Mansur – Quando se faz um campeonato muito maior do que se deveria fazer, os efeitos colaterais aparecem. Um deles, ver os grandes enfrentarem rivais tão menos qualificados. Foi o caso da vitória do Flamengo sobre o Friburguense por 2 a 0, neste sábado, no Engenhão. Em jogos assim, a análise se transforma num exercício: tentar entender, ou imaginar, o que aconteceria se o teste fosse diante de um rival mais forte. Não é fácil, tampouco precisa a avaliação. Tentemos, ao menos.
É possível que, mesmo contra um time de mais nível, a produção ofensiva do Flamengo fosse tão boa quanto no primeiro tempo. Verdade que o modestíssimo Friburguense, com o idoso lado direito de sua defesa composto por Sérgio Gomes, de 40 anos, e Cadão, de 43, não resistia. Mas a movimentação rubro-negra agradava. Pela esquerda, Anderson Pico atacava por dentro e combinava com Gabriel. Pela direita, Pará aproveitava o corredor que ora Eduardo, ora Mugni abriam para sua passagem. Os quatro homens de frente — Mugni, Eduardo, Marcelo Cirino e Gabriel — trocavam de posição. E assim o Flamengo fez 2 a 0 antes do intervalo.
O primeiro gol, numa obra coletiva que começou na defesa, passou por Pico na esquerda e terminou na direita, em cruzamento de Pará para Cirino marcar. O segundo veio em passe de Gabriel, a esta altura pelo meio, para Cirino definir.
Mas há o outro lado da moeda. Provavelmente, um adversário mais forte teria feito um ou mais gols. Os quatro homens de frente e o restante do time do Flamengo eram compartimentos distintos, desassociados. O time se espaçava facilmente e marcava mal pelo setor central. A ponto de o Friburguense chutar uma bola no travessão e perder gol feito no primeiro tempo. No segundo, voltou a acertar a trave.
Constatação líquida e certa, esta sim, é que Marcelo Cirino tem nível superior a boa parte do que se vê no Estadual. Sobra. Deu dois passes importantes, um chute perigoso e fez dois gols na etapa inicial, antes de acertar a trave no segundo tempo. Talvez Marcelo Cirino, sozinho, vencesse o Friburguense.
Outra constatação, esta menos animadora para os rubro-negros, é que mesmo num jogo tão fácil o argentino Mugni desperdiçou a chance. Acabou substituído por Jonas em um segundo tempo em que Marcelo Cirino também descansou, dando lugar a Alecsandro. Ali, o jogo já virara um treino em ritmo moderado. O Flamengo se poupou.
Neste Estadual, há uma pergunta que não cala. E se fosse contra um rival forte? Quando exigido, este Flamengo já andou tropeçando. Mas o futuro dará respostas mais precisas.
5 Comentários
O Eduardo é o jogador mais inteligente do time…. Temos que fazer um trabalho muscular, para ele aguentar a temporada….
Tem Q ser titula na posição certa…… Não podemos colocar o cara para ser camisa 10….
Tem Q ser titular…. Pegar ritmo de jogo
Pelo amor de Deus….. Gabriel é banco
Mungi e reserva do reserva….
Vamos pegar mais leve som Jonas, não vamos queimar o garoto….
Tem Q ir entrando aos poucos….
Tem muito potencial….
Mugni? Que gol o Mugni fez importante? Só lembro do penalti contra o Criciúma. Quem nos tirou do buraco com vários gols de cabeça foi o Eduardo da Silva. Este sim, está merecendo a titulariedade já.
Tem que lembrar que o Eduardo da Silva e Mugni com gols foram os principais responsaveis junto com o Luxa na motivaçao ano passado por livrar o Fla do rebaixamento por isso Mugni e E.da Silva merecem jogar e ate serem titulares se estiverem em forma esse ano.
O Eduardo da Silva e Mugni com gols foram os principais responsaveis junto com o Luxa na motivaçao ano passado por livrar o Fla do rebaixamento por isso Mugni e E.da Silva merecem jogar e ate serem titulares se estiverem em forma esse ano.
O Eduardo sim, o Mugni não.. O Eduardo é decisivo, pode guardar uma bola a qualquer momento. O Mugni não, ele é inconstante e disperso, aprovo que se continue dando chances a ele, mas dizer que ele deveria ser titular é forçar a barra..