com a bola, porém sem conseguir ameaçar tanto, enquanto o adversário tinha espaço para investir no contra-ataque e acabava tendo melhores condições de finalizar. Foi inclusive em um contra-ataque que Bressan vacilou na marcação e Pará ficou parado vendo a bola passar a sua frente e chegar nos pés do algoz que abriu o placar colocando o Madureira na frente.
A partir daí o 1° tempo terminou com a torcida vaiando Pará e pedindo, sem a mínima lógica ou razão, Léo Moura no time. Felizmente Luxemburgo a ignorou e voltou pro 2° tempo com Eduardo no lugar de Gabriel, o que no fim não mudou muito a dinâmica de jogo.
Aos 15 do 2° tempo era nítido que o Madureira estava sem pernas, Luxemburgo sentindo isso resolveu mexer e, após já ter tirado Éverton por lesão pra entrada de Nixon, trocou Canteros por Arthur. O Madureira dava espaço, Arthur movimentou o meio e deu qualidade na bola parada, deixando o ataque do Flamengo mais perigoso.
Aos 29 minutos do 2° tempo, após cobrança de falta lateral, Bressan marcou o gol de empate se redimindo pela falha no gol do Madureira. Aos 30 a torcida acordou e começou a cantar, impulsionar o time, que se colocou no ataque em busca da vitória, que não veio.
Independente do resultado, o jogo foi ruim, o time atuou mal, mas a proposta desde o início era dar ritmo para jogadores que vinham sem atuar e conjunto para uma formação não usada esse ano e que é a aposta para jogar mais fechado contra times grandes que vão agredir o Flamengo e não investir em postura defensiva e contra-ataque. Sei que a maioria dos torcedores quer ver vitórias expressivas em cima dos pequenos no estadual, mas para mim a prioridade n°1 é a Copa do Brasil e, portanto, não só aprovei a mudança tática como a iniciativa de deixar o Cáceres o jogo todo em campo, mesmo atuando bem abaixo do esperado.
Pitacos finais:
– Bressan é fraco, parece pior que Marcelo.
– Pará não pode ser titular para os nacionais, o Flamengo precisa contratar um lateral direito titular.
– Thallyson é pior que João Paulo e prefiro ver Luxemburgo dando chances ao Jorge que vem destruindo no sub-20 e demonstra ter enorme potencial.
– Nixon entrou bem no jogo, deu bons passes e cruzamentos e marcou um gol invalidado. Salta na frente na briga por um lugar no time.
Saudações Rubro-Negras
Náyra M. Vieira
Sabe de nada de futebol essa nayara, só mais uma corneteira de plantão.